Caroço na axila: como identificar e tratar
Muitas vezes associado a nódulos cancerígenos, o caroço na axila, em geral, está ligado a alterações benignas.
O aparecimento de um caroço na axila costuma ser um sinal de alerta. Isso porque existe a possibilidade de ser um nódulo cancerígeno, ou seja, ligado a um câncer de mama.
Mas, na maioria dos casos, trata-se de uma alteração benigna, associada a condições como mastalgia, termo utilizado para descrever dor mamária ocasionada por inúmeras causas, por exemplo. Infecções superficiais de pele também podem gerar o surgimento de caroço na axila.
Neste artigo, você vai ler:
O fato é que, quando identificado, o caroço não deve ser ignorado. É importante procurar um médico para descrever seus sintomas, passar por um exame físico e ter o correto diagnóstico.
Acompanhe mais detalhes sobre o assunto.
O que é caroço (nódulo) na axila?
São lesões nodulares na axila que, em sua grande maioria, são alterações benignas. Geralmente, apenas uma pequena parte representa um sinal de câncer de mama.
Quais os sintomas do caroço na axila?
Quando benigno, os sintomas mais frequentes do caroço na axila são:
- Alterações de pele: os nódulos podem ter poucos centímetros, são redondos e macios ao toque e podem surgir em qualquer região do corpo. Podem ser sensíveis ou doloridos como cistos ou tumores;
- Dor local: quando há crescimento de tecido mamário na axila, sendo essa dor relacionada ou não, ao ciclo menstrual.
Agora, caso seja maligno, o nódulo pode apresentar sinais e sintomas como:
- Vermelhidão;
- Inchaço;
- Secreções dos mamilos de forma espontânea;
- Assimetria nos seios;
- Além disso, ao contrário do benigno, o nódulo apresenta uma consistência mais dura e são mais profundos.
Vale ressaltar que nenhuma alteração é definitiva, devendo o indivíduo ser avaliado devidamente pelo médico.
O que pode causar caroço na axila?
O caroço pode surgir por diversos fatores. Entre eles estão:
- Inflamações: como a hidradenite supurativa da axila e a foliculite.
A hidradenite é causada pela inflamação na glândula que produz o suor na axila. Isso pode acontecer por conta do acúmulo de suor e bactérias na região, causando a obstrução das glândulas e, consequentemente, impedindo a passagem do suor para o lado de fora da pele, ocasionando assim os caroços.
Já a foliculite surge quando a estrutura da pele onde fica a raiz dos pelos (folículo piloso) inflama. Assim, o pelo não consegue crescer e surgem os caroços ou famosos pelos encravados.
Outras condições podem ocasionar o surgimento do caroço na axila:
- Infecções: como furúnculos, abscessos, celulite ou herpes.
- Cistos sebáceos: crescimento benigno causado por uma obstrução na glândula sebácea, o que faz com que o sebo se acumule sob a pele;
- Câncer de mama: visto que os linfonodos da axila drenam o tecido da mama.
Saiba mais sobre o diagnóstico e tratamento de furúnculos.
Qual a relação do caroço na axila e câncer de mama?
O caroço na axila pode ser um sinal de câncer de mama quando se trata de um nódulo profundo e endurecido.
Normalmente, ele representa os linfonodos (ínguas) já comprometidos pelo câncer. Nesses casos, é necessário realizar uma biópsia destas lesões para se ter um diagnóstico definitivo.
Como é feito o diagnóstico do caroço na axila?
O diagnóstico pode ser feito de duas formas. Por meio do exame físico ou de uma ultrassonografia da região, sendo esse o melhor método de imagem para tal enfermidade. Alguns deles são:
- Ultrassonografia da mama: analisa lesões na mama principalmente direcionadas a achados da mamografia, por meio de ondas sonoras de alta frequência.
- Ultrassonografia da região axilar: pode ser solicitada de modo complementar à ultrassonografia da mama para avaliar a presença de lesões nodulares
Eventualmente outros exames podem ser solicitados na investigação dessa condição.
O que fazer quando aparecer um caroço na axila?
Ao suspeitar de qualquer alteração na região axilar, procure um médico de sua confiança para a realização dos exames e procedimentos necessários para o diagnóstico.
No caso das mulheres, o mastologista pode ser uma opção pela possibilidade das lesões de mama.
Fonte: Sergio Calmon, mastologista do Hospital da Bahia.