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    Dispneia: quando a falta de ar é preocupante?

    Sensação de falta de ar pode estar relacionada a doenças pulmonares e até neurológicas

    Por Raquel RibeiroPublicado em 09/08/2023, às 19:18 - Atualizado em 12/04/2024, às 11:48

    Dispneia

    A dispneia, ou falta de ar, é uma sensação incômoda que pode afetar qualquer pessoa em algum momento da vida. No entanto, em alguns casos, a dispneia pode ser um sinal de um problema médico mais sério, exigindo atenção e cuidados adequados.

    Mas quando a falta de ar é preocupante? Qual médico você deveria procurar? Siga a leitura para saber essas e outras respostas sobre o tema.

    O que é dispneia? 

    A dispneia é uma percepção subjetiva e pessoal associada ao desconforto na respiração. Os indivíduos podem descrever essa sensação de várias formas, como uma sensação de opressão no peito, asfixia, dificuldade em respirar, incapacidade de encher os pulmões, entre outras. 

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    Quais são os tipos de dispneia? 

    A dispneia pode ser caracterizada de várias maneiras, levando em consideração diferentes aspectos, como: 

    • Intensidade: ao se esforçar, em repouso, ao deitar-se, etc.;  
    • Duração do sintoma: pode ser súbita, por alguns dias ou progressiva por meses e até anos. 

    Além disso, pode ser classificada conforme a posição em que o indivíduo se encontra. Por exemplo: 

    Ortopneia 

    Nesse caso, a dispneia piora quando a pessoa se deita. E, geralmente, isso ocorre alguns minutos após o paciente se deitar. 

    Trepopneia 

    É a piora da dispneia ao adotar uma posição lateral específica. O incômodo é aliviado quando o paciente se deita do lado oposto. 

    Platipneia 

    A Platipneia é a piora da dispneia ao ficar sentado. O quadro melhora quando o paciente se deita. 

    Dispneia paroxística noturna 

    É a dispneia que surge horas após o paciente deitar-se (ao contrário da ortopneia, que surge logo após deitar-se). Geralmente, surge com a progressão de cardiopatias, podendo ser considerada específica da insuficiência cardíaca.  

     Quais são os sinais de dispneia? 

    Trata-se de uma condição bastante subjetiva em que os sinais e sensações variam de paciente para paciente.  Mas, em geral, alguns sinais comuns são: 

    • Taquipneia: caracterizada pelo aumento da frequência respiratória; 
    • Dificuldade para respirar: provocando um esforço maior para expirar e inspirar o ar; 
    • Presença de chiado no peito. 

    Quando a falta de ar é preocupante? 

    Toda falta de ar é preocupante quando persistente ou incapacitante e, por isso, deve ser investigada adequadamente.  

    Qual médico procurar? 

    A investigação de dispneia pode ser realizada por um pneumologista, cardiologista ou médico generalista.  

    O médico realizará uma avaliação completa, que pode incluir exames físicos, histórico clínico detalhado e, caso necessário, a solicitação de exames complementares para identificar a origem da dispneia. 

    Como o diagnóstico da dispneia é feito? 

    A investigação da dispneia passa por uma conversa com o paciente, em que ele relatará com detalhes o que vem sentindo, e um exame clínico. 

    Com base no contexto clínico e nos sintomas, o médico pode solicitar exames que irão auxiliar no diagnóstico. Entre eles, podemos citar: 

    • Radiografias de tórax;  
    • Testes de função pulmonar;  
    • Exames de sangue; 
    • Ecocardiograma; 
    • Tomografia computadorizada.  

    Vale ressaltar que a abordagem diagnóstica será individualizada, levando em conta as características específicas de cada indivíduo e a suspeita clínica em questão. 

    Qual é o tratamento para dispneia? 

    O tratamento da dispneia deve ser direcionado à causa primária, ou seja, à condição subjacente que está desencadeando o sintoma. Sendo assim o problema pode estar associado a doenças pulmonares, cardíacas, musculares, vasculares ou neurológicas.  

    Ao tratar efetivamente a causa principal, é possível controlar os sintomas de dispneia e melhorar a qualidade de vida do paciente. Nesse sentido, o tratamento pode envolver: 

    • Uso de medicamentos: podem ser prescritos para relaxar os músculos pulmonares e aliviar a falta de ar em casos – relacionados à asma ou DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica).  
    • Oxigenoterapia: realizada por meio de uma máscara ou cateter para melhorar a oxigenação do sangue. É recomendada para pessoas com condições como asma ou pneumonia.
    • Fisioterapia respiratória: pode ser eficaz para melhorar a oferta de oxigênio para o corpo. É indicada para melhorar a respiração e a qualidade de vida de pessoas com dispneia decorrente de condições como asma ou bronquite, por exemplo.
    • Exercícios físicos: podem ser recomendados para pessoas com dispneia causada pelo excesso de peso, visando o emagrecimento. Além disso, a atividade física também pode fortalecer os músculos pulmonares e cardíacos. Contudo, lembre-se: procure sempre um profissional especializado antes de iniciar qualquer atividade física. 

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    Fonte: Philippe Colares, pneumologista do Hospital Nove de Julho 

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