Esporotricose humana: o que você sabe sobre essa doença?
A esporotricose é transmitida pelo contato com animais ou matérias orgânicas infectados com o fungo Sporothrix

Uma micose que pode afetar animais e humanos, a esporotricose é causada por um fungo que se manifesta com lesões na pele, podendo até se disseminar pelas articulações e pulmões.
A boa notícia é que a doença tem cura. Continue a leitura e saiba o que é essa condição, como são os sintomas e o tratamento.
Neste artigo, você vai ler:
O que é esporotricose?
Esporotricose é uma doença causada por fungos do gênero Sporothrix, que são encontrados no meio ambiente e podem infectar animais e humanos.
Tipos de esporotricose
O tipo da doença depende de onde o fungo se instala. Conheça os principais a seguir.
Esporotricose linfocutânea
Esta é a forma mais frequente da doença. Ela afeta a pele e também os vasos linfáticos que ficam logo abaixo dela.
A infecção geralmente se inicia com uma pequena lesão no local de contato com o fungo, que pode se assemelhar a um nódulo avermelhado ou uma picada de inseto. Com a progressão da doença, surgem novas lesões dispostas em linha, acompanhando o trajeto dos vasos linfáticos na região afetada.
Esporotricose pulmonar
Este tipo acontece quando uma pessoa inala os esporos do fungo. Por isso, a infecção afeta diretamente os pulmões.
A esporotricose pulmonar é considerada rara, sendo mais frequente em pessoas que já possuem alguma doença pulmonar crônica. Seus sintomas podem ser parecidos com os da tuberculose e incluem tosse, febre, suor noturno, falta de ar e cansaço.
Esporotricose cutânea
A forma cutânea afeta só a pele e se manifesta no local onde o fungo entrou em contato com o corpo. Em geral, aparece nas mãos, nos braços ou no rosto.
Normalmente, a primeira lesão aparece entre uma e quatro semanas após a exposição, podendo ocorrer até 6 meses depois. Inicialmente, aparece como um pequeno nódulo indolor. Com o tempo, esse nódulo pode crescer e evoluir para uma úlcera de difícil cicatrização.
Esporotricose disseminada
Esta é a forma mais grave da esporotricose, mas também a mais rara. Ela acontece quando a infecção não fica restrita à pele ou ao pulmão. O fungo se espalha por meio da corrente sanguínea para outras partes do corpo.
A forma disseminada pode afetar os ossos, as articulações e até o sistema nervoso central. Este tipo da doença ocorre mais frequentemente em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido por outras condições de saúde.
Quais são os sintomas de esporotricose em pessoas?
A esporotricose pode se manifestar de diferentes formas no ser humano.
A forma mais comum é a linfocutânea, ou seja, que se manifesta com o surgimento de lesões de pele ulceradas ou nodulares que evoluem com um cordão linfático. Estas geralmente aparecem nas extremidades do corpo ou no rosto, e podem vir associadas ao aumento dos linfonodos, estruturas do corpo que filtram substâncias nocivas. Além disso, também podem ocorrer outras manifestações, como:
- Mal-estar;
- Surgimento de lesões em mucosas;
- Disseminação do fungo para articulações e pulmão.
Como a esporotricose é transmitida?
A transmissão ocorre pelo contato com animais ou matérias orgânicas infectados com o fungo Sporothrix. Acidentes com espinhos ou vegetais em decomposição, por exemplo, podem transmitir o fungo.
Já os animais infectados podem transmitir a doença por meio de arranhadura, mordedura ou por meio do contato com secreções respiratórias ou de lesões, sendo gato o animal mais comumente transmissor dessa doença.
Vale ressaltar que também existe tratamento para os animais. Sendo assim, recomenda-se o encaminhamento ao veterinário para evitar que ocorra a dispersão do fungo.
Prevenção da esporotricose
Para prevenir a esporotricose é preciso evitar o contato com o fungo. Ou seja, focar na fonte de transmissão. Para isso, você pode adotar as seguintes medidas:
- Sempre use luvas de borracha grossas e roupas de manga longa ao manusear terra, plantas, musgo ou madeira.
- Evite tocar em animais com lesões na pele, especialmente gatos. Se encontrar um animal de rua ferido, contate o centro de zoonoses de sua cidade.
- Ao notar qualquer ferida que não cicatriza em seu animal de estimação, leve-o para uma consulta veterinária. O tratamento do animal é fundamental para a saúde dele e para quebrar o ciclo de transmissão.
- Evite que seus gatos domésticos saiam para a rua sem supervisão. A castração também ajuda a reduzir as brigas, que são uma forma comum de transmissão entre eles.Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico pode ser clínico-epidemiológico, ou seja, aliando os sinais e sintomas do paciente com história de possível exposição ao fungo.
O principal exame para confirmar a doença é a cultura fúngica. Nele, o médico coleta uma pequena amostra de tecido ou secreção da lesão. E o material é enviado a um laboratório para verificar se o fungo Sporothrix cresce na amostra.
Além da cultura, outros exames podem ser solicitados, como:
- Exame histopatológico: análise de um pequeno pedaço da lesão em um microscópio.
- Sorologia: exame de sangue que busca por anticorpos produzidos pelo corpo para combater o fungo.
Esporotricose humana tem cura?
Sim. Primeiramente, a esporotricose deve ser tratada com antifúngicos e, geralmente, atinge a cura após alguns meses.
De qualquer forma, o paciente deve permanecer em acompanhamento médico regular para definir o tempo de tratamento.
Como é feito o tratamento?
O tratamento é feito com medicações antifúngicas. Para formas graves da doença pode ser realizado antifúngico venoso. O tempo de tratamento irá depender da gravidade de cada caso.
Qual médico procurar?
O indivíduo com suspeita de esporotricose deve procurar um infectologista ou um dermatologista para realização do diagnóstico e prescrição do tratamento.
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Publicado em: 11/12/2023
Atualizado em: 15/07/2025