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Resfriado: quais os sintomas mais comuns e como evitar essa infecção?

Quadro é popularmente confundido com a gripe, mas tem causas diferentes

Por Danielle MirandaPublicado em 24/03/2025, às 14:09 - Atualizado em 28/03/2025, às 11:37

resfriado

De acordo com a Fiocruz, o início das aulas no começo de 2025 parece ter sido o principal motivo para um aumento de casos de SRAG (síndrome respiratória aguda grave) entre crianças e adolescentes de 2 a 14 anos. A SRAG é uma complicação que pode ocorrer após quadros respiratórios como os causados por gripe e resfriado, infecções associadas a alguns tipos de vírus que podem acometer crianças, adultos e idosos.

Outras infecções virais, como a relacionada ao vírus sincicial respiratório, também podem gerar essa manifestação tão grave. Veja a seguir mais informações sobre o que são os resfriados, como eles ocorrem e qual a diferença deles para a gripe.

Resfriado: o que é?

O resfriado é uma infecção respiratória das vias aéreas superiores, e causa sintomas como rinorreia, espirros, tosse e dor de garganta. Geralmente não causa febre.

Embora seja uma condição geralmente leve, o resfriado pode ser bastante desconfortável, especialmente quando os sintomas se intensificam. Eles também podem evoluir para complicações, sobretudo em grupos de risco.

O que causa o resfriado?

O resfriado é causado por diversos vírus respiratórios, sendo o rinovírus o mais comum. Mas a lista também inclui patógenos como o adenovírus, os coronavírus sazonais, o parainfluenza, os enterovírus, o metapneumovírus e o vírus sincicial respiratório (VSR).

A transmissão ocorre principalmente por meio do contato com gotículas respiratórias de pessoas infectadas, que podem ser espalhadas por tosse, espirros ou contato com superfícies contaminadas por essas gotículas.

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Grupos de risco

Na maioria dos casos, os quadros de resfriados evoluem de forma benigna. No entanto, alguns grupos podem apresentar complicações como a síndrome respiratória aguda grave (SRAG), um quadro grave que compromete a função respiratória e interfere na oxigenação do corpo, com necessitando de internação hospitalar e suplementação de oxigênio.

Os grupos de risco para SRAG incluem idosos (que podem se beneficiar das vacinas para sua faixa etária); bebês recém-nascidos e crianças até dois anos (por terem o sistema imunológico ainda imaturo). Além disso, pessoas com doenças respiratórias crônicas, como asma, bronquite e DPOC (doença pulmonar respiratória crônica); cardiopatas, diabéticos, tabagistas e pessoas com imunodepressão (como pacientes em tratamento de câncer ou pacientes transplantados de órgãos sólidos ou de células tronco-hematopoiéticas) também são de risco maior para complicações e SRAG.

Sintomas de resfriado

Os sintomas do resfriado podem incluir: 

  • Dor de garganta, um dos primeiros sinais da infecção; 
  • Nariz entupido e coriza, com secreção nasal clara que pode se tornar mais espessa com o tempo; 
  • Espirros frequentes; 
  • Tosse leve. 
  • Em alguns casos, febre baixa (especialmente em crianças); 
  • Cansaço e mal-estar. 

Importante: o resfriado não costuma provocar sintomas como tontura, falta de ar e febre. Se notar esse tipo de sintoma, é importante buscar auxílio médico imediatamente.

Diferenças entre resfriado e gripe

No Brasil, é muito comum as pessoas chamarem qualquer infecção respiratória (incluindo resfriados) de gripe. No entanto, há diferenças importantes entre os dois.

A principal diferença é que a gripe é causada pelas pelo vírus Influenza, enquanto os resfriados são provocados por outros tipos de vírus (como o rinovírus). Além disso, a gripe costuma causar um quadro clínico mais intenso, com febre, tosse, dor de garganta, acompanhado de dores musculares, dor de cabeça e fadiga. A gripe também pode evoluir para complicações graves, como SRAG e pneumonia, sobretudo nos grupos de risco.

Por fim, o resfriado costuma ter um curso mais brando e regredir entre 5 e 7 dias após o início dos sintomas. Já os quadros de gripe podem levar até 10 dias para regredirem.

Formas de prevenir o resfriado

Algumas medidas podem ajudar a reduzir o risco de contrair resfriados, tais como:  

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabão; 
  • Quando não for possível lavar as mãos, higienizar com álcool em gel; 
  • Cubra a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, usando um lenço de papel ou o antebraço (prática conhecida como “etiqueta da tosse”); 
  • Evite contato próximo com pessoas doentes; 
  • Evite tocar o rosto, especialmente a boca, o nariz e os olhos; 
  • Utilize máscara, especialmente se precisar estar em ambientes com muitas pessoas durante períodos de surto.  

Além disso, a vacinação também é uma forma eficaz e segura de prevenir infecções causadas por alguns vírus respiratórios. A vacina contra o vírus sincicial respiratório, por exemplo, está indicada para algumas populações, como idosos, pessoas com comorbidades e gestantes com idade gestacional entre 24 e 36 semanas.

Para obter mais informações sobre onde se vacinar, consultar preços e localizar o laboratório mais próximo da sua região, basta acessar nossa plataforma de agendamentos online.

Tratamentos para resfriado

O tratamento para resfriado consiste em medidas de suporte para aliviar o desconforto dos sintomas (como o uso de analgésicos e descongestionantes nasais) e aguardar que a infecção regrida após seu curso natural. Enquanto isso, recomenda-se repouso, hidratação com águas, sucos e chás e manter-se alimentado para auxiliar a recuperação.

É importante ressaltar que antibióticos não são eficazes contra o resfriado, já que ele é uma infecção viral e não bacteriana.

Em caso de piora dos sintomas e/ou falta de ar, apatia e irritabilidade (especialmente em crianças pequenas), é importante buscar o pronto-atendimento imediatamente para uma avaliação médica.

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Fonte: Dra. Ligia Pierrotti – Infectologista

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