nav-logo
Compartilhe

    Mulheres e as doenças cardiovasculares

    Estar atenta aos sintomas e fazer mudanças no estilo de vida pode mudar percurso da doença

    Por Raquel RibeiroPublicado em 09/09/2022, às 16:31 - Atualizado em 25/05/2023, às 15:23

    Mulheres e as doenças cardiovasculares

    Foto: Shutterstock

    Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) alertam: as doenças cardiovasculares são responsáveis por 8,5 milhões de óbitos por ano, um número que corresponde a 23 mil mulheres por dia. No Brasil, as doenças do coração, por exemplo, simbolizam 30% das causas de morte.  

    Caracterizadas por atingirem o coração e os vasos sanguíneos, as doenças cardiovasculares podem surgir devido a um estilo de vida pouco saudável, como má alimentação e sedentarismo, avanço da idade ou ainda ser diagnosticada durante a gestação.  

    Embora os sintomas como cansaço e falta de ar sejam indicadores de que algo não vai bem, algumas mulheres acabam não valorizando outros sintomas, como a dor no peito. No entanto, a edição de 2021 da Estatística Cardiovascular – Brasil da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) destaca que as queixas de dores no peito, que muitas vezes podem estar relacionadas a problemas cardiovasculares e obstrução de artérias do coração, foram mais predominantes nas mulheres do que nos homens.  

    Mas saiba que estar atenta aos sintomas, levar uma vida equilibrada e consultar um especialista uma vez por ano pode mudar o percurso das doenças.  

    Quais doenças são consideradas cardiovasculares? 

    As doenças cardiovasculares incluem um grupo de doenças do coração e dos vasos sanguíneos. Entre as principais estão: 

    Doença arterial coronariana: trata-se do acúmulo de gordura e coágulos nos vasos sanguíneos do coração causando assim a obstrução gradual ou súbita das artérias.  

    Doença arterial periférica: condição que pode atingir os membros superiores ou inferiores, causando obstrução do fluxo de sangue nas artérias e dor. É provocada por um distúrbio na circulação do sangue.  

    Infarto do miocárdio: também conhecido como ataque cardíaco, ocorre quando há um bloqueio do fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco impossibilitando que o coração receba nutrientes e oxigenação.  

    Doença cerebrovascular: representa um grupo de doenças, como o AVC (Acidente Vascular Cerebral), que atingem os vasos sanguíneos que irrigam o cérebro podendo danificar o seu funcionamento.  

    Doença cardíaca reumática: surgem devido à febre reumática, doença inflamatória que pode comprometer as articulações. Neste caso, provoca danos no músculo do coração e válvulas cardíacas.  

    Cardiopatia congênita: resultado de uma má formação na estrutura ou função do coração existente desde o nascimento do bebê. Geralmente surge nas primeiras semanas da gestação. 

    Principais sintomas

    Todo sintoma é importante e deve ser levado em consideração. Principalmente, quando associado a uma rotina agitada que grande parte das mulheres têm. Confira alguns deles:  

    • Cansaço; 
    • Falta de ar; 
    • Náuseas; 
    • Vômitos;
    • Mal-estar gástrico; 
    • Dores nas costas; 
    • Dor no queixo e garganta. 

    Fatores de risco para doenças cardiovasculares em mulheres 

    • Pressão alta 
    • Sedentarismo 
    • Gordura abdominal 
    • Colesterol alto
    • Diabetes 
    • Tabagismo 
    • Uso de anticoncepcionais (principalmente associado ao tabagismo) 

    Prevenção 

    Você já foi ao cardiologista este ano? Saiba que a recomendação dos médicos é de que mulheres saudáveis e gestantes consultem um especialista pelo menos uma vez por ano.  

    Para aquelas que já possuem alguma doença ou fatores de risco, a visita ao médico deve ser feita mais frequentemente. Afinal, essas pacientes podem ter uma maior chance de sofrer um infarto, por exemplo.  

    Além disso, é fundamental adotar medidas como ter uma alimentação saudável e moderada e uma dieta rica em frutas e vegetais, praticar atividades físicas regularmente, ter um equilíbrio emocional, dormir bem, realizar exames periódicos de acordo com orientação médica, entre outros fatores.  

    Por isso, fique atenta aos sintomas e não deixe de buscar ajuda especializada. Somente um especialista poderá realizar o diagnóstico e o tratamento individualizado para cada mulher.  

    Fonte: Thaís Lima, cardiologista e gerente médica do Hospital Nove de Julho. 

    Referência: SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) e OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde). 

    Encontrou a informação que procurava?
    nav-banner

    Veja também