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    Placenta: saiba quando ela pode afetar o desenvolvimento do bebê

    O acompanhamento pré-natal é crucial para o diagnóstico precoce de eventuais complicações

    Por Patricia JulianelliPublicado em 26/08/2024, às 19:30 - Atualizado em 27/08/2024, às 09:07

    placenta

    A placenta se desenvolve durante a gravidez dentro do útero materno. Ela conecta o feto à parede uterina, desempenhando funções cruciais para o desenvolvimento e crescimento do bebê. Siga a leitura e saiba mais sobre a função da placenta, os exames para sua avaliação e as principais condições que podem representar risco durante a gestação. 

    O que é placenta e qual sua função? 

    A placenta é um órgão temporário formado por tecidos maternos e fetais. Ela se desenvolve a partir da implantação do óvulo fertilizado na parede uterina e cresce ao longo da gestação, desempenhando um papel crucial na sobrevivência e desenvolvimento do feto.  

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    A placenta possui diversas funções essenciais, como: 

    • Trocas gasosas: permite a passagem de oxigênio do sangue materno para o sangue fetal e a eliminação do dióxido de carbono fetal. 
    • Nutrição: transporta nutrientes essenciais, como glicose, aminoácidos e vitaminas, do sangue materno para o feto. 
    • Excreção: remove os resíduos metabólicos do feto, como a ureia. 
    • Produção de hormônios importantes para a manutenção da gravidez e para preparar a mãe para o parto, como a progesterona e o estrogênio. 
    • Proteção: forma uma barreira que protege o feto contra a passagem de substâncias nocivas, como algumas bactérias e vírus. 

    Quais exames avaliam a placenta durante a gravidez? 

    Durante o pré-natal, são realizados vários exames para monitorar a saúde da placenta e identificar possíveis problemas. O ultrassom morfológico é o principal método utilizado para avaliar a localização e o desenvolvimento da placenta.

    Outros exames, como a dopplerfluxometria, podem ser indicados para avaliar o fluxo sanguíneo entre a mãe e o feto, o que ajuda a detectar sinais de insuficiência placentária. Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma ressonância magnética para obter imagens mais detalhadas da placenta. 

    Placenta baixa (placenta prévia) 

    A placenta baixa, também conhecida como placenta prévia, ocorre quando a placenta se posiciona na parte inferior do útero, cobrindo parcial ou totalmente o colo do útero. Essa condição pode causar complicações durante a gravidez, como sangramentos intensos, especialmente no terceiro trimestre. Dependendo da gravidade, a placenta prévia pode exigir repouso absoluto, internação ou até mesmo uma cesariana antecipada. 

    Descolamento de placenta 

    O descolamento prematuro da placenta é uma condição grave onde a placenta se separa da parede uterina antes do nascimento do bebê. Isso pode causar uma redução na oferta de oxigênio e nutrientes para o feto, além de provocar sangramentos e cólica intensos na mãe.

    O quadro ocorre em fases mais avançadas da gestação e exige intervenção médica imediata, podendo levar à necessidade de parto prematuro para preservar a saúde da mãe e do bebê.  

    Placenta acreta 

    A placenta acreta é uma condição em que a placenta se adere profundamente à parede uterina, penetrando nos músculos do útero ou até mesmo em órgãos adjacentes. Esse tipo de aderência pode causar dificuldades no momento do parto, pois a placenta não se desprende naturalmente. Em muitos casos, a placenta acreta exige uma cesariana seguida de histerectomia (remoção do útero) para controlar o sangramento. 

    Placenta anterior 

    Quando a placenta se posiciona na parte frontal do útero, entre o bebê e a parede abdominal da mãe, é chamada de placenta anterior. Embora não represente um risco significativo, a placenta anterior pode dificultar a percepção dos movimentos fetais pela mãe e, em alguns casos, pode complicar procedimentos como a amniocentese. 

    Placenta posterior 

    A placenta posterior é localizada na parte posterior do útero, voltada para a coluna da mãe. Geralmente, essa posição é considerada segura e não costuma apresentar grandes complicações. Entretanto, assim como em outras localizações, é fundamental que a saúde da placenta seja monitorada regularmente durante o pré-natal. 

    Placenta fúndica 

    Quando a placenta se localiza no fundo do útero, na parte superior, ela é denominada placenta fúndica. Essa posição afasta risco de complicações como a placenta prévia. No entanto, a avaliação regular ainda é necessária para garantir que não haja problemas no suprimento de nutrientes ao feto. 

    Placenta circunvalada 

    A placenta circunvalada é uma variação anatômica onde as bordas da placenta se curvam para cima, formando um anel. Essa condição pode estar associada a complicações como restrição de crescimento intrauterino e descolamento de placenta. Mulheres com placenta circunvalada devem ser monitoradas de perto para garantir um desenvolvimento saudável do feto. 

    Quando a condição da placenta representa risco para o bebê? 

    Diversas das condições da placenta mencionadas anteriormente podem representar riscos sérios para o bebê, especialmente se não forem diagnosticadas e tratadas a tempo. Mas outro quadro merece atenção devido à sua gravidade: a insuficiência placentária. Nele, a placenta não fornece oxigênio e nutrientes suficientes ao feto, o que pode levar ao crescimento intrauterino restrito (CIR), parto prematuro ou até mesmo ao óbito fetal. 

    Importância do pré-natal 

    O pré-natal é essencial para monitorar a saúde da mãe e do bebê, incluindo a avaliação regular da placenta. Através de exames periódicos, os profissionais de saúde podem identificar precocemente problemas na placenta e tomar as medidas necessárias para minimizar os riscos.

    Um acompanhamento pré-natal adequado é fundamental para garantir uma gravidez saudável e um parto seguro. Além dos exames que avaliam a placenta, um pré-natal completo engloba uma série de outros exames essenciais para monitorar a saúde da gestante e do bebê.

    Entre eles, estão: hemograma, tipagem sanguínea e fator Rh, coombs indireto, glicemia de jejum, urina tipo I, urocultura, exames para detecção de sífilis, HIV, hepatite B e C, toxoplasmose, rubéola e outras infecções, além de exames específicos de acordo com o histórico clínico da gestante e as recomendações médicas. 

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    Fonte: Dr. Heron Werner Jr., Doutor e professor em ginecologia, obstetrícia e ultrassonografia do Alta Diagnósticos. 

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