Veja as diferenças entre testes para Covid-19
Conheça os exames existentes atualmente no mercado e suas indicações de utilização
“Testar, testar, testar”. Desde o início da pandemia do novo coronavírus, essa é a mensagem que a OMS (Organização Mundial da Saúde) vem reforçando como a principal estratégia para controlar a transmissão da Covid-19.
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Isso porque é justamente o rastreamento de novos casos que permite que os sistemas de vigilância possam criar planos de contingência para conter o aumento de casos e ainda detectar o surgimento de novas variantes e subvariantes tão logo elas apareçam no radar dos laboratórios.
“A testagem é um dos pilares mais importantes no contexto da pandemia tanto para diagnosticar pessoas como para monitorar a presença das variantes dos vírus”, diz Gustavo Campana, diretor médico da Dasa.
Quais os tipos de testes disponíveis atualmente?
O chamado “padrão-ouro” de teste, ou seja, com maior índice de acerto, é o exame RT-PCR, que vem sendo usado desde o início da pandemia. Mas existem outros exames que também podem ser realizados para a detecção do vírus. Saiba mais sobre todos eles:
Covid-19: dúvidas mais comuns sobre testagem
Testar ainda é importante para controlar a pandemia?
Sim. Tanto os testes tipo RT-PCR como os de busca por antígenos são fundamentais para oferecer dados que irão ser usados na hora de montar estratégias para combater a transmissão.
No caso do exame RT-PCR, ele ainda é importante pois ajuda a detectar o possível surgimento de novas variantes. Vale lembrar que uma nova variante que escape à proteção oferecida pelas vacinas pode aumentar o número de internações e mortes novamente, o que requer ação rápida de contenção por parte das autoridades de saúde pública.
É possível ter falso-positivo nos testes?
Sim, mas é raro. No caso do RT-PCR, por exemplo, pode ter relação com a contaminação da amostra ou no processo de análise do laboratório.
Há também outra possibilidade: se a pessoa curou-se da doença há poucos dias, é possível que proteínas do vírus (já morto) ainda estejam no organismo. Nesse caso, o RT-PCR, por ser um exame de alta sensibilidade, vai acusar a presença dessas proteínas, dando um falso-positivo.
Já a pesquisa de antígeno pode acusar um falso positivo se forem detectados antígenos inespecíficos, semelhantes aos do Sars-CoV-2.
Por fim, no caso do autoteste, o falso positivo pode aparecer se o uso e manuseio do material for feito de forma incorreta.
Quando há o risco de falso-negativo?
Principalmente quando o exame é feito fora do período recomendado. Isso porque os exames são feitos para detectar a presença do vírus; mas a contagem viral precisa estar acima de um determinado nível para que o exame possa capturar esses indícios.
Vale lembrar que a carga viral é maior entre três a cinco dias de contaminação, quando a chance de falsos resultados negativos cai consideravelmente.
Estou sem sintomas, mas tive contato com alguém contaminado. Preciso fazer o teste?
Sim. O ideal é fazer a partir do quinto dia de contato com a pessoa para evitar o risco de um falso negativo. Neste caso, o melhor é realizar o RT-PCR por ele ser mais sensível, reduzindo as chances de um falso-negativo.
Importante dizer que, mesmo assintomática, a pessoa ainda pode transmitir o vírus; por isso, a testagem é fundamental para quebrar a cadeia de transmissão.
Estou sem sintomas e não tive contato com ninguém contaminado. Preciso fazer o teste?
Depende. Alguns países e companhias aéreas ainda estão exigindo o resultado do exame feito em até 48 horas antes do embarque para autorizar a viagem. Há espaços de trabalho e companhias que também estão exigindo a realização do exame para seguir com a volta aos escritórios. Vale checar caso a caso e realizar o exame caso seja necessário.