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Esclerose lateral amiotrófica: doença afeta a capacidade motora dos pacientes

Também chamada de ELA, condição deve ser acompanhada por um médico neurologista

Por Tiemi OsatoPublicado em 27/05/2024, às 18:15 - Atualizado em 28/05/2024, às 10:29

Esclerose lateral amiotrófica

Rara, a esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença neurológica que atinge as células nervosas responsáveis por movimentos musculares voluntários e pela respiração. 

Essa condição geralmente acomete pessoas entre 50 e 70 anos de idade – mas pode surgir em outras faixas etárias, como ocorreu com o físico britânico Stephen Hawking, que recebeu o diagnóstico aos 21 anos. 

O que é esclerose lateral amiotrófica (ELA)?  

A esclerose lateral amiotrófica é uma doença neurodegenerativa, ou seja, caracterizada pelo desgaste dos neurônios. Na ELA, há comprometimento dos neurônios motores, o que gera fraqueza e atrofia muscular. 

Essa condição também é progressiva, o que significa que ela tende a se agravar com o tempo, fazendo com que o paciente perca o controle sobre os músculos. Habilidades como falar, respirar e deglutir ficam prejudicadas. Com o avanço da ELA, ocorre a paralisia motora. 

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O que causa esclerose lateral amiotrófica?  

A esclerose lateral amiotrófica está associada à degeneração e à morte dos neurônios motores, que ficam incapazes de transmitir comandos aos músculos. 

Não se sabe exatamente o que causa essa condição, sendo a grande maioria dos casos considerados esporádicos, enquanto 10% podem ter relação com aspectos genéticos. 

Quais são os sintomas de esclerose lateral amiotrófica?  

Entre os sintomas da esclerose lateral amiotrófica, estão: 

  • Perda gradual de força e massa muscular; 
  • Cãibras musculares; 
  • Espasmos musculares; 
  • Alterações na dicção (fala arrastada, por exemplo); 
  • Dificuldade para mastigar e/ou engolir; 
  • Comprometimento da capacidade de andar; 
  • Problemas para respirar. 

Como é feito o diagnóstico da ELA?  

O diagnóstico da ELA envolve o histórico clínico do paciente e um exame físico conduzido pelo médico neurologista, por meio do qual se analisa os reflexos e a força do indivíduo. 

Como não existe um teste específico para detectar a esclerose lateral amiotrófica, são necessários outros exames para complementar a avaliação. Comumente são solicitados: ressonância magnética do crânio e da coluna, eletroneuromiografia, exames de sangue e punção lombar (liquórica). Muitas vezes o diagnóstico é dado pelo seguimento ao longo do tempo. 

Quais doenças podem ser confundidas com ELA?  

Alguns dos sintomas presentes na esclerose lateral amiotrófica – como fraqueza muscular e atrofia – também podem ser vistos em outras condições. Para se obter um diagnóstico preciso, é fundamental que a investigação seja minuciosa. 

Exemplos de doenças que podem ser confundidas com ELA são: síndrome do neurônio motor superior, esclerose múltipla, atrofia muscular espinhal (AME) e síndrome de Guillain-Barré. 

Como é feito o tratamento da esclerose lateral amiotrófica?  

A esclerose lateral amiotrófica é tratada com medicamentos que visam retardar a evolução da doença e a piora dos sintomas. 

Além disso, deve-se ter atenção à alimentação do paciente, para garantir que a ingestão de nutrientes esteja adequada, e à função muscular, que pode ser manejada com sessões de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional e com o uso de cadeira de rodas e órteses. 

ELA tem cura?  

Não existe cura para esclerose lateral amiotrófica. Essa é uma doença que tende a se agravar ao longo do tempo, mas as abordagens terapêuticas têm como objetivo reduzir a velocidade de progressão da ELA e amenizar os problemas decorrentes da condição. Quanto mais cedo for iniciado o tratamento, maiores as chances de haver bons resultados. 

Qual médico trata a ELA?  

A esclerose lateral amiotrófica é uma doença que atinge o sistema nervoso. Portanto, o médico neurologista é o mais indicado para diagnosticá-la e orientar o tratamento. 

Além do neurologista, outros profissionais da saúde podem estar envolvidos no cuidado a pacientes com ELA, incluindo psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. 

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Fonte: Dr. Marcus Tulius Silva, médico neurologista 

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