Tudo sobre asma: sintomas, causas e tratamento
A asma pode ser definida como uma doença que afeta as vias aéreas ou brônquios, provocando uma inflamação e sintomas como falta de ar e chiado

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Você sabia que no início do inverno também se celebra o Dia Nacional do Controle da Asma? O dia 21 de junho reforça a importância de a população ter consciência sobre os cuidados necessários para controlar a doença.
Segundo dados da SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia) cerca de 20 milhões de brasileiros têm asma. Já no mundo, 235 milhões de indivíduos sofrem com o problema.
Por conta disso, é provável que você conheça alguém com asma ou tenha a doença. De acordo com Soraya Abou El Hosn Cordero, pneumologista do Hospital Santa Paula, a asma ocorre devido à uma inflamação crônica das vias aéreas.
“Um estudo da OMS (Organização Mundial de Saúde) realizado entre adultos de 18 a 45 anos indicou que 23% dos brasileiros tiveram sintomas de asma no último ano. No entanto, apenas 12% tinham diagnóstico prévio da doença”, afirma a especialista.
A seguir, você confere as respostas às principais dúvidas sobre a asma, sintomas, tratamento, diagnóstico e complicações.
O que é asma e quais sintomas?
A asma pode ser definida como uma doença que afeta as vias aéreas ou brônquios (tubos que levam o ar para dentro dos pulmões), provocando uma inflamação crônica. Por isso, a pessoa com asma apresenta sintomas como falta de ar ou dificuldade para respirar.
Também surge a sensação de aperto no peito e chiados, além de tosse. Estes desconfortos podem variar de intensidade durante o dia e ao realizar exercícios físicos.
Quais as causas?
A causa exata da asma ainda não é conhecida, mas acredita-se que ocorra por conta de diversos fatores como: questões genéticas (histórico familiar de alergias respiratórias – asma ou rinite) e ambientais.
“As causas variam de acordo com o perfil da asma. Existe asma que ocorre por uma inflamação desencadeada por algum alérgeno como pó, pólen, fungos, ácaros, alimentos ou medicações. Há também a asma que está relacionada a inflamação promovida por substâncias secretadas pelo tecido adiposo (que armazena gordura), comuns em pessoas com obesidade”, explica Rebecca Stival, pneumologista e professora da Escola de Medicina e Ciências da Vida da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná).
Quais os gatilhos?
Os gatilhos são fatores que pioram os sintomas da asma quando a pessoa é exposta a esses itens. Os principais são: ácaros, fungos, pólen, pelos de animal de estimação, infecções virais, poluição, exposição ao frio, fumaça de cigarro, entre outros.
Como é feito o diagnóstico da asma?
O diagnóstico é baseado na história clínica, familiar, exame físico e complementares. Na consulta, o médico avalia se há a presença de sintomas como falta de ar e chiados no peito, além de secreções ou dificuldade para realizar as atividades do dia a dia. Em seguida, podem ser solicitados uma prova de função respiratória (ou espirometria).
Como deve ser o tratamento?
O tratamento da asma tem por objetivo atingir e manter o controle da doença, além de prevenir riscos futuros como exacerbações, perda acelerada da função pulmonar e efeitos adversos do tratamento. Mas vale destacar que o tratamento varia de pessoa para pessoa.
“É necessária uma abordagem ampla, incluindo, além do tratamento medicamentoso, a educação da pessoa e o treinamento para o uso do dispositivo inalatório. São indicados o uso de corticoide inalatório, associado a um broncodilatador de curta ou de longa duração, a depender dos sintomas e controle da doença”, destaca Cordero.

Asma tem cura?
Não, mas a doença tem controle. Embora não exista cura, há diversos tratamentos disponíveis que ajudam a pessoa a ter menos sintomas, controlando a asma. Por isso, a maioria tem uma boa qualidade de vida e leva uma vida normal.
Por que os sintomas pioram no inverno?
As baixas temperaturas do inverno pioram os sintomas ao servirem de estímulo para a contração da musculatura das vias aéreas, o que dificulta a passagem do ar. Além disso, os ambientes fechados contribuem para a proliferação de ácaros, que pioram a irritação; e a baixa umidade do ar resseca ainda mais as vias respiratórias, aumentando o risco de inflamação.
Quais são as complicações?
A principal complicação da asma é a exacerbação ou crise asmática. Geralmente, a piora do quadro acontece quando a pessoa não tem a doença adequadamente tratada.
“Isso pode causar um quadro de insuficiência respiratória aguda, por vezes, com necessidade de intubação e internação em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), inclusive com a possibilidade de óbito”, complementa Stival.
O que são as bombinhas? Podem viciar?
As medicações inalatórias, conhecidas popularmente como “bombinhas”, são frequentemente usadas no tratamento da asma. Trata-se de dispositivos que armazenam diferentes tipos de remédios, como broncodilatadores e corticoides inalatórios.
Em muitos casos, as “bombinhas” são fundamentais para o controle da asma. Elas não viciam e nem causam dependência.
É possível prevenir as crises?
Sim. Algumas atitudes do dia a dia são recomendadas para a prevenção das crises. Entre elas, podemos citar: