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Dislexia: condição afeta a habilidade de interpretar informações escritas

Pacientes podem ser acompanhados por profissionais como fonoaudiólogos e psicólogos

Fonte: Dra. Camila LuizettoMédica PediatraPublicado em 19/09/2024, às 10:37 - Atualizado em 19/09/2024, às 12:26

dislexia

Pessoas com dislexia apresentam uma dificuldade de aprendizagem relacionada à linguagem. Se não for tratada, essa condição pode repercutir de forma negativa em várias esferas da vida – incluindo a escolar, a universitária, a profissional e a pessoal. 

O que é dislexia? 

Dislexia é um tipo de dificuldade de aprendizagem que afeta as habilidades de leitura, escrita e soletração. Em geral, há dificuldade para associar letras aos seus respectivos fonemas (sons). Na prática, isso significa que pessoas disléxicas tendem a ler e escrever mais devagar, o que pode tornar algumas atividades mais complexas (a exemplo do estudo de novos idiomas). 

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A dislexia é vista em diversos indivíduos, independentemente da capacidade cognitiva de cada um. Inclusive, embora exista dificuldade para ler, escrever e soletrar, muitas vezes pessoas com dislexia demonstram bom desempenho em outros âmbitos – como o da criatividade e o da resolução de problemas. 

O que causa dislexia? 

Não se sabe exatamente o que causa dislexia. No entanto, estudos científicos sugerem haver diferenças no desenvolvimento e no funcionamento do cérebro de pessoas com essa condição. Além disso, suspeita-se que tais distinções podem ser influenciadas por genes herdados dos pais. 

Quais são os sintomas de dislexia? 

As manifestações da dislexia podem variar conforme a faixa etária e o grau da condição (ou seja, se o quadro é mais leve ou mais severo). Mas, geralmente, os principais sintomas são: 

  • Ler e escrever mais devagar que a média dos indivíduos; 
  • Apresentar erros de ortografia e trocar a ordem das letras de uma palavra; 
  • Ter dificuldade para compreender informações escritas; 
  • Confundir palavras que têm sons semelhantes ou se parecem graficamente. 

Como é feito o diagnóstico? 

Frequentemente, sinais de dislexia aparecem em crianças que estão aprendendo a ler e escrever. Além de conversar com os professores, os responsáveis podem levar os filhos ao pediatra, que é capaz de avaliar se há alguma condição de saúde possivelmente atrapalhando o aprendizado (como um problema de visão). Esse médico também pode encaminhar a criança para outro especialista se julgar necessário. 

O diagnóstico de dislexia é feito por psicólogos ou outros profissionais com experiência em atender pessoas com essa condição. Para isso, costuma ser necessário investigar o histórico educacional do paciente (por meio de informações sobre o desenvolvimento da criança e as suas dificuldades) e conduzir testes psicológicos, de leitura e de escrita (para analisar as habilidades cognitivas e de linguagem). 

Diagnóstico de dislexia em adultos 

Para adultos, o diagnóstico segue um processo semelhante ao das crianças: é preciso entender as dificuldades escolares, acadêmicas e profissionais, bem como avaliar a função cognitiva e as habilidades de linguagem (incluindo leitura e escrita) do indivíduo. 

Dislexia e TDAH: qual é a relação? 

A dislexia e o TDAH (transtorno de déficit de atenção e hiperatividade) podem ocorrer juntos, mas são condições distintas. Ainda que ambas possam afetar o desempenho escolar e a organização, a dislexia está principalmente relacionada a dificuldades com leitura e escrita, enquanto o TDAH é caracterizado por problemas de atenção, hiperatividade e impulsividade – além de ser diagnosticado e tratado por psiquiatras. 

Como é feito o tratamento para dislexia? 

Apesar de não existir cura para dislexia, é essencial que os pacientes recebam suporte para que essa condição não atrapalhe a qualidade de vida. Nesse sentido, sessões de psicoterapia, fonoterapia e terapia ocupacional podem ser úteis. 

Também é importante que os diversos ambientes (como escola, faculdade e trabalho) se adaptem a pessoas disléxicas. Oferecer mais tempo para a execução de determinadas tarefas é um exemplo de medida que auxilia tais indivíduos a terem uma melhor experiência.   

Cabe ressaltar que, se não for tratada, a dislexia pode repercutir de forma negativa – prejudicando o desempenho escolar e profissional, dificultando a organização em atividades do dia a dia e até mesmo diminuindo a autoestima dos pacientes. 

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para que pessoas com dislexia superem eventuais problemas e conheçam estratégias eficazes de aprendizagem. 

Qual especialista trata a dislexia? 

Vários especialistas podem contribuir para o tratamento da dislexia, incluindo psicólogos educacionais, psicopedagogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais. 

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