Quais são os sintomas da varíola do macaco?
Também chamada de monkeypox, a doença costuma causar febre, inchaço dos gânglios e lesões cutâneas
O desenvolvimento da varíola do macaco (ou monkeypox) pode ser dividido em duas etapas, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS): o período de invasão e o período da erupção de lesões cutâneas.
Neste artigo, você vai ler:
A primeira fase, de invasão, costuma durar até cinco dias e é marcada por febre, dor de cabeça, cansaço, dores musculares, dor nas costas e inchaço dos gânglios (“ínguas”) – que pode acometer a região axilar, perigenital ou do pescoço.
Esse último sintoma é mais específico da varíola do macaco, o que contribui para diferenciar a condição de outras doenças como catapora e sarampo.
A segunda fase é caracterizada por erupções na pele, que começam a aparecer de um a três dias depois do registro de febre. Essa manifestação dermatológica é um dos principais sintomas da varíola do macaco.
Em um primeiro momento, as lesões assumem o aspecto de manchas (chamadas também de máculas). Em seguida, progridem para lesões sólidas pequenas, com menos de um centímetro, conhecidas como pápulas.
Depois, evoluem para bolhas (vesículas) e bolhas com pus (pústulas). Por fim, se formam crostas que ressecam e caem da pele.
Esse processo pode ocorrer em qualquer parte do corpo, mas geralmente as lesões surgem no rosto e nas extremidades (mãos e pés). Também é comum que elas afetem a área íntima, a mucosa dos órgãos genitais e o ânus.
E é importante ressaltar que não há um único padrão para as lesões. A quantidade, por exemplo, varia conforme o paciente, podendo ser algumas poucas ou então milhares.
Inclusive, um estudo feito a partir da análise de 185 casos de varíola do macaco registrados na Espanha mostra que, em vez de pústulas, vários dos pacientes apresentaram algumas pápulas sólidas e esbranquiçadas, sem conteúdo líquido.
Quando procurar atendimento médico?
A infecção pelo vírus da varíola do macaco costuma ser leve na maioria dos pacientes. Assim, os sintomas desaparecem dentro de duas a quatro semanas.
Mas é possível que alguns casos tenham complicações como infecções secundárias, ceratite (inflamação na córnea), pneumonia, encefalite e sepse.
Por isso, o ideal é buscar atendimento médico e orientação especializada no momento em que surgirem os sintomas da doença.
Fonte: Ligia Pierrotti, coordenadora médica da Infectologia da Dasa e médica do HC-FMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
Referências: Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde.