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    Dislipidemia: o que é e como evitar?

    Silencioso, distúrbio pode causar problemas cardiovasculares

    Por Raquel RibeiroPublicado em 04/08/2022, às 11:28 - Atualizado em 25/05/2023, às 14:50
    DislipidemiaFoto: Shutterstock

    Talvez você já tenha ouvido falar em dislipidemia, mas não com esse nome. Trata-se de um distúrbio caracterizado pelo aumento dos níveis de lipídeos (gorduras) no sangue, principalmente de colesterol e de triglicérides. 

    Em outras palavras, ter dislipidemia é ter níveis de gordura no sangue mais altos do que o desejável, o que pode ser desencadeado por fatores genéticos ou pelo estilo de vida. 

    A boa notícia é que, muitas vezes, com uma boa alimentação, com a prática de atividade física regular e a manutenção de um peso saudável é possível evitar o aumento dos níveis de dislipidemia no sangue e, consequentemente, diminuir o risco de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares.

    Veja a seguir mais detalhes sobre a dislipidemia e como tratar.

    Tipos de dislipidemia

    Em termos gerais, a dislipidemia pode ser classificada em dois tipos: 

    Dislipidemia primária:

    de origem genética; nesse caso, muitas vezes,várias pessoas da mesma família possuem o distúrbio.

    Dislipidemia secundária:

    está associada ao estilo de vida e a outras doenças, como obesidade, diabetes, insuficiência renal, uso de medicamentos, entre outras causas.

    Causas

    São vários os fatores que podem aumentar os níveis de lipídeos no sangue. Entre eles podemos citar: falta de atividade física, dieta inadequada e obesidade. Quando falamos de alimentação, podemos citar o baixo consumo de frutas, nozes e vegetais; ou ainda, o consumo excessivo de gordura saturada.

    No entanto, a dislipidemia também pode ser causada por distúrbios genéticos, sendo eles hereditários, tal como a hipercolesterolemia familiar, doença conhecida por apresentar níveis muito aumentados de colesterol.

    Diagnóstico

    Por ser uma condição que não apresenta sintomas, o diagnóstico precoce da dislipidemia é fundamental para evitar doenças que comprometam a vida do indivíduo. Alguns exemplos são:

    Infarto agudo do miocárdio: ocorre quando há obstrução aguda de uma artéria coronária;

    AVC (Acidente vascular cerebral): causado quando os vasos que levam o sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea.

    O diagnóstico deve ser realizado por meio de exames de sangue. Um médico clínico geral, por exemplo, pode solicitar um exame para verificar o nível de colesterol no sangue e, a partir dos resultados, realizar o diagnóstico. 

    No entanto, são os endocrinologistas e cardiologistas que costumam estar à frente do tratamento das dislipidemias, uma vez que os vasos sanguíneos, as artérias e o coração são os locais mais influenciados por esse distúrbio.

    Quando considerar a dislipidemia?

    A análise deverá ser feita de acordo com o histórico individual de cada pessoa, levando em consideração detalhes sobre suas doenças atuais e/ou prévias ou de seus familiares, bem como informações em relação a sua alimentação diária. Além disso, é importante verificar se o indivíduo fuma.

    Atualmente, no Brasil, os parâmetros considerados normais são:

    Arte: Andrea Petkevicius

    Tratamento para dislipidemia

    O tratamento da dislipidemia tem basicamente duas vertentes: a primeira delas é comportamental, ou seja, envolve hábitos de vida mais saudáveis. Já a segunda possibilidade envolve o uso de medicações. 

    Ambos com um objetivo em comum: diminuir as chances de mortalidade por doenças cardiovasculares. Contudo, o melhor tratamento irá depender das características de cada indivíduo e se ele tem dislipidemia primária ou secundária. Entre os métodos de tratamento estão: 

    1.Mudança comportamental

     Isto inclui um acompanhamento nutricional, principalmente para redução e controle de peso, bem como a moderação no consumo de alimentos ricos em açúcares e em gordura saturada, por exemplo.

    Além disso, outro ponto fundamental que não deve ser deixado de lado é a prática de atividade física regular. Ou seja, de três a quatro vezes por semana por pelo menos 40 minutos, o que contribui para a manutenção do peso.

    2.Parar de fumar

    As chances de entupimento das artérias (aterosclerose), acidente vascular cerebral e ataques cardíacos são ainda maiores entre os fumantes que têm o distúrbio. 

    3.Medicações

    há vários tipos disponíveis no mercado. O principal objetivo é reduzir os níveis de gordura no sangue até que se chegue aos níveis adequados. De maneira geral, são fármacos de uso contínuo, bem tolerados pelos pacientes e que apresentam poucos efeitos colaterais. 

    Lembre-se que para o diagnóstico e o tratamento correto da dislipidemia você deve consultar um médico.

    Fontes: Alexandre Bezerra, endocrinologista do Hospital Santa Paula; Claudia Bernoche, cardiologista do Hospital 9 de Julho.

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