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    Serotonina: entenda por que a dosagem é útil em contextos oncológicos

    Além de atuar no cérebro, substância tem relação com células presentes em outros locais do organismo

    Por Tiemi OsatoPublicado em 28/03/2024, às 16:06 - Atualizado em 02/04/2024, às 18:53

    serotonina exame

    A serotonina é frequentemente associada a processos que acontecem no cérebro. E isso não está errado: ela, de fato, exerce papeis relevantes no sistema nervoso central humano. 

    No entanto, a substância também está presente em outras regiões do organismo, participando de processos no trato gastrointestinal e nos vasos sanguíneos. Em alguns casos, ela pode até mesmo servir como marcador tumoral para determinados tipos de câncer.

    O que é serotonina?  

    A serotonina é uma substância encontrada principalmente no sistema nervoso central, no trato gastrointestinal e nas plaquetas. Ela também é chamada de 5-hidroxitriptamina. 

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    Qual é a função da serotonina no organismo?  

    A serotonina é mais conhecida por ser um neurotransmissor, ou seja, um tipo de molécula capaz de transmitir informações entre os neurônios. Assim, ela influencia aspectos como o humor, a ansiedade, a cognição, o aprendizado e a memória. 

    Muitas vezes, o público leigo acaba relacionando baixos níveis de serotonina à depressão. No entanto, vale dizer que não existem evidências científicas suficientes que comprovem essa associação. 

    Além de ser um neurotransmissor, ela cumpre funções fisiológicas, funcionando como um mediador no trato gastrointestinal e como um vasoconstritor. 

    No âmbito gastrointestinal, a serotonina está envolvida, por exemplo, no processo do vômito. Aliás, um dos mais potentes remédios contra enjoo utilizados por pacientes oncológicos é, justamente, uma droga que bloqueia a ação da serotonina no circuito do vômito. 

    Essa substância participa ainda da vasoconstrição, atuando no calibre dos vasos sanguíneos e regulando a formação ou não de coágulos. 

    Como a serotonina é produzida?  

    A serotonina é produzida em vários órgãos. Parte da produção ocorre no cérebro. Outra parte, bastante relevante, fica a cargo das células do sistema neuroendócrino, que estão espalhadas pelo corpo. Essas células são encontradas sobretudo no trato gastrointestinal, de onde vem aproximadamente entre 80% e 90% da serotonina, e no pulmão. 

    Serotonina é um marcador tumoral?   

    Sim, a serotonina é considerada um marcador tumoral. Em alguns casos, as células neuroendócrinas (que, entre outras atribuições, produzem serotonina) se descontrolam, crescem muito e viram câncer. 

    Os tumores neuroendócrinos geralmente acometem mucosas da região pulmonar ou gastrointestinal. Essas são lesões que podem acabar aumentando a produção de serotonina, o que explica o fato de ela servir como um marcador tumoral. 

    Se a substância estiver em excesso, podem surgir uma série de manifestações, caracterizando a síndrome carcinoide. Nesse quadro, há sintomas como rubor facial (devido à vasodilatação) e diarreia (em decorrência da maior atividade gastrointestinal).  

    Exame de serotonina: para que serve?  

    O exame de serotonina é feito a partir de uma coleta de sangue. Ele serve, principalmente, para diagnosticar a síndrome carcinoide e vigiar o tumor. 

    Cabe ressaltar que outros fatores, além da síndrome carcinoide, podem levar a um nível aumentado de serotonina no sangue. É o caso de algumas medicações, dietas e síndromes inflamatórias (a exemplo da fibrose cística). Por isso, o resultado do exame deve ser sempre interpretado com cautela. 

    Qual médico procurar?  

    O exame de serotonina é utilizado sobretudo em contextos oncológicos, portanto o médico que costuma solicitá-lo, se julgar necessário, e depois interpretá-lo é o oncologista. 

    Exame de serotonina: preço e onde fazer?  

    Para obter mais informações sobre o exame de serotonina, localizar o laboratório mais próximo da sua região e consultar preços, basta acessar a nossa plataforma online. 

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    Fonte: Dr. Tiago Kenji, oncologista clínico e diretor técnico do Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula 

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