Alzheimer: o que é, sintomas e tratamentos
A doença de Alzheimer é o tipo de demência mais prevalente no mundo

A doença de Alzheimer é o tipo de demência mais prevalente no mundo
A cada três segundos alguém no mundo desenvolve demência, condição marcada por déficit cognitivo, além de problemas comportamentais e emocionais. O quadro, classificado em diferentes tipos, culmina na perda de autonomia do paciente e a causa mais comum é a Doença de Alzheimer, que corresponde a até 80% dos casos, de acordo com o Relatório Mundial de Alzheimer 2021. Saiba mais sobre essa condição.
Neste artigo, você vai ler:
O que é a Doença de Alzheimer?
A doença de Alzheimer é uma condição neurológica progressiva e degenerativa que afeta o cérebro, causando perda de memória, dificuldades de pensamento, linguagem e alterações de comportamento. É o tipo mais comum de demência, especialmente em pessoas com mais de 65 anos.
Ela é causada pelo acúmulo anormal de proteínas (como a beta-amiloide e a tau) no cérebro. Isso leva à morte de neurônios e à atrofia de áreas cerebrais importantes para funções cognitivas. O processo é lento, mas contínuo, e os sintomas tendem a se agravar ao longo dos anos.
É possível prevenir a Doença de Alzheimer?
Embora atualmente não exista uma forma garantida de prevenir a Doença de Alzheimer, estudos indicam que hábitos de vida saudáveis podem reduzir o risco de desenvolver a doença.
Manter uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras e alimentos antioxidantes, praticar atividades físicas regularmente, controlar doenças cardiovasculares (como hipertensão, diabetes e dislipidemia), evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool, além de manter o cérebro ativo por meio de atividades intelectuais e sociais, ajudam a preservar a saúde cerebral e podem retardar o aparecimento dos sintomas.
O controle do estresse e o tratamento adequado da depressão também são fundamentais para a prevenção.
A Doença de Alzheimer é hereditária?
A Doença de Alzheimer pode ter um componente genético, mas nem sempre é hereditária. Existem formas raras e familiares da doença, causadas por mutações genéticas específicas, que geralmente se manifestam antes dos 65 anos e apresentam padrão de herança dominante, ou seja, passam de geração em geração.
Porém, a maioria dos casos acontece em idades mais avançadas, e envolve uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. Ter um parente próximo com Alzheimer aumenta o risco, mas não significa que a doença será inevitável.
Sintomas da Doença de Alzheimer
A Doença de Alzheimer pode comprometer a cognição do paciente, afetando a capacidade de memória, linguagem, resolução de problemas, avaliação de situações e raciocínio. Esse declínio costuma afetar primeiro a memória episódica (aquela que está ligada a fatos recentes).
Conforme o quadro progride, outras funções cognitivas passam a ser afetadas, como a atenção, o planejamento e a orientação espacial. O paciente pode ainda ter dificuldade para tomar decisões, lidar com dispositivos eletrônicos e aparelhos de cozinha, controlar finanças, fazer compras, tomar banho e comer.
Junto do declínio cognitivo, ele pode sofrer com alterações psiquiátricas e comportamentais que se manifestam por meio de ideias delirantes. É frequente que o indivíduo acredite, por exemplo, que está sendo traído ou roubado dentro da própria casa.
Diagnóstico da Doença de Alzheimer
O diagnóstico de Alzheimer é baseado em três pilares: análise da história médica, exame clínico e avaliação das funções cognitivas e funcionais. São feitos exames de sangue, para afastar outras causas que possam influenciar na cognição, e exames de imagem, como ressonância magnética ou tomografia computadorizada de crânio, para análise da estrutura do cérebro.
Se a condição é detectada antes dos 65 anos, é considerada precoce. Nesse caso, a demência costuma evoluir de forma mais rápida e agressiva, e às vezes é mais difícil fechar o diagnóstico por possível confusão com quadros de ansiedade ou depressão.
Porém, o mais comum é o Alzheimer ser identificado após os 80 anos. Além da idade avançada, outros fatores de risco são: mutações genéticas, hipertensão arterial, diabetes, analfabetismo, baixa escolaridade, dislipidemia, tabagismo, sedentarismo, uso excessivo do álcool, depressão e isolamento na terceira idade.
Tratamentos para a Doença de Alzheimer
Não há cura, mas há tratamento. Além de medicamentos que inibam o desenvolvimento da doença, o processo pode envolver terapia ocupacional, psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia e enfermagem.
Fármacos que ajudem a tratar transtornos comportamentais, como agitação e irritabilidade, podem ser úteis.
Outro aspecto importante é o suporte familiar. É necessário que a família consiga se organizar para fornecer cuidado ao paciente todos os dias, traçar um planejamento financeiro e manter um equilíbrio emocional.
Empatia e paciência são chaves para lidar com indivíduos que têm Alzheimer. Além disso, é essencial estar em constante diálogo com o médico. Às vezes, sair para caminhar pode ser bom para um paciente, mas estressante para outro. Cada caso é um caso, então, vale entender quais são as melhores recomendações a partir de conversas com profissionais especializados.
Publicado em: 22/09/2022
Atualizado em: 29/07/2025