Os benefícios e os malefícios do café
Quando consumido com moderação, o café pode ajudar na proteção das células
Seja em casa, no trabalho ou em restaurantes, o café está mais do que presente na vida dos brasileiros. Essa é, inclusive, a segunda bebida mais consumida por aqui, ficando atrás somente da água, de acordo com uma pesquisa feita em 2021 e divulgada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic).
Neste artigo, você vai ler:
Vale a pena, então, entendermos direitinho os efeitos dessa bebida no nosso organismo.
Café faz bem?
Um dos efeitos mais bem-vindos do café é a liberação de estimulantes naturais como a dopamina e a adrenalina, hormônios que nos deixam mais motivados e dispostos.
Esse aumento da disposição (tanto física como mental) costuma ser observado duas horas após a ingestão de cafeína, que é capaz de estimular nosso sistema nervoso central.
Outro benefício importante está relacionado às substâncias antioxidantes do café, que conseguem auxiliar na proteção das células e reduzir o risco de inflamações. Dentro desse grupo estão os ácidos clorogênicos, responsáveis, em grande medida, pela propriedade antioxidante e também com potenciais ações antibacteriana, antiviral e anti-hipertensiva.
A bebida contém ainda minerais, vitaminas e flavonoides — compostos úteis para a circulação sanguínea.
Mas sabe aquela história de que cada um é cada um? Então, também se aplica aqui. Os efeitos do café não necessariamente são iguais em todas as pessoas. Eles variam conforme a idade, o peso e o metabolismo.
Além disso, é importante destacar que os benefícios da bebida estão associados a doses moderadas.
Café pode fazer mal?
O excesso de café, por sua vez, pode ser perigoso especialmente por conta da cafeína. No geral, considera-se prejudicial consumir mais de 400 mg dessa substância por dia — lembrando que cada cápsula tem, em média, 72 mg de cafeína.
Ultrapassar esse limite pode causar taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos), alteração no ciclo de sono e irritação na mucosa gástrica e no intestino.
No âmbito psicológico, pode provocar crises de ansiedade e gerar nervosismo.
E, em casos raros, existe a possibilidade de overdose de cafeína, atrelada a aceleração cardíaca, tonturas, descontrole muscular e dificuldade para respirar.
Fontes: Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e endocrinologista e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN); Livia Hasegawa, nutricionista funcional; Vanderli Marchiori, nutricionista integrante da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN).