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Perguntas que você deveria fazer para o pediatra

Veja quais dúvidas o especialista pode sanar para contribuir com o desenvolvimento das crianças

Por Samantha CerquetaniPublicado em 27/07/2022, às 15:48 - Atualizado em 28/07/2022, às 17:01
Foto: Shutterstock

Se você tem um filho ou filha, é provável que ao sair da maternidade (ou mesmo antes), tenha ficado com medo de não dar conta. Cuidar de outro ser vivo é uma grande responsabilidade e é normal que apareçam dúvidas.  

Para ter mais segurança nas tomadas de decisão, o apoio de um pediatra de confiança faz toda a diferença. 

Além de checar se a criança está se desenvolvendo bem, sem problemas de saúde, o pediatra consegue dar dicas fundamentais para facilitar a rotina.  

Aqui no Brasil, o Dia do Pediatra é celebrado em 27 de julho e, para comemorar você acompanha as respostas para algumas das dúvidas mais comuns nos consultórios. 

Com que frequência preciso levar meu filho ao pediatra?

A criança precisa iniciar as consultas de acompanhamento com o pediatra na primeira semana após a alta da maternidade. De acordo com a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), a quantidade de visitas ao pediatra depende da idade da criança e das necessidades específicas para cada caso.  

Geralmente, após o sexto mês, se tudo estiver correndo bem, as consultas devem ser mensais. 

De seis meses a um ano, se a criança não estiver com problemas de saúde, as consultas podem ser a cada dois meses. Depois dessa idade, as consultas ainda devem ocorrer semestralmente até a criança completar seis anos. 

 Na fase dos 7 aos 18 anos, uma consulta por ano costuma ser suficiente. Mas, claro, o pediatra deve ser procurado quando houver qualquer sintoma diferente ou mudança de comportamento.  

O que será avaliado nas consultas?

O pediatra avaliará a saúde da criança e orientará os pais sobre questões sobre alimentação, peso, altura e vacinas. Além de observar como está o desenvolvimento infantil, dar dicas para prevenir acidentes e identificar problemas ou riscos de saúde.  

Por quanto tempo devo amamentar?

A recomendação é que o aleitamento materno comece já na sala de parto. O ideal é que o leite materno seja exclusivo até os seis meses. E a amamentação pode continuar, juntamente com outros alimentos saudáveis, até os dois anos ou mais.  

Como deve ser a introdução alimentar?

A partir dos seis meses de vida, além do leite materno, a criança deve experimentar novos alimentos como frutas e papinhas. Há diversas formas de iniciar a introdução alimentar.  

Os alimentos podem ser apresentados para o bebê na forma de papa, amassados com o garfo, ou ainda cozidos e picados para que a criança segure e experimente com as próprias mãos (técnica BLW: Baby-Led Weaning). É importante que ele conheça novos sabores e texturas.  

Os pais podem oferecer os alimentos com uma colher de plástico, por exemplo, e dar liberdade para a criança se alimentar, sem forçar e respeitando sempre a sua saciedade.
 

Vacinas podem causar reações nas crianças?

Sim. É comum que as crianças apresentem reações leves após as vacinas. Podem surgir febre, dor, endurecimento e vermelhidão no local da aplicação, por exemplo.  

Vale destacar que a maioria das reações não contraindica a vacinação. Isso porque as vacinas são seguras: antes da aprovação, são submetidas a testes rigorosos ao longo de diferentes fases de estudos.   

E os benefícios da vacinação superam os eventuais riscos de reações. Portanto, é fundamental seguir o calendário de vacinação de acordo com a idade da criança. 

Quais são os cuidados com a higiene do bebê?

O banho deve ser diário e é preciso higienizar as mamadeiras e os utensílios do bebê adequadamente.  

No caso dos pais, é preciso lavar as mãos antes de preparar as refeições da criança e após as trocas de fraldas, que devem ser trocadas frequentemente.  

A partir de quando preciso escovar os dentinhos do bebê?

Enquanto o bebê só mama, antes da erupção dos dentinhos, a higiene pode ser com uma gaze umedecida em água filtrada. Os pais podem usar a gaze enrolada nos dedos e passar na gengiva e na língua para remover gentilmente os resíduos alimentares algumas vezes ao dia.  

 Já quando surgem os dentinhos, deve-se tentar fazer a escovação após as principais refeições e antes de dormir. Não há necessidade de usar a pasta de dente e os movimentos precisam ser delicados.  

 Vale lembrar que a pasta de dente deve ser usada por volta dos dois anos de idade, quando a criança já é capaz de cuspir.   

Como saber se o desenvolvimento da criança está adequado?

Desde o útero, a criança tem o seu crescimento monitorado. Após o nascimento, altura e peso devem ser aferidos até os 18 anos. Dessa forma, é possível avaliar se o padrão de crescimento está compatível com a idade.  

 Além disso, o pediatra durante a consulta médica, consegue identificar os atrasos nos marcos do desenvolvimento. Isso significa que o médico avalia se a criança já faz contato visual, engatinha, consegue andar, tem interesse pelas pessoas e começa a falar no tempo adequado.  

O que fazer se o bebê estiver com cólica?

Um dos maiores pesadelos dos pais é quando o bebê chora incessantemente com as cólicas. Estima-se que este desconforto aconteça em cerca de 40% das crianças, nos primeiros meses de vida.  

 A boa notícia é que, geralmente, não indica um problema de saúde grave, mas trata-se de uma imaturidade do intestino. Por isso, não é causada por uma doença específica.  

Cabe ao pediatra orientar os pais sobre a situação: o aleitamento materno exclusivo ajuda a diminuir as cólicas em bebês, assim como as mudanças na dieta da mãe, massagens, banhos e o uso de alguns medicamentos.  

Com quais sintomas devo me preocupar e buscar um pediatra?

Qualquer sintoma diferente ou que atrapalhe a rotina da criança deve ser avaliado por um médico. A febre, por exemplo, é um sinal de alerta que indica que algo está errado com o organismo.  

 A situação é ainda mais preocupante em bebês abaixo de três meses de idade com temperaturas acima de 38ºC. 

 Outros sintomas que merecem atenção: 

 Dor de cabeça; 

  • Alterações na pele; 
  • Rigidez muscular no pescoço; 
  • Vômitos que não cessam; 
  • Confusão mental; 
  • Irritabilidade ou sonolência extrema;  
  • Dificuldade para respirar.  

 

Fontes: Camila Luizetto, pediatra do Hospital Nove de Julho e Cláudia Lopes, pediatra e professora do curso de Medicina da Unisa (Universidade Santo Amaro). 

 

 

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