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    Longevidade: como envelhecer bem e com saúde?

    Bons hábitos, alimentação equilibrada e atenção à saúde são aliados para um envelhecimento com qualidade

    Por Danielle SanchesPublicado em 20/05/2025, às 09:49 - Atualizado em 22/10/2025, às 09:49
    Foto: Shutterstock

    A busca por longevidade ganhou força nas últimas décadas. Com os avanços na medicina e nas condições de vida, cada vez mais pessoas ultrapassam os 80, 90 e até os 100 anos. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), por exemplo, afirmam que o brasileiro já vive, em média, 76,4 anos. Já a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que, em 2050, o mundo terá dois bilhões de pessoas vivendo acima dos 60 anos. Mas não basta apenas viver mais: é preciso também viver melhor. Ter muitos anos de vida com autonomia, saúde física e mental é o verdadeiro desafio.

    Longevidade: o que é? 

    Longevidade é o termo clássico utilizado para definir uma vida mais longa que o normal. No entanto, hoje consideramos a longevidade um conceito mais amplo, que inclui a capacidade de viver mais e de viver bem esse “tempo adicional”, envelhecendo de forma saudável e com capacidade de manter uma boa qualidade de vida.  

    A capacidade de envelhecer de forma ativa e saudável, no entanto, depende de alguns fatores, desde o cuidado com a alimentação até o acompanhamento médico adequado, além da atenção à saúde mental e o fortalecimento dos vínculos sociais. 

    Nesse sentido, a OMS tem incentivado o envelhecimento saudável, enfatizando que o aumento da expectativa de vida deve ser acompanhado de condições que permitam às pessoas viverem mais, mas com autonomia e dignidade.

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    O que é a síndrome da fragilidade? 

    A síndrome da fragilidade é uma condição clínica que gera uma maior vulnerabilidade às doenças ou estresses agudos nos idosos. Ela é caracterizada pela presença de três ou mais das seguintes variáveis: perda de peso não intencional, fadiga / exaustão constante, fraqueza, velocidade de caminhada lenta e/ou baixa atividade física.  

    De acordo com a SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia), a síndrome aumenta o risco de queda, incapacidade, hospitalização e morte dos idosos; por isso, identificar essa fragilidade no paciente pode, muitas vezes, mudar a trajetória do cuidado do indivíduo, porque essa síndrome implica em uma expectativa de vida mais limitada e no aumento de risco para certas doenças.  

    Impacto da alimentação para longevidade saudável 

    A alimentação é um dos pilares mais importantes para garantir a longevidade. Manter um cardápio equilibrado, rico em vegetais, frutas, leguminosas, cereais e grãos integrais e gorduras saudáveis, está associado ao menor risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, obesidade e alguns tipos de câncer, além de melhorar a saúde cognitiva.  

    A chamada dieta mediterrânea, por exemplo, é frequentemente apontada como uma aliada da longevidade em diversos estudos sobre o tema. Além disso, manter uma boa hidratação e reduzir o consumo de ultraprocessados, sal e açúcar em excesso também são estratégias importantes. 

    Nesse sentido, contar com o acompanhamento de um nutricionista ou nutrólogo pode ser interessante, já que esses profissionais focam na nutrição e no impacto da alimentação no envelhecimento saudável, orientando sobre hábitos alimentares que promovem saúde a longo prazo. 

    Importância dos bons hábitos 

    A longevidade e o envelhecimento saudável são uma construção ao longo do tempo, baseada em ações preventivas e hábitos saudáveis que devem ser seguidos por anos. É aqui que entram os bons hábitos, importantes para manter o corpo saudável e funcionando bem por muitos anos. Dentre eles, podemos citar:  

    • A prática regular de atividades físicas, mesmo que de intensidade leve (como caminhadas);  
    • Manter uma rotina de sono de qualidade, importante para a saúde cognitiva; 
    • Controle do estresse; 
    • Não fumar; 
    • Não beber ou consumir álcool de forma moderada; 
    • Manter relações sociais saudáveis; 
    • Praticar atividades prazerosas, como hobbies e voluntariado. 

    Saúde preventiva para longevidade

    A medicina preventiva é essencial quando se pensa em envelhecer com saúde. Vale dizer, no entanto, que, apesar desse nome, ela não previne o surgimento de doenças, mas sim as detecta em estágios bem iniciais, aumentando as chances de cura e/ou de tratamentos mais leves e rápidos para controlar a condição.  

    Nesse sentido, problemas como hipertensão, diabetes e colesterol alto — condições bastante comuns entre idosos — podem ser detectados precocemente por meio de exames regulares. É essa intervenção inicial que permite um tratamento rápido e eficaz, evitando complicações mais sérias para a saúde. 

    Cada faixa etária exige diferentes tipos de exames, e o acompanhamento médico regular ajuda a monitorar a saúde e identificar possíveis alterações antes que se tornem problemas maiores. Isso inclui realizar periodicamente exames como de sangue, colonoscopia, densitometria óssea, testes cardiovasculares, avaliação do colesterol, exames de imagem e, para mulheres, o exame de mamografia e o papanicolau, entre outros. 

    Além disso, manter o calendário vacinal, com as vacinas para idosos, atualizado é indispensável: vacinas como a vacina da gripe para idosos (mais potente), pneumocócica (que protege contra pneumonia), hepatite B, herpes-zóster e covid-19 oferecem uma proteção essencial para o público idoso. 

    Qual o especialista na saúde do idoso? 

    Se o foco for a longevidade saudável, um médico especializado em medicina preventiva e longevidade pode ser de grande ajuda. O geriatra é o especialista em saúde do envelhecimento e atende não apenas idosos, mas qualquer pessoa que queira envelhecer com qualidade.

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    Fonte: Dra. Clarisse Ponte – Endocrinologista

     

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