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    Astigmatismo: o que é, sintomas e tratamentos

    Problema de visão resulta de alteração na estrutura ocular e não costuma ser notado pelos pacientes

    Por Tiemi OsatoPublicado em 09/12/2022, às 16:42 - Atualizado em 09/12/2022, às 16:57
    Imagem: Shutterstock

    Você sabe como o ser humano faz para enxergar? O processo é um tanto complicado, mas, em termos gerais, podemos dizer que a luz atravessa duas estruturas do olho: primeiro, a córnea e, depois, o cristalino. Ambas trabalham juntas para direcionar os raios luminosos corretamente para a retina.

    Quando a luz atinge a retina, um tecido localizado no fundo do olho, algumas células transformam os raios luminosos em sinais elétricos. Esses sinais elétricos são enviados para o cérebro por meio do nervo óptico e, então, o cérebro traduz os sinais para as imagens que vemos.

    Em resumo: para enxergarmos bem, a imagem precisa ser focalizada na retina e em um ponto único desse tecido. Se a imagem acaba sendo focalizada em pontos diferentes que estejam antes ou depois da retina, os oftalmologistas dizem que o paciente tem astigmatismo.

    Na prática, isso faz com que o indivíduo enxergue com mais clareza objetos que estão em determinada orientação espacial. Em alguns casos, as imagens mais nítidas são as das coisas horizontais. Em outros casos, as das verticais.

    No entanto, esse problema de visão não costuma ser percebido pelo próprio paciente – diferente do que ocorre na miopia (dificuldade para enxergar de longe) ou na hipermetropia (dificuldade para enxergar de perto), que são facilmente identificadas.

    Causas do astigmatismo

    O astigmatismo é resultado de alguma alteração na estrutura do olho. Na maioria das vezes, o problema está no fato de a córnea ter diferentes curvaturas em cada ponto.

    Mas essa não é uma regra para todos os pacientes com astigmatismo. Outras alterações que levam a esse quadro acometem estruturas como o cristalino, a retina e o globo ocular (que pode ter um tamanho ou formato distinto do ideal).

    O astigmatismo pode surgir em qualquer momento da vida, porém isso ocorre com mais frequência durante a adolescência e a juventude. E há um componente genético: é mais provável que um indivíduo desenvolva astigmatismo caso um dos seus pais apresente a condição.

    Além disso, traumas oculares constantes (como o ato de coçar os olhos), cirurgias oculares, cicatrizes de córnea e lesões da pálpebra podem contribuir para o aparecimento ou agravamento do astigmatismo.

    Sintomas do astigmatismo

    Geralmente, pacientes com astigmatismo tem uma visão borrada, enxergam luzes “estouradas” e tendem a espremer os olhos para tentar ver os objetos com mais nitidez. Isso pode causar cansaço, dificuldade para dirigir à noite e dificuldade para ler.

    Tratamentos para astigmatismo

    Após diagnóstico feito por um oftalmologista, o paciente recebe uma receita de óculos ou de lentes de contato para corrigir o astigmatismo.

    Outra opção é a cirurgia refrativa a laser. Esse procedimento, que pode corrigir até 5 graus de astigmatismo, atua modificando a curvatura da córnea.

    A recomendação da cirurgia depende de uma série de variáveis, como a estabilização do grau, a espessura e o formato da córnea e a idade do indivíduo.

    Fontes: Tiago Rodrigues Batista, oftalmologista do Hospital Nove de Julho; Wallace Chamon Alves de Siqueira, professor do Departamento de Oftalmologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

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