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Retinopatia diabética: saiba o que é e como tratar

Doença é grave e pode levar à cegueira se não for diagnosticada e tratada precocemente

Por Danielle SanchesPublicado em 26/02/2024, às 16:58 - Atualizado em 11/04/2024, às 17:36

retinopatia diabetica

A retinopatia diabética é uma complicação ocular séria que afeta pessoas com diabetes, impactando a retina e potencialmente levando à perda de visão se não for tratada adequadamente. É uma das principais causas de cegueira em adultos no mundo, principalmente em pessoas com diabetes tipo 1 e 2. Conheça os sintomas a seguir. 

O que é retinopatia diabética? 

A retinopatia diabética é uma doença que afeta os pequenos vasos sanguíneos da retina, estrutura responsável pela nossa visão. Ela pode ser proliferativa (mais grave) ou não-proliferativa (mais leve).  

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Retinopatia diabética proliferativa  

A retinopatia diabética proliferativa é a forma mais grave da doença. Ela ocorre quando os vasos da retina já estão tão fechados que há a formação de novos vasos sanguíneos anormais. Como são frágeis, eles podem extravasar ou sangrar, levando a complicações graves como inchaço (edema macular), hemorragias e até o descolamento da retina, prejudicando a visão. 

Retinopatia diabética não-proliferativa 

A retinopatia diabética não-proliferativa é a forma mais leve da doença. Ela ocorre quando os vasos sanguíneos da retina se tornam estreitos ou bloqueados, provocando sangramentos. Contudo, os sintomas são mais sutis. 

O que causa a retinopatia diabética? 

A retinopatia diabética é causada pelo impacto do diabetes (especialmente quando não tratado ou mal controlado) nos vasos sanguíneos da retina. Tabagismo e hipertensão arterial associados ao quadro de diabetes também podem agravar o problema. 

Quais são os sintomas de retinopatia diabética? 

Na maioria dos casos, o estágio inicial da retinopatia diabética é assintomático. À medida que a doença progride, no entanto, os sintomas podem incluir: 

  • Visão embaçada/turva; 
  • Flashes de luz; 
  • Manchas escuras ou distorções na visão; 
  • Perda de visão (em estágio avançado).

Quais são os riscos da retinopatia diabética? 

O principal risco da retinopatia diabética é a perda irreversível da visão. O risco de cegueira é maior em pessoas com: 

  • Retinopatia diabética proliferativa (forma mais grave da doença); 
  • Diabetes de longa duração (mais de 25 anos); 
  • Controle glicêmico inadequado/ineficiente.

Além da perda de visão, a retinopatia diabética também está associada a outras complicações na visão, como glaucoma e catarata.  

Como é feito o diagnóstico? 

O diagnóstico da retinopatia diabética é feito por um médico oftalmologista, que irá realizar um exame completo para verificar a acuidade visual do paciente (que já pode apresentar alguma dificuldade), a pressão do olho, a córnea, íris e o cristalino.  

Mas o exame que mapeia a retina é o de fundo de olho, que também consegue detectar a presença de sangramentos, inchaço e circulação deficiente. Exames de imagem complementares (como angiografia e tomografia da retina) também podem ser requisitados para melhor direcionar o tratamento. 

Tratamento para retinopatia diabética 

Primeiramente, é importante o controle clínico do diabetes e de doenças associadas que podem agravar o quadro da retinopatia diabética, como colesterol alto e hipertensão arterial.  

Do ponto de vista oftalmológico, o tratamento da retinopatia diabética depende da gravidade da doença. Em alguns casos, é possível utilizar medicamentos (em forma de colírio ou injeções dentro do olho) para impedir o crescimento de novos vasos sanguíneos e reduzir o inchaço da retina.  

Outro tratamento que pode ser feito é o uso de laser para cauterizar os vasos sanguíneos anormais – um procedimento chamado de fotocoagulação.  

Por fim, quando há o descolamento da retina, é possível também realizar a cirurgia para limpar os sangramentos e reaplicar a retina.  

Leia mais: o que significa estar pré-diabético?  

Qual médico procurar? 

O médico responsável pelo tratamento da retinopatia diabética é o oftalmologista. 

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Fonte: Dr. Aníbal Mutti,  oftalmologista do Centro de Medicina Especializada (CME) do Hospital Nove de Julho (SP). 

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