Quando as vacinas para novas variantes de Covid-19 chegarão ao Brasil?
Vacina bivalente combate o vírus original e também suas as variantes mais recentes
Recentemente, as primeiras vacinas bivalentes, que protegem contra a cepa original de Covid-19 e as variantes mais recentes, começaram a ser distribuídas em alguns países. EUA, Canadá, Reino Unido e União Europeia já aprovaram o uso de vacinas atualizadas contra as variantes mais recentes do coronavírus.
Neste artigo, você vai ler:
Mas há alguma previsão de quando essas vacinas estarão disponíveis no Brasil? Até o momento, não há uma data oficial de quando elas chegarão ao país e entrarão na campanha de imunização.
A Pfizer, farmacêutica responsável por desenvolver uma das versões mais atualizadas da vacina, chegou a solicitar um pedido de autorização emergencial para a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) no dia de 30 de setembro. Porém, a solicitação se encontra em análise e não há previsão de quando será aprovada e distribuída para a população.
No dia 13 de outubro, a Pfizer e BioNTech anunciaram que o reforço da vacina bivalente contra Covid-19 provocou uma forte resposta imune e foi bem tolerada nos testes em humanos. A imunização aumentou consideravelmente os níveis de anticorpos neutralizantes contra as variantes em adultos após uma semana.
Entenda a vacina bivalente
O coronavírus se espalhou pelo mundo, sofreu mutações e ganhou novas versões, que ficaram conhecidas como variantes. Muitas delas se tornaram mais transmissíveis, ficando mais agressivas e até conseguindo “driblar” o sistema imunológico com mais facilidade.
Nesse processo, surgiram as variantes alfa, beta, gama, delta e, mais recentemente, a ômicron. E as vacinas iniciais foram desenvolvidas para combater a cepa original. Em linhas gerais, é como se o vírus tivesse evoluído e a imunização ficado estagnada. Portanto, foi preciso desenvolver vacinas mais atualizadas, que tenham como alvo as novas variantes. Mas vale destacar que as vacinas disponíveis, e que já imunizaram grande parte da população mundial, combatem a versão mais agressiva da doença.
As vacinas bivalentes apresentam uma formulação modificada para que esteja mais próxima da variante do momento. Com isso, o sistema imunológico fica mais preparado para combater o vírus e suas mutações.
Além da Pfizer, a Moderna, que ainda não chegou ao país, também realizou uma modificação nas vacinas contra a Covid-19. Elas são baseadas na tecnologia do mRNA — quando o imunizante carrega uma fita de material genético capaz de instruir as próprias células do corpo a fabricar a proteína S, encontrada na superfície do coronavírus.
Tanto a vacina da Pfizer quanto da Moderna trazem instruções genéticas relativas ao vírus original e também das variantes mais recentes, como a ômicron.
Fonte: Alberto Chebabo, infectologista da Dasa e presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia.