Costocondrite: condição causa dor no peito e desconforto na região das costelas
Traumas, lesões e até mesmo sobrecarga física podem desencadear o problema
Você já sentiu uma dor no peito que piora ao tocar a região das costelas? Essa dor pode ser confundida com um ataque cardíaco, mas, na maioria das vezes, está relacionada à costocondrite. Essa inflamação na junção das costelas com o esterno pode surpreender pela intensidade da dor, mas geralmente não representa uma condição grave.
Neste artigo, você vai ler:
Costocondrite: o que é?
A costocondrite é uma inflamação da cartilagem que une as costelas ao esterno, o osso que fica no centro do peito. Ela provoca uma dor localizada no peito e pode ser confundida com problemas cardíacos, principalmente porque a dor pode ser bastante aguda. Mas, em geral, a costocondrite não é grave e tende a melhorar com cuidados simples e tratamentos adequados.
O que causa a costocondrite?
Na maioria das vezes, não existe uma causa específica para a costocondrite. No entanto, em algumas situações, é possível estabelecer uma associação com determinados fatores como:
- Lesões na região do peito, resultantes de acidentes, quedas ou atividades esportivas;
- Sobrecarga física por atividades que demandam grande esforço, movimentos repetitivos ou exercícios de alta intensidade sem o devido preparo;
- Episódios prolongados de tosse intensa, que podem exercer pressão sobre a caixa torácica.
Em cenários menos comuns, infecções bacterianas ou virais podem atingir a área das cartilagens costais, desencadeando a costocondrite.
Vale ressaltar que, em diversas situações, mesmo após investigação, a causa específica da costocondrite permanece indeterminada. Nesses casos, a prioridade seria mitigar a dor e o desconforto.
Sintomas de costocondrite
As características mais frequentes da dor na costocondrite são:
- Dor na parte frontal do tórax, mais especificamente na junção entre as costelas e o esterno.
- Dor descrita como um incômodo agudo, pulsátil ou em forma de pressão.
- Dor que tende a piorar com palpação ou pressão da área afetada, inspiração profunda, tosse ou espirro, movimentação súbita dos braços e decúbito sobre o lado doloroso.
Em alguns casos, a dor pode irradiar-se para regiões vizinhas, como o ombro ou as costas.
Qual médico procurar?
Inicialmente, o paciente pode consultar um clínico geral ou um médico de família. Se necessário, eles fazem o encaminhamento a um especialista.
Em certas situações, a consulta pode ser com um ortopedista, que é o especialista em ossos, músculos e articulações, incluindo as cartilagens costais. Já o reumatologista trata de doenças inflamatórias e autoimunes que, em alguns casos, podem estar associadas à costocondrite.
Exames que auxiliam no diagnóstico da costocondrite
O diagnóstico da costocondrite começa com a avaliação dos sintomas e exame físico realizado pelo médico. A palpação da região torácica pode revelar sensibilidade nos pontos de articulação das costelas com o esterno.
Então, o método de escolha para análise é a ressonância magnética, pois ela tem a maior sensibilidade para avaliação das cartilagens e na junção com o externo, demonstrando melhor os componentes e as alterações inflamatórias da região.
Para descartar outras condições que podem manifestar-se com dor torácica, como as de origem cardíaca ou pulmonar, o médico poderá solicitar exames complementares, como:
- Eletrocardiograma (ECG): para avaliar a atividade elétrica do coração e excluir causas cardíacas para a dor no peito.
- Raio-x de tórax: para identificar outras etiologias para a dor, como pneumonia ou fraturas.
- Tomografia do tórax: em casos específicos, para uma avaliação mais precisa das estruturas da caixa torácica.
Em algumas situações, o médico pode solicitar um exame de sangue para verificar a presença de sinais de inflamação ou infecção no organismo.
Tratamentos para a costocondrite
O tratamento da costocondrite geralmente inclui o uso de analgésicos, tanto orais quanto tópicos, para aliviar a dor, além de anti-inflamatórios não esteroides e sessões de fisioterapia. Em situações menos comuns, pode-se recorrer a infiltrações com anestésicos locais ou corticoides para controlar a dor.
O paciente deve retornar para uma avaliação médica de quatro a seis semanas após o início do tratamento. A ideia seria esclarecer dúvidas e, no caso da persistência de alguns sintomas, fazer um ajuste no tratamento ou encaminhar o paciente para outro especialista.