Empatia: o que é e como desenvolver a sua
Compreender diferentes sentimentos e pontos de vista pode favorecer a interação social
O ser humano é um animal social. Ou seja, nós dependemos de outros indivíduos para viver bem. Mas nem sempre a convivência é tranquila, né?
Neste artigo, você vai ler:
É comum haver atritos – sejam eles pequenos ou grandes, com pessoas próximas ou não. E uma coisa que pode ajudar a melhorar as relações é a empatia.
O que é empatia?
Empatia é um termo abrangente, utilizado para descrever as habilidades de identificar o estado emocional de alguém, imaginar o que aquela pessoa deve estar pensando ou sentindo e até sentir uma emoção semelhante.
É, basicamente, se colocar no lugar do outro e tentar realmente compreender um ponto de vista diferente do seu.
Considerando que empatia é um conceito amplo, estudiosos da área costumam classificá-la em alguns tipos. Entre os mais conhecidos estão a empatia cognitiva, a empatia emocional ou afetiva e a empatia compassiva.
Empatia cognitiva
Empatia cognitiva é a capacidade mental de identificar e entender as emoções, as perspectivas e os pensamentos dos outros, sem internalizar os sentimentos dessas pessoas.
Pesquisadores acreditam que a empatia cognitiva surge por volta dos 4 anos de idade, quando as crianças começam a ter consciência de que pessoas diferentes passam por experiências diferentes na vida.
Empatia emocional
Também chamada de empatia afetiva, a empatia emocional faz referência aos sentimentos que nos atingem em resposta às emoções do outro.
Pode ser que você “espelhe” o sentimento daquela pessoa e acabe sentindo a mesma coisa que ela, ou pode ser que você se sinta nervoso ou angustiado ao ver alguém triste, por exemplo.
Pesquisadores consideram que a empatia emocional nos acompanha desde que somos bem pequenos, quando conseguimos perceber as emoções dos nossos pais ou responsáveis e as reproduzimos.
Empatia compassiva
A empatia compassiva é aquela que te permite compreender o outro, compartilhar sensações com ele e ainda agir se for necessário. É um tipo de empatia que impulsiona a ajuda.
Consequências da falta de empatia
O psicólogo Jamil Zaki, da Universidade Stanford, enxerga a empatia como uma espécie de “supercola psicológica” que conecta as pessoas e estimula a cooperação e a gentileza.
A falta de empatia, portanto, dificulta o convívio social e faz com que os indivíduos permaneçam centrados em si mesmos.
Há menos incentivo para comportamentos considerados pró-sociais, como o perdão, o voluntariado e a ajuda. Por outro lado, a ausência de empatia pode favorecer a agressão e o bullying.
Como ter mais empatia
Empatia é se colocar, em certa medida, no lugar do outro. Mas esse processo deve ocorrer com cautela. Caso você se coloque completamente no lugar de alguém, pode ser que você fique sobrecarregado a ponto de não conseguir oferecer ajuda.
O ideal, então, é tentar identificar as emoções da outra pessoa e compreender a perspectiva dela de forma geral. Mas como podemos fazer isso? Confira cinco passos para exercitar a empatia:
Referências: Cultivating empathy, da Associação Americana de Psicologia (APA); The Psychology of Emotional and Cognitive Empathy, da Universidade Lesley; What is empathy? Why practice it? How do I cultivate it?, do Greater Good Science Center, da Universidade da Califórnia em Berkeley; When can empathy move us to action?, do psicólogo Daniel Goleman para o Greater Good Science Center.