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Xantelasma: condição dermatológica causa lesões amareladas perto dos olhos

Placas surgem por conta do colesterol elevado, genética e envelhecimento

Por Samantha CerquetaniPublicado em 12/03/2025, às 11:29 - Atualizado em 21/03/2025, às 11:32

xantelasma

O xantelasma ocorre quando há acúmulo de gordura e colesterol sob a pele, na região dos olhos, geralmente nas pálpebras superiores, formando lesões amareladas. É mais frequente em mulheres acima de 40 anos, principalmente em pessoas com colesterol elevado ou histórico de doenças cardiovasculares. Continue a leitura para saber detalhes das causas, como é feito o diagnóstico e quando procurar um médico.

Xantelasma: o que é? 

O xantelasma é uma condição dermatológica que provoca acúmulo de depósitos de gordura e colesterol logo abaixo da superfície da pele, principalmente na parte interna das pálpebras superiores.

Esses depósitos geralmente aparecem como lesões amareladas ou placas macias indolores, que crescem com o tempo. O xantelasma pode afetar até 4,5 % da população, sendo mais comum em mulheres de meia-idade ou mais velhas, e em 50% dos casos, ocorre em pessoas com colesterol elevado.  

Essa condição também pode ocorrer em outros quadros clínicos mais raros que cursam com alterações do colesterol, principalmente quando surgem em pessoas mais jovens.  

O que causa o xantelasma? 

O xantelasma é geralmente causado por altos níveis de colesterol no sangue, principalmente o colesterol LDL (conhecido como ruim). Esse acúmulo de gordura sob a pele, principalmente ao redor dos olhos, é frequentemente observado em pessoas com dislipidemia, uma condição caracterizada por desequilíbrios nos lipídios sanguíneos.

A predisposição genética também desempenha um papel importante no desenvolvimento do xantelasma. Pessoas com histórico familiar de dislipidemia ou xantelasma têm maior probabilidade de apresentar a condição.

Além disso, o envelhecimento está associado com uma maior prevalência do quadro, já que alterações de colesterol são mais frequentes nessa faixa etária.

Até alguns anos atrás, acreditava-se que algumas condições médicas metabólicas, como diabetes tipo 2 e hipertensão, também poderiam contribuir para o aparecimento do xantelasma, mas estudos recentes não conseguiram comprovar essa associação.

Ganho de peso e consumo de dieta rica em gorduras saturadas e alimentos processados, que elevam os níveis de colesterol e triglicérides, podem ter participação no surgimento dessa condição.  

Sintomas do xantelasma 

Na maioria dos casos, o xantelasma não causa sintomas além de sua aparência, com lesões amareladas e planas nas pálpebras. Mas, embora não sejam dolorosas, podem causar desconforto estético por estarem localizadas no rosto. E as lesões podem crescer progressivamente se não forem tratadas, aumentando em número e tamanho ao longo do tempo.  

Exames indicados 

O diagnóstico de xantelasma é realizado de forma clínica, por meio da observação das lesões pelo médico. O especialista examina as características e localização típicas das lesões, como placas amareladas e planas nas pálpebras, o que facilita a identificação da condição.  

Embora o diagnóstico seja principalmente visual, exames complementares podem ser realizados para investigar possíveis causas, como problemas de colesterol. Entre eles, estão:  

  • Exames laboratoriais: para medir os níveis de colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos, ajudando a identificar se o xantelasma está relacionado a dislipidemia hereditária ou a desequilíbrios lipídicos.  
  • Avaliação de condições associadas: testes para investigar doenças como diabetes e hipertensão também podem ser solicitados, caso haja suspeita de síndrome metabólica. Além disso, exames de tireoide como TSH e T4 livre podem ser solicitados para avaliar o hipotireoidismo que também pode estar relacionado ao surgimento dessa doença. 

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 Tratamentos para o xantelasma 

As lesões de xantelasma não precisam necessariamente serem tratadas, a não ser que haja um incômodo estético por parte do paciente. No entanto, caso haja associação do xantelasma com colesterol alto, é importante o tratamento com medicações redutoras de colesterol, com acompanhamento médico. A normalização do perfil de colesterol pode induzir a regressão das lesões em alguns casos, embora não seja o mais comum. 

No caso de o paciente optar pelo tratamento do xantelasma, ele pode ser realizado por meio de diversas abordagens, dependendo do caso. Uma das opções é a cirurgia dermatológica, em que as lesões são removidas por meio de um procedimento com anestesia local.

Além disso, outras técnicas podem ser utilizadas como a aplicação de ácidos, laser ou eletrocoagulação para eliminar as lesões. Contudo, o retorno das lesões é comum.

A escolha do tratamento também deve ser feita com o acompanhamento de um dermatologista, que avaliará as melhores opções para cada caso específico e minimizará o risco de cicatrizes.  

Como prevenir? 

Embora não seja possível prevenir completamente o xantelasma, algumas medidas podem reduzir o risco, como controlar os níveis de colesterol, praticar exercícios físicos regularmente e adotar uma dieta saudável, com baixo teor de gorduras saturadas.  

Realizar exames médicos periódicos para monitorar o colesterol e triglicerídeos também contribui para a detecção precoce dessas doenças, possibilitando seu tratamento em fases iniciais.

Além disso, controlar condições como diabetes e hipertensão, que podem estar associados ao colesterol alto, é essencial para melhorar a saúde cardiovascular.  

Quando procurar por um médico? 

A pessoa deve procurar um dermatologista se notar manchas amareladas ou pápulas nas pálpebras, principalmente se elas crescerem ou se espalharem.  

Também é importante buscar orientação médica se houver histórico de colesterol elevado ou problemas cardiovasculares na família, ou se as lesões começarem a incomodar.

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Fonte: Paula Yume – dermatologista

 

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