Papanicolau: o que é o exame e para que serve
Exame é o principal aliado na detecção precoce do câncer de colo do útero

Exame é um dos principais aliados na detecção precoce do câncer de colo do útero, sendo que sua denominação é citologia cervicovaginal
Se aproximadamente 80% das mulheres realizassem o papanicolau, exame preventivo que detecta lesões uterinas com potencial de agravamento, seria possível reduzir em até 90% a incidência de câncer do colo do útero. É o que apontam os dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).
Segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer), esse tipo de câncer raramente ocorre em mulheres que realizam o exame de rastreamento regularmente até os 65 anos, reforçando mais uma vez a eficácia do teste. Mas afinal, como o exame funciona? Saiba mais.
Neste artigo, você vai ler:
O que é o exame Papanicolau?
O papanicolau é um exame capaz de detectar alterações nas células do colo do útero que podem progredir para o câncer. Seu principal objetivo é fazer o diagnóstico da doença antes mesmo que os sintomas apareçam.
O exame é simples, rápido, indolor e é feito da seguinte forma:
- Para a coleta do material, um instrumento chamado espéculo, conhecido popularmente como “bico de pato”, por conta do seu formato, é introduzido na vagina.
- O/a médico/a faz então uma inspeção visual do interior da vagina, bem como do colo do útero e provoca com o auxílio de uma espátula e uma escovinha, uma escamação, tanto da superfície interna quanto externa do colo do útero.
- As células colhidas nesse processo são colocadas em uma lâmina (citologia tradicional) ou em um frasco contendo líquido apropriado (citologia líquida), para análise em laboratório de citopatologia, especializados em células e suas alterações.
As doenças que o papanicolau é capaz de detectar
O principal objetivo do papanicolau é fazer o rastreio para identificar lesões que possam indicar o câncer de colo do útero, bem como suas lesões pré-cancerosas.
No entanto, o exame também é capaz de detectar corrimentos e ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis). Ele não é indicado especificamente para diagnosticar essas condições, mas elas podem ser detectadas no exame e, assim, ajudar o médico na indicação do tratamento.
Exame DNA HPV
O exame de DNA do HPV é uma ferramenta complementar ao papanicolau, capaz de identificar a presença do material genético dos tipos de HPV de alto risco, mesmo antes de alterações celulares visíveis.
Sabe-se que este vírus é o causador do câncer de colo uterino; assim, quando estiver positivo em um exame mostra que a mulher está sob risco de desenvolver este câncer.
O exame é especialmente indicado para mulheres a partir dos 25 anos ou em casos em que o papanicolau apresenta resultados inconclusivos ou suspeitos.
A coleta é semelhante à do papanicolau: é feita por meio de um esfregaço do colo do útero com auxílio de uma escovinha. O material é enviado ao laboratório, onde é analisado por biologia molecular. A detecção precoce do vírus pode ajudar a monitorar e intervir antes que as infecções evoluam para lesões precursoras do câncer.
Autocoleta HPV
A autocoleta para HPV é uma alternativa ao exame feito no consultório, principalmente útil em regiões com menor acesso à saúde ou para pacientes que enfrentam barreiras ao exame ginecológico tradicional. A própria mulher realiza a coleta das células vaginais utilizando um kit com um cotonete longo e tubo de conservação, seguindo instruções simples e seguras.
Estudos demonstram que a autocoleta é confiável e tem sensibilidade comparável à do exame feito por profissionais, especialmente quando o objetivo é detectar o DNA do HPV. Trata-se de ferramenta importante para ampliar a cobertura do rastreamento, principalmente entre mulheres que não realizam o exame há anos.
Novo rastreamento do câncer de colo uterino recomendado pelo SUS
Nos últimos anos o teste de DNA do HPV vem substituindo o papanicolau em muitos países do mundo, por ser mais sensível na detecção precoce do câncer de colo uterino. Assim, neste ano de 2025, o INCA (Instituto nacional de câncer) aprovou no Brasil o rastreamento deste tumor por meio do teste de HPV.
A mulher iniciará a coleta com 25 anos; se este teste se mostrar negativo, ela coletará o exame novamente em 5 anos. Se este teste vier positivo, indicando a presença do vírus, a paciente será direcionada para o Papanicolau ou para colposcopia, a depender do tipo de HPV encontrado.
No entanto, até que o teste de DNA esteja disponível para coleta nas unidades básicas de saúde, a mulher deve continuar a colher o papanicolau.
Formas de prevenir o HPV e câncer de colo do útero
A principal forma de prevenção do câncer de colo do útero é a vacinação contra o HPV. No SUS temos a vacina quadrivalente (proteção contra os tipos HPV: 6, 11, 16, 18), que é indicada para meninas e meninos de 9 a 14 anos e para mulheres e homens imunossuprimidos de 9 a 45 anos.
A vacina protege contra os tipos de HPV de alto risco que estão diretamente relacionados ao desenvolvimento do câncer. No entanto, nas clínicas privadas, temos a vacina nonavalente (proteção contra os tipos 6, 11, 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58), que é indicada para mulheres e homens de 9 a 45 anos.
Quanto mais cedo a imunização acontecer, melhor: o ideal é que seja antes do início da vida sexual.
Além da vacina, o uso de preservativos em todas as relações sexuais ajuda a reduzir o risco de infecção pelo HPV e por outras ISTs.
Outra estratégia é manter os exames de rastreamento em dia, como o papanicolau e, em alguns casos, o teste de DNA do HPV.
A importância do papanicolau e do teste de HPV
Os números de mortalidade por câncer de colo do útero ainda são altos, especialmente em países em desenvolvimento, como o Brasil.
Logo, o diagnóstico precoce é o melhor caminho para um tratamento adequado e bem-sucedido, além de reduzir as mortes pela doença, que chegam a 280 mil por ano no país.
Quais podem ser as consequências de não realizar o exame?
Quanto antes detectada qualquer alteração nas células, maiores são as probabilidades de cura. Logo, a não realização do exame reduz a possibilidade de um tratamento precoce e, consequentemente, aumenta as chances de progressão da doença.
Idade recomendada para a realização
No Brasil, o exame de papanicolau ou teste de HPV são recomendados a partir dos 25 anos. Os testes também podem ser realizados por mulheres grávidas, sem comprometimento à sua saúde ou à do bebê.
Periodicidade que o exame deve ser feito
Após a primeira realização do papanicolau, ele deve ser repetido no ano seguinte e, se o exame não apresentar alterações nas células nesses dois primeiros exames, ele só precisará ser feito novamente a cada três anos.
Em caso de alterações, o exame poderá ser repetido e a periodicidade varia de acordo com o diagnóstico ou a paciente será encaminhada para colposcopia. Isto dependerá do tipo de alteração encontrada.
Em relação ao teste de HPV, a mulher iniciará a coleta com 25 anos; se este teste se mostrar negativo, ela coletará o exame novamente em 5 anos. Se este teste vier positivo, indicando a presença do vírus, a paciente será direcionada para o papanicolau ou para colposcopia, a depender do tipo de HPV encontrado.
Papanicolau: preço e onde agendar
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