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O impacto da luz azul dos eletrônicos na pele

Luz de celulares, tablets e computadores pode penetrar na pele e agravar condições cutâneas

Por Tiemi OsatoPublicado em 13/06/2022, às 10:32 - Atualizado em 25/05/2023, às 13:57
Luz azul na peleFoto: Shutterstock

Nos últimos anos, um novo alvo entrou no radar dos dermatologistas: a luz azul. Presente tanto no Sol quanto em lâmpadas e aparelhos eletrônicos, ela corresponde a um espectro visível da luz e tem sido tema de uma série de estudos que buscam compreender seu impacto na pele humana.

Neste artigo, você vai ler:

Pesquisadores estão investigando, por exemplo, a relação entre longas exposições à luz azul de alta energia e danos ao DNA, morte de células e tecidos, lesões às barreiras  cutâneas e envelhecimento da pele. 

Mas não estranhe caso já tenha ouvido falar sobre tratamento para acne com luz azul: ela também apresenta efeitos benéficos dependendo do comprimento da onda. 

Muitos dos trabalhos, no entanto, foram feitos com base na claridade solar. E nesse caso, a luz azul é emitida em menor quantidade e o que se destaca são os raios UVA e UVB. Os equipamentos eletrônicos viraram o foco apenas recentemente e, portanto, há vários aspectos a serem aprofundados. 

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Embora os resultados não sejam totalmente conclusivos, hoje a comunidade médica entende que a luz azul de eletrônicos pode resultar em hiperpigmentação. Em outras palavras, significa dizer que as telas são capazes de agravar manchas na pele, acentuando o melasma. 

Isso acontece porque a luz azul penetra bastante na nossa pele. Ela alcança, inclusive, uma profundidade na qual consegue estimular os melanócitos — células que dão uma cor mais escura para a pele. Assim são provocadas as manchas. 

Os dermatologistas consideram ainda que a luz azul pode estimular enzimas que degradam o colágeno, fazendo com que ocorra o envelhecimento cutâneo. 

Como proteger a pele contra a luz azul

Luz azul de aparelhos eletrônicosFoto: Shutterstock

Além das pessoas com melasma, aquelas cujo tom de pele é mais escuro devem ter um cuidado extra. Isso porque, de acordo com artigos científicos recentes, os indivíduos com fototipo 4, 5 ou 6 (seguindo a escala Fitzpatrick de classificação) são mais propensos a induzirem pigmentação. 

A principal orientação dos dermatologistas é o velho e bom protetor solar. Ao começar o dia, já faça a aplicação antes de sentar para trabalhar. Um filtro com ampla proteção para raios UVA e UVB, com fator de proteção acima de 30, é o primeiro passo. 

Para complementar a estratégia, invista em um filtro com cor — e olhe com carinho para o rótulo. Esse produto, quando apresenta uma concentração de dióxido de ferro igual ou maior que 3%, confere uma proteção maior diante da luz azul, atuando como uma barreira física. 

Fontes: Valeria Franzon, dermatologista professora do curso de Medicina da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná); Maria Luiza Pires de Freitas, dermatologista assessora do Departamento de Laser da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia).

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