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    Reprodução assistida: técnicas visam alcançar uma gravidez

    Conheça os métodos disponíveis que possibilitam uma gestação bem-sucedida

    Por Samantha CerquetaniPublicado em 19/09/2024, às 08:46 - Atualizado em 19/09/2024, às 12:25

    reprodução assistida

    Com o avanço da tecnologia, surgiram diferentes técnicas de reprodução assistida que ajudam pessoas a superarem a infertilidade. Continue a leitura para saber quando esses tratamentos são indicados, quais são os tipos e quais médicos são importantes nestes processos.  

    O que é reprodução assistida?   

    A reprodução assistida é definida como um conjunto de técnicas que buscam a otimização da fertilidade, utilizando-se de manejo dos ovários, do sêmen e manipulação laboratorial de material biológico, como gametas masculinos (espermatozoides), gametas femininos (óvulos) e embriões. Os principais tratamentos incluem: indução da ovulação, inseminação intrauterina e fertilização in vitro (FIV).  

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    Quando a reprodução assistida é indicada?  

    A reprodução assistida é indicada em diversas situações relacionadas à dificuldade de alcançar uma gravidez bem-sucedida sem intervenção médica. Confira abaixo as principais indicações:  

    • Infertilidade conjugal: quando um casal tenta engravidar sem sucesso após 12 meses de relações sexuais regulares e sem uso de contraceptivos. 
    • Problemas de ovulação: como mulheres com síndrome dos ovários policísticos.  
    • Homens com problemas nos espermatozoides, problemas de ejaculação, varicocele, vasectomia prévia, dentre outros; 
    • Gravidez tardia: em mulheres com mais de 35 anos ou homens com mais de 40 anos, quando a qualidade dos óvulos e espermatozoides pode diminuir, tornando a concepção mais difícil. 
    • Preservação oncológica: quando um dos parceiros serão submetidos a tratamentos oncológicos, com quimioterapia ou radioterapia. 
    • Preservação social: quando há desejo de postergar a maternidade por motivos pessoais ou profissionais.
       

    Quais são as técnicas de reprodução assistida disponíveis?  

    Existem técnicas de baixa e alta complexidade. Veja abaixo as principais.  

    Fertilização in vitro   

    Trata-se de uma técnica bastante complexa, que envolve a união de óvulos com espermatozoides fora do organismo, ou seja, a fertilização é realizada em laboratório (in vitro).  

    O processo inicia-se com a estimulação ovariana, onde a mulher recebe medicações diárias por um período de aproximadamente duas semanas para que seus ovários produzam múltiplos óvulos maduros.  

    A coleta desses óvulos é realizada sob sedação, em ambiente cirúrgico, por meio da punção ovariana. Em um mesmo momento, é coletada uma amostra de espermatozoides, através de ejaculação ou por meio de punção do órgão genital masculino, em casos específicos de fator masculino grave.  

    Após as coletas, os gametas são fertilizados em laboratório e aguarda-se a formação de embriões. A última etapa consiste na transferência do embrião para dentro da cavidade uterina por meio de um fino cateter, procedimento indolor feito com a paciente acordada. Após duas semanas, realiza-se o teste de gravidez para se confirmar ou não a gestação. 

    Inseminação intrauterina 

    Conhecido também como inseminação artificial, é um procedimento de reprodução assistida menos complexo, indicado para casos leves de infertilidade, como alterações leves no sêmen, casais jovens sem causa aparente de infertilidade e casais soro discordantes.

    Após o preparo do sêmen, que é obtido por ejaculação, o material é introduzido diretamente dentro da cavidade uterina por meio de um cateter fino, quando se detecta que esta mulher está próxima da sua ovulação. É uma técnica indolor, que não requer anestesia e, geralmente, realizada no consultório médico. O objetivo é superar barreiras que impedem o encontro natural dos gametas.  

    Doação de óvulos ou espermatozoides 

    Nesta técnica, óvulos ou espermatozoides fornecidos por doadores são utilizados para a fertilização.  

    O material biológico é fornecido por doadores de bancos de gametas/embriões ou por familiares de até quarto grau de um dos parceiros.  

    São utilizadas as mesmas técnicas citadas acima. As principais indicações são: falência dos ovários, ausência de espermatozoides no sêmen e presença de condições genéticas importantes que não podem ser transferidas para a prole. 

    Reprodução assistida: qual especialista procurar?  

    O principal especialista que realiza a reprodução assistida é o ginecologista ou obstetra especializado em reprodução assistida.   

    Esse profissional avalia e trata questões relacionadas à fertilidade, coordena os procedimentos de reprodução assistida, e supervisiona todo o processo clínico, incluindo a inseminação intrauterina e a fertilização in vitro.  

    Importância do geneticista na reprodução assistida   

    O geneticista é importante no processo de reprodução assistida ao oferecer orientação especializada sobre questões genéticas que podem impactar a fertilidade e a saúde da criança.   

    Ele realiza o aconselhamento genético para casais com histórico de doenças genéticas, ajudando a identificar riscos e a explorar opções adequadas. Esse suporte assegura que os casais tomem decisões seguras sobre o tratamento e a concepção.  

    Além disso, o geneticista desempenha um papel fundamental no diagnóstico genético pré-implantacional. Ele realiza testes em embriões obtidos por meio da fertilização in vitro para detectar anomalias cromossômicas ou genéticas antes da transferência para o útero. Isso ajuda a reduzir o risco de doenças genéticas e aumenta as chances de uma gravidez saudável.  

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    Fonte: Dra. Marcela Garcia, especialista em reprodução assistida do Hospital Brasília.  

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