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Como prevenir o estresse no dia a dia?

Sobrecarga emocional provoca descompensações que podem afetar a saúde global do indivíduo

Por Danielle SanchesPublicado em 23/09/2022, às 10:37 - Atualizado em 26/07/2023, às 16:35
Imagem: Shutterstock

Boletos vencendo, pressão no ambiente de trabalho, irritação ou falta de energia nos relacionamentos pessoais e até para fazer o que se gosta nas horas livres. 

Neste artigo, você vai ler:

O que para muitos é o chamado “starter-pack” da vida adulta, na verdade, pode ser um quadro cada vez mais comum nos dias de hoje: o estresse crônico, aquele estado de alerta constante que não nos deixa relaxar. 

O problema é tão sério que existe até uma data, o Dia Mundial de Combate ao Estresse (celebrado em 23 de setembro), para conscientizar as pessoas da importância em lidar com o problema.

Causas do estresse

O estresse é uma reação natural do corpo diante de algo que reconhecemos como um perigo ou uma ameaça. E isso varia de pessoa para pessoa: enquanto todos nós iremos fugir de onça, por exemplo, nem todo mundo irá se irritar com barulhos altos, por exemplo. 

Aliás, a fuga é uma reação para a qual o estresse prepara o corpo. Quando esse “modo” é ativado, nosso corpo é inundado por diversas substâncias, como o cortisol e a adrenalina, que nos deixam prontos para fugir ou então enfrentar a ameaça. 

Essas substâncias foram feitas para circular por pouco tempo no corpo, apenas o necessário para nos manter a salvo. Quando o estado de estresse se torna crônico, no entanto, elas permanecem ali por mais tempo – e isso causa vários problemas de saúde. Alguns deles: 

  • Problemas gastrointestinais (diarreia, gastrite);
  • Perda ou aumento de apetite;
  • Tensão e dores musculares;
  • Queda de cabelo;
  • Dores de cabeça constantes;
  • Alergias de pele;
  • Queda na imunidade e aumento na frequência de infecções virais;
  • Fadiga;
  • Esgotamento físico e mental.

O estresse em si não é uma doença. No entanto, se ele se tornar crônico, pode evoluir para problemas mais sérios, como transtorno de ansiedade generalizada, síndrome do pânico e depressão.

+ Saiba mais: Por que estamos tão cansados? 

Como aliviar o estresse?

Ninguém escolhe quando os problemas vão aparecer e ainda mais como vamos reagir. Isso porque algumas pessoas são mais resilientes que outras e encaram as adversidades de forma mais pragmática, reduzindo a tensão. 

Outras, no entanto, são mais sensíveis e acabam se deixando contaminar pelo estresse com mais facilidade. Para elas, encontrar um ponto de equilíbrio para manejar esse sentimento é fundamental para ter mais qualidade de vida e ser mais feliz. 

E, caso essa seja uma tarefa muito difícil para ser feita sozinho, procure ajuda. Médicos e psicólogos estão aptos a diagnosticar quando o estresse é algo mais e também podem oferecer ferramentas emocionais para lidar com esse sentimento de forma mais assertiva. 

Em todo caso, todo mundo pode se beneficiar de algumas dicas que ajudam a prevenir ou ao menos reduzir o estresse no dia a dia. Confira: 

  • Mantenha uma boa higiene do sono e procure dormir oito horas por noite;
  • Evite o excesso de uso das redes sociais, especialmente antes de dormir e logo ao acordar;
  • Aprenda a meditar – existem várias modalidades e a prática ajuda na respiração e no descanso da mente;
  • Entre em contato com a natureza, seja indo a parques ou visitando alguma praia;
  • Faça um diário e busque encontrar gatilhos para seu estresse. Algumas pessoas ficam nervosas ao ler o noticiário, por exemplo. 
  • Mantenha uma alimentação saudável e equilibrada, livre de ultraprocessados e industrializados e rica em alimentos naturais;
  • Pratique atividade física de forma regular;
  • Conte com uma rede de apoio – amigos, família e até médicos – para os momentos em que precise se desconectar, desabafar ou buscar apoio especializado. 

Fontes: Rodrigo Martins Leite, coordenador da Telemedicina e Relações Institucionais e dos Ambulatórios do IPq (Instituto de Psiquiatria) do HCFMUSP (Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo); OMS (Organização Mundial da Saúde); NIH (National Institute of Mental Health)

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