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    Como a gentileza pode melhorar nosso bem-estar

    Veja como atos gentis são capazes de impactar o nosso cérebro e as nossas relações sociais

    Por Tiemi OsatoPublicado em 11/11/2022, às 12:56 - Atualizado em 25/05/2023, às 19:34
    Imagem: Shutterstock

    Praticar atividades físicas regularmente, ter uma alimentação equilibrada e não fumar. Essas são algumas atitudes que contribuem para o nosso bem-estar – e aposto que você já está ciente disso. Mas sabe o que mais pode nos ajudar a viver melhor? A gentileza, que é celebrada em vários países em 13 de novembro, Dia da Gentileza.

    A ideia do que é gentileza pode variar de pessoa para pessoa, mas, em linhas gerais, podemos compreendê-la como uma postura amigável, generosa e atenciosa. Não é tão difícil imaginar por que isso é benéfico, né?

    O ser humano é um animal social. Ninguém é autossuficiente. Então, quanto mais agradável for a nossa convivência com os outros, melhor. E a ciência tem investigado esse fenômeno.

    Sabe-se, por exemplo, que interações sociais positivas tendem a incentivar a produção de dopamina (“neurotransmissor do prazer”), serotonina (“neurotransmissor da felicidade”) e ocitocina (“neurotransmissor do amor”).

    É também a ocitocina que contribui para diminuir a atividade da amígdala, região do cérebro relacionada a estresse, preocupação e medo.

    Um estudo da Universidade Oxford, publicado em 2018 na revista científica The Journal of Social Psychology, sugere que ser gentil (com você mesmo, com um amigo ou até com um desconhecido) aumenta a felicidade.

    Outras pesquisas mostram que treinar a gentileza pode intensificar as emoções positivas, a conexão social e comportamentos benéficos para a coletividade. Além disso, é capaz de diminuir sentimentos negativos e preconceitos sociais.

    E, sim, acabamos de falar em treinar a gentileza. No campo da neurociência, existem trabalhos que indicam que esse treinamento melhora a plasticidade neuronal do nosso cérebro (ou seja, a capacidade de os neurônios formarem novas conexões no cérebro).

    Um caminho para treinar a gentileza é planejar atos gentis – uma habilidade que parece inerente aos humanos. Ofereça uma carona para alguma pessoa próxima ou mande uma mensagem para aquele parente ou amigo mais distante para saber como ele está.

    Em locais públicos, você pode começar cedendo o seu assento no transporte público ou, então, perguntar se um indivíduo precisa de ajuda caso ele pareça estar um pouco perdido.

    Não subestime a diferença que esses atos podem fazer. São coisas que podem até parecer pequenas, mas é importante pensar no impacto que elas têm somadas.

    Muitas vezes a nossa felicidade e o nosso bem-estar não vêm de um único e extraordinário acontecimento, mas de várias experiências menores que ocorrem com frequência – e vão, de pouquinho em pouquinho, deixando a vida melhor.

    Ah! E mais uma coisa: não esqueça de você. Seja mais compreensivo com os seus erros e mais respeitoso com os seus limites. Ser gentil consigo pode diminuir o seu estresse e, inclusive, aumentar sua disposição de ser gentil com as pessoas ao redor.

    Referências: Health and happiness go hand in hand, da Health Harvard Publishing; How kindness impacts the brain and benefits mental health, de David Hamilton, PhD em química orgânica e autor do livro “The 5 Side Effects of Kindness”; The heart and science of kindness, da Health Harvard Publishing; The Science Behind the Smile, da Harvard Business Review; The Science, Theory and Practice of Kindness: A Brief Overview, da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

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