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    Lombalgia: o que causa a dor, quais os tipos e quando ir ao médico

    Má postura e sedentarismo estão entre as principais causas, mas pequenas mudanças de hábitos podem prevenir e aliviar o incômodo

    Fonte: Dr. Vitor Neves SatoRadiologista (músculo esquelético)Publicado em 19/09/2025, às 13:50 - Atualizado em 19/09/2025, às 13:58

    lombalgia

    Cerca de 80% da população mundial já teve ou terá dor na coluna em algum momento da vida, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) e quando a dor acontece na parte de baixo das costas, ela tem nome: lombalgia.   

    Esse desconforto é uma das principais razões de consulta médica e de afastamento do trabalho. Muitas vezes, ele aparece de repente, como um “mau jeito”. Em outras, ela vai se se instalando aos poucos e se torna um problema constante. Continue a leitura para saber mais sobre a lombalgia.

    Lombalgia: o que é? 

    A lombalgia é a dor que acontece na região lombar, na parte mais baixa da nossa coluna vertebral, perto da bacia. Ela indica que alguma estrutura daquela área está sofrendo.  

    Essa dor lombar pode ser leve ou muito intensa. Às vezes, fica só nas costas e, em outros casos, pode irradiar para as nádegas e para as pernas. 

    Tipos de Lombalgia 

    A lombalgia pode ser classificada de algumas formas e a principal delas leva em conta a duração da dor. Mas também podemos levar em consideração a sua causa, ou seja, se é mecânica ou sintoma de outra doença. 

    Lombalgia aguda 

    A lombalgia aguda é aquela dor que surge de repente. Ela é forte, costuma durar pouco tempo: geralmente, melhora em até seis semanas. É o que chamamos como “mau jeito” ou pela expressão “travei a coluna”. Acontece bastante depois de um exagero na academia ou fora dela. Pode ser ao levantar um objeto pesado ou fazer um movimento brusco. 

    Lombalgia Crônica 

    A lombalgia se torna crônica quando a dor persiste por mais de três meses (ou 12 semanas). A dor pode deixar de ser aguda como no início, mas acaba afetando bastante a rotina e a qualidade de vida. As causas da dor crônica podem ser mais complexas: desde desgastes na coluna até doenças inflamatórias. 

    O que causa a lombalgia 

    O que mais causa lombalgia são os nossos hábitos. Má postura para se sentar, dormir ou trabalhar, ficar muito tempo parado na mesma posição, esforço repetitivo e também o sedentarismo, por deixar os músculos fracos. 

    Além desses fatores, outras condições podem provocar a dor: 

    • Levantar ou carregar objetos pesados do jeito errado. 
    • Excesso de peso corporal, o que sobrecarrega a coluna. 
    • Pequenos traumas ou quedas. 
    • Artrose, que é o desgaste das articulações da coluna. 
    • Hérnia de disco, quando o disco intervertebral pressiona um nervo. 
    • Alterações na estabilidade da coluna, como escorregamento de vértebra. 
    • Doenças inflamatórias, como a espondilite anquilosante. 

    Sintomas associados 

    Além da dor localizada, também podem surgir sintomas como: 

    • Dor que irradia para os glúteos. 
    • Dor que desce por uma ou pelas duas pernas (lombociatalgia). 
    • Sensação de formigamento ou dormência nas pernas. 
    • Dificuldade para caminhar ou se manter em certas posições. 

    Quando procurar por um médico? 

    É importante procurar um ortopedista se a dor não melhorar em poucos dias, se o incômodo for muito forte ou se impedir suas atividades. Mas alguns sinais de alerta exigem uma avaliação médica de urgência: 

    • A dor é acompanhada de febre ou perda de peso sem motivo. 
    • Houve uma queda ou acidente antes de a dor começar. 
    • Perda de força ou de sensibilidade nas pernas. 
    • Perda súbita de controle da urina ou das fezes. 
    • A dor piora durante a noite, a ponto de acordar você. 
    • Você tem mais de 50 anos e a dor surgiu sem causa aparente. 

    Exames indicados para o diagnóstico 

    Na maioria das vezes, uma boa conversa com o médico e um exame físico detalhado são suficientes para o diagnóstico. No início, nem sempre exames de imagem são necessários, especialmente em casos agudos e sem sinais de alerta. 

    Quando a dor persiste ou há suspeita de algo mais sério, o médico pode pedir um raio-X para visibilizar os ossos e as articulações. Se for preciso investigar mais, a ressonância magnética da coluna pode ser solicitada para avaliar as partes moles. Ela mostra com detalhes os discos, os nervos e os ligamentos.  

    A tomografia computadorizada também pode ser usada para se ter uma visão detalhada das estruturas ósseas.

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    Lombalgia tem cura? 

    Sim, a grande maioria dos casos de lombalgia tem bom prognóstico. Mais de 90% dos pacientes com dor aguda melhoram em até oito semanas. O tratamento visa aliviar a dor e reabilitar o paciente. Em uma pequena porcentagem dos casos, a cirurgia pode ser necessária. 

    Tratamentos para a lombalgia 

    O tratamento para a lombalgia visa aliviar a dor e recuperar a função. A maioria dos casos responde bem à combinação de uso de medicamentos com reabilitação física. Sempre que possível, manter-se ativo de forma cuidadosa e com orientação é recomendado. 

    As abordagens dependem da causa e da intensidade da dor. E as principais opções seriam: 

    Medicamentos 

    Analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares são frequentemente prescritos. Eles ajudam a controlar a dor e a inflamação na fase aguda, mas só devem ser usados com orientação médica. 

    Fisioterapia 

    É um pilar importante do tratamento e visa dar mais estabilidade à coluna. O fisioterapeuta usa técnicas para aliviar a dor e indica exercícios de fortalecimento e alongamento.  

    Exercícios Físicos 

    Atividades como RPG (Reeducação Postural Global) e pilates ajudam a corrigir a postura e a fortalecer o core (músculos do abdome e das costas). 

    Mudanças de hábitos 

    Corrigir a postura no dia a dia também é importante. Perder peso e adaptar o ambiente de trabalho (ergonomia) ajudam a prevenir novas crises. 

    Procedimentos 

    Em casos específicos e persistentes, o médico pode indicar infiltrações, ou seja, aplicação da medicação diretamente no local da dor.  

    Já a cirurgia é uma opção rara e reservada para uma pequena parcela dos pacientes que não melhoram com outros tratamentos.

     

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