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    Papanicolau: o que é o exame e para que serve

    Exame é o principal aliado na detecção precoce do câncer de colo do útero

    Por Raquel RibeiroPublicado em 19/08/2022, às 18:50 - Atualizado em 22/02/2024, às 17:05

    papanicolau

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    Se aproximadamente 80% das mulheres realizarem o Papanicolau, seria possível reduzir em 60 a 90% a incidência do câncer do colo do útero. É o que apontam os dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).

    O Papanicolau é um exame preventivo capaz de detectar lesões precursoras do câncer de colo do útero, doença que deve ter, até o fim deste ano, 16.590 novos casos diagnosticados, de acordo com dados do INCA (Instituto Nacional de Câncer). 

    Ainda segundo o instituto, esse tipo de câncer raramente ocorre em mulheres que realizam o exame de rastreamento regularmente até os 65 anos. Estamos citando esse número porque nesta idade as mulheres já não precisam mais fazer o preventivo ou podem fazer o teste em menor frequência, já que o risco desse tipo de câncer diminui com o passar dos anos.

    Mas afinal, como é o exame e por que ele é tão importante? Respondemos essas e outras dúvidas sobre o Papanicolau.

    O que é o exame Papanicolau?

    O Papanicolau é um exame que pode detectar alterações nas células do colo do útero que podem progredir para o câncer. Por ser um exame preventivo, o seu principal objetivo é fazer o diagnóstico da doença antes mesmo que os sintomas apareçam.

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    Como é feito o Papanicolau?

    O exame é simples, rápido, indolor e é feito da seguinte forma: 

    • Para a coleta do material, um instrumento chamado espéculo, conhecido popularmente como “bico de pato”, por conta do seu formato, é introduzido na vagina. 
    • O/a médico/a faz então uma inspeção visual do interior da vagina, bem como do colo do útero e provoca com o auxílio de uma espátula e uma escovinha, uma escamação, tanto da superfície interna quanto externa do colo do útero. 
    • As células colhidas nesse processo são colocadas em uma lâmina para análise em laboratório de citopatologia, especializados em células e suas alterações.

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    As doenças que o Papanicolau é capaz de detectar

    O principal objetivo do Papanicolau é fazer o rastreio para identificar lesões que possam indicar o câncer de colo do útero.

    No entanto, o exame também é capaz de detectar corrimentos e ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), como o HPV, causador das lesões que podem progredir para o câncer de colo do útero.

    + LEIA TAMBÉM: Vacina HPV: tudo que você precisa saber

    A importância do Papanicolau 

    Os números de mortalidade por câncer de colo do útero ainda são muito altos, especialmente em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, como o Brasil. Logo, o diagnóstico precoce é o melhor caminho para um tratamento adequado e bem sucedido, além de reduzir as taxas de mortalidade pela doença, que chegam a 280 mil mortes por ano no Brasil.

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    Quais podem ser as consequências de não realizar o exame?

    Quanto antes detectada qualquer alteração nas células, maiores são as probabilidades de cura. Logo, a não realização do exame reduz a possibilidade de um tratamento precoce e, consequentemente, aumenta as chances de progressão da doença.

    Idade recomendada para a realização

    No Brasil, o exame é recomendado a partir dos 25 anos de idade. Porém, com o início da vida sexual cada vez mais precoce, a realização do teste pode ser antecipada após uma avaliação ginecológica.

    O teste também pode ser realizado por mulheres grávidas, sem comprometimento à sua saúde ou à do bebê.

    Periodicidade que o exame deve ser feito

    Após a primeira realização do papanicolau, ele deve ser repetido no ano seguinte e, se o exame não apresentar alterações nas células nesses dois primeiros exames, ele só precisa ser feito novamente a cada três anos.

    Em caso de alterações, o exame precisa ser repetido e a periodicidade varia de acordo com o diagnóstico.

    Se a coleta apresentar inflamação, o exame deve ser repetido sete dias depois.

    Se forem identificadas alterações celulares com baixa possibilidade de evolução para carcinoma, será preciso repetir o exame após seis meses.

    Já nos casos em que as alterações indiquem a possibilidade de câncer, a conduta é a colposcopia, exame capaz de identificar se as lesões são benignas, pré-malignas ou malignas.

    Fonte: Ana Carolina Lúcio Pereira, membro da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).

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