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    Saiba o que é mal súbito, as causas e como ajudar

    Expressão é popularmente usada para descrever perda de consciência ou parada cardíaca

    Por Danielle SanchesPublicado em 10/06/2022, às 14:45 - Atualizado em 25/05/2023, às 16:13
    Foto: Shutterstock

    Inesperado e assustador: assim podemos descrever o mal súbito, uma expressão popularmente usada para situações em que uma pessoa aparentemente saudável perde a consciência e pode morrer em até uma hora após a manifestação dos primeiros sintomas.  

    É importante dizer que a perda de consciência nem sempre significa algo grave. O mal súbito é um termo utilizado muitas vezes quando a pessoa tem uma síncope – um desmaio provocado por uma crise de hipoglicemia, um quadro de desidratação e até uma convulsão leve.  

    Mas, na maioria das vezes, o mal súbito é um sinônimo para morte súbita, um tipo de evento mais sério causado por uma parada cardíaca repentina que leva à morte em poucos minutos.  

    O mais preocupante é que nem sempre é possível prevenir esse tipo de morte. “Muitas vezes, ela acontece sem que o indivíduo se dê conta de que tem um problema de saúde”, afirma o cardiologista Bruno Valdigem, membro da Sobrac (Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas) e eletrofisiologista do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, em São Paulo.  

    Por que o mal súbito acontece?

    A maioria dos casos de mal súbito acontece por problemas cardíacos, como arritmias (alterações elétricas que modificam o batimento cardíaco normal).  

    Para se ter uma ideia, dados da Sobrac indicam que a morte súbita é responsável por 320 mil mortes todos os anos no Brasil. Cardiopatias (doenças no músculo do coração) e obstrução arterial (que provoca o famoso infarto agudo do miocárdio) também podem provocar o problema. 

    Mas, o mal súbito também pode ser provocado por eventos neurológicos, como AVC (acidente vascular cerebral) e crises convulsivas severas. Por fim, o consumo de drogas ilícitas também pode provocar morte súbita, especialmente em indivíduos que já têm alguma doença prévia. 

    Por isso, os fatores de risco incluem condições de saúde que provocam problemas cardiovasculares, como hipertensão arterial, colesterol alto, diabetes e obesidade. Quem tem histórico familiar de doenças do coração, infarto ou insuficiência cardíaca na família também deve se manter atento e realizar check-ups com frequência para prevenir problemas no futuro.  

    Quais os principais sintomas do mal súbito?

    Sintomas mais comuns do mal súbitoArte: Andrea Petkevicius

    Vale dizer, no entanto, que muitas vezes o mal súbito não dá sinais claros e pode ocorrer de forma repentina. 

    É possível sair ileso?

    Sim, desde que o quadro não seja grave. “Se for apenas a perda de consciência não relacionada a uma parada cardíaca, o paciente tem grandes chances de sobreviver sem sequelas”, afirma o cardiologista e médico do esporte Álvaro Paiva, que atua no Centro de Traumato-ortopedia Esportiva no ambulatório de Cardiologia do Esporte da Escola Paulista de Medicina da Unifesp e na clínica On Evolução Corporal, em São Paulo. 

    No entanto, se a ocorrência realmente for provocada por uma parada no funcionamento do coração, as chances de sobrevivência são pequenas e dependem muito do tempo levado para socorrer o paciente. Em 50% dos casos, a morte é confirmada antes mesmo de qualquer atendimento médico.  

    Isso porque a falta de movimento no coração provoca danos seríssimos ao organismo em pouco tempo. Estima-se que, a cada minuto passado sem socorro, a chance de recuperação diminui entre 7 e 10%, e poucas tentativas de ressuscitação são bem sucedidas após 10 minutos.  

    O que fazer ao ver alguém nessa situação?

    O primeiro passo é tentar manter a calma e providenciar ajuda. Você mesmo pode ligar para o 192 (SAMU) ou 193 (Bombeiros) e informar a ocorrência de mal súbito ou pedir para alguém fazer isso.  

    Se a ocorrência for mesmo uma parada cardíaca e você estiver em um local que ofereça primeiros socorros, como shoppings e centros comerciais, peça que tragam um desfibrilador automático – ele dá uma descarga elétrica no coração e ajuda o órgão a voltar a funcionar.  

    E, se você souber como, inicie a massagem cardíaca para manter o sangue circulando e a pessoa viva enquanto o socorro não chega.  

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