Teste ergométrico: como funciona e para quem é indicado

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O teste ergométrico é um exame que analisa a resposta do nosso corpo durante uma situação de esforço progressivo. Ele também é chamado de teste de esforço ou eletrocardiograma (ECG) de esforço.  

Trata-se de um exame importante na avaliação da capacidade física do indivíduo e na detecção de eventuais doenças do sistema cardiovascular. 

O que é o teste ergométrico? 

O teste ergométrico serve para analisar como o corpo reage ao esforço físico, com foco sobretudo no sistema cardiovascular.  

Ele é útil para a avaliação da capacidade funcional e aeróbica, para a liberação e prescrição de atividades físicas, para o diagnóstico de doenças e para o acompanhamento de tratamentos.  

No teste ergométrico, o indivíduo faz um exercício controlado até que atinja sua capacidade física máxima. Antes, durante e depois do esforço físico, o paciente é monitorado e são avaliados fatores como:  

• Frequência cardíaca; 
• Pressão arterial; 
• Respiração; 
• Estado de consciência;  
• Sensação de dor; 
• Falta de ar; 
• Cansaço. 

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Como é feito o teste ergométrico? 

Em geral, antes do teste ergométrico, há uma avaliação em repouso. O paciente fica deitado, com eletrodos fixados no tórax (pode ser necessário raspar os pelos) para a realização do eletrocardiograma em repouso e também com um aparelho para medir a pressão arterial.  

Depois, o médico faz um exame físico geral e, em seguida, dá início ao teste de esforço em si. Com eletrodos no corpo, o paciente se exercita em uma esteira ou bicicleta ergométrica. A pressão arterial é medida a cada 2 minutos.  

O esforço é progressivo (a intensidade vai aumentando) e dura entre 8 e 15 minutos, até que o indivíduo chegue ao seu esforço máximo. Nesse ponto, o exercício é interrompido, mas o paciente segue sendo monitorado pelos eletrodos e pelo aparelho de pressão arterial enquanto se recupera.   

O período de recuperação dura no mínimo 6 minutos, podendo se estender conforme a necessidade de cada um. 

Preparação para o teste ergométrico 

Para que os resultados não sofram interferências, o paciente precisa seguir algumas recomendações. As orientações gerais de preparo para o teste ergométrico são:  

• Interromper o tabagismo durante as 3 horas que antecedem o exame; 
• Evitar o esforço físico não habitual por no mínimo 12 horas antes do teste;  
• Evitar o consumo de bebida alcoólica nas 24 horas anteriores ao exame; 
• Evitar o consumo de bebidas com cafeína (café, chá, Coca-Cola) nas 6 horas prévias ao teste ergométrico; 
• Utilizar calçado e vestimenta apropriados para a atividade física;  
• Estar bem alimentado, hidratado e descansado; 
• Ir ao banheiro para esvaziar a bexiga e o intestino antes de realizar o teste.  

Também é possível que haja instruções individualizadas vindas do médico que solicitar o exame, como a suspensão ou não de algum medicamento de rotina.  

Além disso, para realizar o teste ergométrico, o indivíduo deve estar com a disposição habitual. Ou seja, não deve estar com dor no corpo, gripe, cansaço extremo ou confirmação ou suspeita de gravidez. 

Quando é indicado fazer o teste ergométrico? 

O teste ergométrico pode ser indicado tanto para pessoas assintomáticas quanto para pessoas sintomáticas ou já diagnosticadas com alguma doença. É comum que o exame seja feito em:  

• Pessoas com dor no peito, falta de ar diante de esforços, intolerância a exercícios ou sinais clínicos de cardiopatia; 
• Pessoas assintomáticas com histórico familiar de cardiopatia ou que apresentem fatores de risco para doença cardíaca; 
• Atletas ou pessoas que desejam iniciar uma atividade física; 
• Pessoas com hipertensão arterial sistêmica; 
• Pessoas com valvopatias; 
• Pessoas com insuficiência cardíaca e cardiomiopatias; 
• Pessoas com arritmias cardíacas. 

Quando não é indicado fazer o teste ergométrico? 

Existem algumas situações em que o teste ergométrico não é recomendado ou então que exigem alguns cuidados para que o exame seja realizado com mais segurança.  

As contraindicações absolutas são válidas para indivíduos com:  

• Embolia pulmonar; 
• Enfermidade aguda, febril ou grave;  
• Limitação física ou psicológica; 
• Intoxicação medicamentosa; 
• Distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos não corrigidos. 

Há ainda casos de contraindicações relativas, nas quais pondera-se os riscos e os benefícios do teste ergométrico e a necessidade de realizar o exame em ambiente hospitalar. Por isso, é sempre importante conversar com um médico especialista e informar seu histórico. 

Quais doenças o teste ergométrico detecta? 

Algumas condições do sistema cardiovascular não se manifestam quando o paciente está em repouso. Daí a importância do teste ergométrico: com a prática de esforço, o trabalho cardíaco aumenta bastante e, assim, podem surgir anomalias a serem melhor investigadas.  

Esse exame pode, inclusive, detectar problemas cardiovasculares ainda em fases iniciais, o que propicia um diagnóstico precoce com maiores chances de sucesso no tratamento.  

As principais doenças que o teste ergométrico ajuda a detectar são:  

• Doença arterial coronariana; 
• Isquemia miocárdica; 
• Arritmias cardíacas; 
• Distúrbios hemodinâmicos.  

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Fonte: Dr. Luiz Augusto Riani Costa, médico ergometrista do laboratório Alta Excelência Diagnóstica