Como cuidar da saúde mental? Veja 8 dicas
Atividades como ler e meditar estão na lista
Neste artigo, você vai ler:
Muito se fala em saúde mental, mas afinal, o que é e por que ela é tão fundamental para nossa vida? Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e contribuir com a sua comunidade.
Nas palavras de especialistas, a verdade é que não há uma forma de separar os seres humanos em áreas como físico e psicológico. Portanto, nosso funcionamento é resultado da interação com o meio e tudo aquilo que nos afeta.
Logo, cuidar da saúde mental, além de fundamental no processo autoconhecimento, reflete diretamente nos nossos relacionamentos, interações sociais do dia a dia e no nosso bem-estar como um todo. Por isso, traçar estratégias que preservem a nossa saúde mental e nos ajudem a lidar com as questões que podem afetá-la é o melhor caminho.
A seguir, você confere 8 dicas para manter a saúde mental em dia. Acompanhe!
1) Ler
Saia do celular e vá ler um livro! Os benefícios que ele traz são incontáveis, mas para se ter uma ideia, um estudo realizado por cientistas da Universidade Emory, nos Estados Unidos, revelou que o hábito de leitura pode ser uma forma de proteger nossa mente contra o surgimento de doenças como Alzheimer e outras demências.
Além disso, o hábito de ler promove a melhora de funções cognitivas, responsáveis pelo processo de armazenamento da informação em nosso cérebro, como a inteligência, memória, consciência e atenção.
2) Meditar
Pode parecer difícil no começo, mas vale a tentativa. Afinal, com a meditação é possível acalmar a mente e ter um estado de relaxamento que promovem diversos benefícios para a saúde.
Para o cérebro, por exemplo, os resultados da prática foram relatados em um estudo publicado na revista Psychiatry Research:Neuroimaging, onde pessoas que incluíram a meditação na sua rotina tiveram progressos como: melhora nos sintomas de depressão, insônia, facilidade para lidar com a ansiedade, e redução na pressão sanguínea.
Além disso, é capaz de proporcionar consciência sobre as emoções, reduzir o estresse, aumentar o foco e desenvolver a empatia.
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3) Comunicar-se de maneira assertiva
Alguns indivíduos entendem que ter determinadas conversas pode ser uma experiência negativa diante de agressividade e/ou brigas. Mas a verdade é que o que causa esse desconforto é a falha ou a falta de comunicação, podendo favorecer assim os sintomas de ansiedade e desequilíbrios emocionais.
É por isso que é necessário se comunicar e expor emoções das mais variadas formas, seja em sessões de terapia, que ocorrem entre um paciente e um psicólogo com a intenção de diminuir sofrimentos, ou na musicoterapia, técnica que mistura arte e saúde em prol de acionar o campo do cérebro associado às emoções.
4) Pratique a substituição
Isto é, não abandonar uma tarefa quando seu cérebro insiste em criar resistência no processo de adaptação diante de um novo comportamento. Para isso, prefira a substituição. Mas de que forma? Por exemplo, se você é produtivo trabalhando apenas no período da manhã, reserve esse horário para atividades mais complexas. Dessa forma, você ganha agilidade sem acumular tarefas, adaptando-se com a sua realidade.
5) Estabeleça prazos realistas
Se martirizar por conta de prazos que os outros ou você mesmo se impõe é o oposto de autocuidado. Além disso, tal comportamento pode fazer com que você desista no meio do caminho daquilo que precisa ser feito.
Por isso, a sugestão é que você tente fazer uma reprogramação de seus prazos e/ou objetivos. Em outras palavras, defina-os em curto, médio e longo prazo e considere o grau de dificuldade, além do quanto tempo terá de se dedicar para realizar cada um. Após uma certa constância você pode conseguir ter prazos realistas.
6) Fuja de padrões negativos
Ao invés disso, use a técnica do “mas”. Sendo assim, toda vez que pensar negativo, corrija usando “mas”. Por exemplo, “Não gosto de comer legumes, mas eles fazem bem a saúde”.
Assim, você poderá conseguir driblar a situação e realizar determinada atividade da qual estava impondo barreiras mentais.
7) Adote o desapego
Isto significa não comprar por impulso ou porque sentiu aquele vazio. Quando sentir que adotou essa atitude para se preencher momentaneamente, é hora de buscar o autoconhecimento. Ou seja, olhar para dentro, descobrir suas necessidades e o que é realmente importante na sua vida.
A sugestão é que você faça uma lista sobre como estão vários aspectos da sua vida como saúde, relacionamento, estudos, entre outros, identificando o que há de errado e tentando mudar ou resolver o problema.
8) Aceite as mudanças
Esqueça aquela ideia de que mudança é algo ruim. É natural que, quando o imprevisto acontece ou a vida se transforma, você se sinta fora da zona de conforto. Mas é aí que mora o segredo! A dica é aceitar a mudança, se reinventar e partir para o plano B.
Fonte: Monica Machado, psicóloga pela USP, fundadora da Clínica Ame.C, pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein.