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    Neuralgia do trigêmeo causa dor intensa e repentina no rosto

    Condição costuma afetar as porções média e inferior da face

    Fonte: Dr. Renato HoffmannNeurorradiologistaPublicado em 31/07/2025, às 16:32 - Atualizado em 31/07/2025, às 16:36

    neuralgia do trigemeo

    Condição costuma afetar as porções média e inferior da face 

    Pacientes com neuralgia do trigêmeo enfrentam uma dor crônica e muito intensa no rosto, o que pode atrapalhar atividades cotidianas e prejudicar a qualidade de vida. O diagnóstico dessa condição neurológica é feito a partir da história clínica do paciente e de um exame físico conduzido pelo médico, podendo ser complementado com ressonância magnética.

    Neuralgia do trigêmeo: o que é? 

    A neuralgia do trigêmeo é um quadro neurológico caracterizado por dor intensa e repentina na face – principalmente nas porções média e inferior, mas podendo atingir também a superior. Essa é uma condição crônica, ou seja, de longa duração. Observa-se ainda que, em alguns períodos, os sintomas podem ser mais intensos e, em outros, mais brandos.

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    O que é e qual a função do nervo trigêmeo? 

    O nervo trigêmeo é um nervo localizado no crânio, com três ramificações importantes: ele começa na altura da orelha e se estende na direção dos olhos, das bochechas e da mandíbula. Essa estrutura é responsável pelas sensações tátil, térmica e dolorosa da face. 

    Possíveis causas para a neuralgia do trigêmeo 

    O diagnóstico mais frequente é o de neuralgia do trigêmeo primária. Isso significa que a doença é causada pela compressão do nervo trigêmeo, exercida por algum vaso sanguíneo. Já em casos de neuralgia do trigêmeo secundária, o dano ao nervo trigêmeo decorre de alguma outra condição – como um tumor ou um quadro de esclerose múltipla. 

    Quando não se identifica a causa do problema, a neuralgia do trigêmeo é denominada “idiopática”. 

    Sintomas da neuralgia do trigêmeo 

    A dor facial intensa e repentina é o principal sintoma da neuralgia do trigêmeo. Ela costuma ser descrita como uma dor similar a um choque elétrico ou em pontadas, surgindo de maneira súbita. Entre esses episódios, é possível que haja uma sensação de queimação ou dormência. 

    Embora possa atingir diversas áreas do rosto, geralmente a dor ocorre em apenas um lado da face, muitas vezes na região da bochecha e da mandíbula. E a duração tende a ser curta: a dor permanece por alguns segundos ou poucos minutos. Apesar disso, é bastante intensa e pode ser até incapacitante, além de ter caráter crônico.  

    É comum que o desconforto apareça após estímulos leves, como escovar os dentes, lavar o rosto, aplicar maquiagem, fazer a barba e se alimentar. 

    Qual médico procurar? 

    O neurologista (médico especializado em distúrbios que afetam os nervos) pode acompanhar pacientes com neuralgia do trigêmeo, estando apto a conduzir uma avaliação detalhada para chegar ao diagnóstico e definir a melhor abordagem terapêutica para cada caso. Além dele, o neurocirugião também pode atuar na condição. 

    Qual exame detecta a neuralgia do trigêmeo? 

    Não existe um exame específico capaz de detectar a neuralgia do trigêmeo. O diagnóstico envolve uma avaliação clínica minuciosa para que o médico entenda quais são os sintomas do paciente.  

    Geralmente, o profissional conduz um exame físico e faz perguntas sobre o histórico de saúde do indivíduo e sobre as características da dor – incluindo qual região ela acomete, como se manifesta e em que situações costuma surgir. 

    De maneira complementar, pode ser solicitada uma ressonância magnética do crânio. Esse exame fornece imagens detalhadas das estruturas do organismo, podendo ser útil para identificar se há compressão do nervo trigêmeo, além de ajudar a investigar a presença de tumores e outras anomalias.

    Além dele, também pode ser solicitada a angiorressonância magnética das artérias intracranianas. Este exame não invasivo usa campos magnéticos e ondas de rádio para gerar imagens detalhadas das artérias e veias do cérebro.

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    Tratamentos para a neuralgia do trigêmeo 

    A prescrição de anticonvulsivantes costuma ser a primeira opção de tratamento. Esse tipo de medicamento atua sobre a transmissão de impulsos nervosos, assim auxiliando a reduzir a dor – e proporcionando um alívio que, em geral, os analgésicos não conseguem oferecer a pacientes com neuralgia do trigêmeo. 

    Se a abordagem medicamentosa não for suficiente, pode-se considerar intervenções cirúrgicas. Existem diferentes métodos disponíveis, sendo eles voltados para descomprimir o nervo trigêmeo ou, então, danificar essa estrutura de maneira a interferir na transmissão da dor. Isso pode ser feito por injeções percutâneas, ablação por radiofrequência e cirurgia neurológica. 

    O tratamento mais adequado varia de acordo com as particularidades de cada quadro e cada paciente, sendo fundamental consultar um médico para obter orientações individualizadas.

     

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