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    Glaucoma: doença pode causar cegueira

    A pressão alta nos olhos pode prejudicar o nervo óptico e resultar em perda de visão

    Por Samantha CerquetaniPublicado em 18/09/2024, às 18:17 - Atualizado em 19/09/2024, às 12:25

    Glaucoma

    A pressão intraocular elevada é a principal característica do glaucoma, uma condição ocular que pode danificar o nervo óptico e levar à perda de visão. Continue a leitura para saber mais sobre o diagnóstico, o tratamento e se a doença tem cura.

    O que é glaucoma?  

    O glaucoma é um grupo de doenças oculares que danificam o nervo óptico, frequentemente associado ao aumento da pressão intraocular. 

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    Essa pressão elevada pode causar danos progressivos e irreversíveis ao nervo óptico, que transmite informações visuais do olho para o cérebro.  

    Sem tratamento, o glaucoma pode levar à perda de visão periférica e, em alguns casos, à cegueira.  

    Tipos de glaucoma 

     Entre os principais tipos de glaucoma estão: 

    • Glaucoma primário de ângulo aberto: é o tipo mais comum. Ele ocorre quando o sistema de drenagem do humor aquoso (líquido transparente) é ineficiente, fazendo com que esse líquido se acumule e a pressão ocular fique elevada, o que pode levar à perda gradual da visão periférica.  
    • Glaucoma agudo de ângulo fechado: ocorre quando o ângulo entre a íris e a córnea é bloqueado, causando um aumento rápido e doloroso da pressão ocular. Trata-se de uma emergência médica que exige tratamento imediato para evitar danos ao nervo óptico.  
    • Glaucoma secundário: surge após outras condições médicas ou oculares, como diabetes ou uso prolongado de corticosteroides.
       

    Glaucoma é câncer?  

    Não, glaucoma não é câncer. No entanto, alguns tratamentos para câncer, como o uso de corticosteroides, podem aumentar a pressão intraocular e agravar ou desencadear glaucoma em pacientes oncológicos.   

    O que causa glaucoma?

    Os principais fatores de risco do glaucoma incluem:  

    • Aumento da pressão intraocular.  
    • Obstrução na drenagem do humor aquoso (fluido transparente que preenche as câmaras do olho).  
    • Idade avançada. 
    • Pessoas com retinopatia diabética têm um risco aumentado de desenvolver glaucoma. A condição causa danos aos vasos sanguíneos da retina devido ao diabetes. 
    • Uso prolongado de corticosteroides.  

      

    Quais são os sintomas de glaucoma?   

    Inicialmente, o glaucoma pode não causar sintomas, o que torna essencial o acompanhamento médico regular para prevenir a progressão da doença. Veja abaixo os sintomas, de acordo com o tipo de glaucoma:  

    Glaucoma primário de ângulo aberto 

    Geralmente não apresenta sintomas iniciais. A perda de visão periférica ocorre lentamente e pode passar despercebida até que a visão central também seja afetada. 
    Em estágios avançados, há perda gradual da visão periférica, que pode ficar embaçada ou deteriorada.  

    Glaucoma agudo de ângulo fechado 

    Os sintomas incluem:  

    • Visão embaçada ou deteriorada. 
    • Olhos vermelhos e inchados. 
    • Náuseas e vômitos. 
    • Dor na testa. 
    • Lacrimação excessiva. 
    • Sensibilidade à luz 
    • Nebulosidade na parte frontal do olho. 

    Glaucoma secundário 

    Os sintomas podem variar de acordo com a causa, mas geralmente provoca:  

    • Perda gradual da visão periférica 
    • Visão embaçada ou deteriorada 
    • Dor nos olhos. 
    • Olhos vermelhos e inchados. 
    • Dor na testa.  

    Como é feito o diagnóstico?  

    O diagnóstico do glaucoma envolve exames oftalmológicos para avaliar a pressão intraocular, o estado do nervo óptico e a saúde geral dos olhos.   

    Durante a consulta, o oftalmologista coleta informações sobre sintomas, histórico familiar de glaucoma e quaisquer condições médicas pré-existentes.   

    Em seguida, pode-se avaliar a pressão intraocular. Podem ser solicitados os seguintes exames:   

    • Exame do nervo óptico para verificar se há sinais de danos ou alterações. 
    • Testes de campo visual para avaliar a extensão da visão periférica.  
    • Tomografia de coerência óptica para ter uma visão detalhada das camadas da retina e do nervo óptico, ajudando a identificar alterações estruturais precoces. 
    • Teste de espessura da córnea. 

    Glaucoma tem cura?  

    Não, o glaucoma é uma doença crônica e progressiva que não tem cura. Embora não seja possível reverter os danos já causados, o controle da pressão intraocular e a intervenção precoce podem retardar a progressão da doença e preservar a visão.  

    Qual é o tratamento para glaucoma?  

    Entre os tratamentos indicados para glaucoma, destacam-se:  

    • Medicamentos oculares, o que inclui colírios e pomadas que ajudam a reduzir a pressão intraocular.  
    • Tratamento a laser para melhorar a drenagem do humor aquoso e reduzir a pressão ocular. 
    • Medicamentos orais para reduzir rapidamente a pressão intraocular.  
    • Intervenção cirúrgica.

    Cirurgia   

    Quando os tratamentos conservadores e a terapia a laser não são suficientes para controlar a pressão intraocular, a cirurgia pode ser uma opção.   

    Existem diferentes tipos de cirurgia para glaucoma, incluindo a trabeculectomia, que cria uma via de drenagem para o humor aquoso, e a implantação de dispositivos de drenagem, que ajudam a reduzir a pressão ocular ao permitir a saída controlada do fluido.  

    Além disso, a cirurgia de descompressão do nervo óptico pode ser considerada em casos avançados, onde o nervo óptico precisa ser protegido de mais danos.   

    A cirurgia é geralmente recomendada quando há um risco de perda de visão e a pressão intraocular continua elevada apesar do tratamento.  

    Qual médico procurar?  

    Para diagnóstico e tratamento de glaucoma, o médico indicado é o oftalmologista. O especialista é responsável por tratar de diversas condições oculares e fornecer uma avaliação completa da saúde ocular.   

    Cabe a ele fazer o acompanhamento em casos de glaucoma, solicitar exames, prescrever medicamentos e realizar procedimentos, como cirurgias, quando necessários. 

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    Fonte: Dr. Daniel Brainer, oftalmologista do Hospital Nove de Julho.

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