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Primeiros sintomas de HPV feminino: como identificá-los?

Primeiros sinais podem surgir semanas ou meses depois da infecção

Por Raquel RibeiroPublicado em 21/06/2024, às 12:10 - Atualizado em 21/06/2024, às 15:04

primeiros sintomas de hpv

A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que entre 9 e 10 milhões de pessoas no Brasil estejam infectadas pelo Papilomavírus Humano (HPV). Diante disso, é importantíssimo que as mulheres estejam atentas aos primeiros sintomas HPV feminino e realizem acompanhamento regular com um ginecologista.

Monitorar qualquer lesão é essencial para prevenir complicações futuras. Vale ainda lembrar que algumas infecções podem ser assintomáticas, portanto, não aparecerão lesões. 

Acompanhe o texto para saber mais sobre medidas que podem contribuir com a prevenção da doença. 

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HPV na mulher: quais são os riscos? 

Os principais riscos do HPV na mulher envolvem o surgimento de lesões pré-cancerosas, que podem progredir para alguns tipos de câncer se não forem tratadas, como: 

  • Câncer no ânus; 
  • Câncer de pênis; 
  • Câncer de vulva; 
  • Câncer de vagina; 
  • Câncer de garganta. 

Como ocorre a transmissão do HPV feminino? 

A transmissão do HPV, tanto de alto quanto de baixo risco, ocorre principalmente por meio do contato direto da pele com mucosas infectadas, principalmente por via sexual. Além disso, há a possibilidade de transmissão vertical, quando mães infectadas com HPV podem passar o vírus para seus bebês durante o parto.  

Quais são os primeiros sintomas de HPV feminino? 

O HPV (Papilomavírus Humano) pode se manifestar de diferentes formas nas mulheres, e muitas vezes a infecção inicial não apresenta sintomas visíveis, o que pode dificultar a detecção precoce. No entanto, alguns sinais e sintomas que podem surgir incluem: 

  • Verrugas genitais: lesões pequenas, carnosas ou acinzentadas que surgem na área genital ou anal. Podem ser isoladas ou aparecer em grupos e, em alguns casos, se assemelhar à aparência de uma couve-flor. 
  • Alterações celulares no colo do útero: embora essas alterações não causem sintomas imediatamente visíveis, testes de rastreamento como o Papanicolau (ou citologia cervical) podem detectar alterações pré-cancerígenas causadas por tipos de HPV de alto risco. 
  • Coceira ou desconforto: algumas mulheres podem sentir coceira, irritação ou desconforto na área genital, embora esses sintomas sejam menos comuns. 
  • Sangramento anormal: em casos raros, pode ocorrer sangramento após a relação sexual, que pode estar ligado a lesões no colo do útero provocadas pelo HPV. 
  • Dor durante o sexo: podem ocorrer dores ou desconfortos durante o ato sexual, causados pelas verrugas genitais ou outras alterações resultantes da infecção pelo HPV.

Como é feito o diagnóstico? 

O diagnóstico do HPV pode ser realizado por meio de exames, mesmo na ausência de sintomas. Um dos principais testes para detectar o HPV em mulheres é a pesquisa de HPV, que envolve a coleta de material do colo do útero para identificar a presença do DNA do vírus, utilizando o teste de PCR ou o teste de captura híbrida. 

Além disso, o exame de citologia oncótica do colo do útero, comumente chamado de preventivo ou Papanicolau, coleta uma amostra das células cervicais para análise laboratorial. Esse exame é capaz de detectar alterações celulares causadas pelo vírus, mesmo quando não há lesões genitais visíveis.  

Qual é o tratamento para HPV feminino? 

É importante ressaltar que atualmente ainda não temos um tratamento efetivo para a eliminação do vírus HPV. O tratamento visa abordar as lesões causadas pelo vírus, que podem ser benignas, pré-malignas ou malignas.

A escolha do tratamento depende do tipo de lesão, da localização da infecção e da gravidade dos sintomas e podem incluir: 

  • Acompanhamento: algumas lesões podem ser apenas monitoradas, pois possuem potencial de resolução espontânea, sem a necessidade de tratamento específico. 
  • Medicamentos tópicos: cremes ou soluções podem ser usados para tratar verrugas genitais. 
  • Tratamento a laser: utilizado tanto para verrugas genitais (condilomas) quanto para neoplasias intraepiteliais. 
  • Cirurgia: procedimentos cirúrgicos para remoção das lesões, dependendo da gravidade e localização. 

É fundamental que qualquer tratamento seja realizado sob orientação médica, com acompanhamento regular para monitorar a sua eficácia e prevenir possíveis complicações.  

Como prevenir? 

A vacinação e uso de preservativos durante as relações sexuais são as melhores formas de prevenção contra o HPV. A vacina é recomendada nas crianças a partir dos 9 anos de idade, mas adultos também podem se vacinar. 

De acordo com o calendário do Ministério da Saúde, a vacina HPV tetravalente, que confere proteção contra 4 tipos de vírus HPV: 6, 11,16 e 18, está disponível na rede pública para: 

  • Meninas e meninos de 9 a 14 anos. 
  • Homens e mulheres que convivem com HIV/AIDS, submetidos a transplantes de órgãos sólidos/medula óssea e pacientes oncológicos de 9 a 45 anos. 

Além disso, a vacina pode ser indicada por um médico em qualquer fase da vida, levando em consideração a situação individual de cada paciente.

Na rede privada também está disponível vacina HPV nonavalente, que contempla mais sorotipos de HPV, podendo ser aplicada em pessoas de 9 a 45 anos.

Manter-se informado e seguir as recomendações de vacinação é muito importante para a prevenção do HPV e suas possíveis complicações. 

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Fonte: Dra. Luisa Marcella Martins, ginecologista do Hospital Nove de Julho 

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