Sintomas de pneumonia: quais são e como é feito o diagnóstico

Fonte: Suzana Pinheiro Pimenta, médica pneumologista do Hospital Nove de Julho (SP). 

Os sintomas de pneumonia geralmente incluem febre, tosse e dor torácica, mas as manifestações podem variar conforme o tipo de microrganismo causador e a idade do paciente. 

Essa é uma doença que prejudica o sistema respiratório, e uma das principais maneiras de prevenir quadros graves é a vacinação. 

O que é pneumonia? 

A pneumonia é o adoecimento do tecido pulmonar. Em termos um pouco mais técnicos, pode-se dizer que é a infecção do parênquima do pulmão. 

Nessa condição, os alvéolos (pequenas estruturas responsáveis por oxigenar o sangue) ficam cheios de secreções, o que prejudica a respiração e causa dor torácica. 

Quais são os tipos de pneumonia? 

A pneumonia pode ser dividida em três tipos principais, de acordo com o agente causador: 

• Pneumonia bacteriana; 
• Pneumonia viral; 
• Pneumonia fúngica; 

As pneumonias mais comuns são causadas por vírus ou bactérias, sendo os quadros fúngicos bem mais raros. 

Quais são os sintomas de pneumonia? 

As pneumonias bacteriana e viral têm sintomas similares, além de serem quadros súbitos — ou seja, de evolução rápida. Já a pneumonia fúngica tem uma evolução mais lenta. 

Vale ressaltar também que, muitas vezes, idosos apresentam sintomas distintos de adultos e jovens. Pessoas mais velhas podem ter um quadro atípico de pneumonia, marcado por confusão mental, falta de apetite e prostração (abatimento). 

Sintomas de pneumonia viral 

Indivíduos com pneumonia viral podem ter sintomas como: 

• Febre; 
• Dor de cabeça; 
• Dor no peito; 
• Dor no corpo; 
• Tosse; 
• Em casos mais graves, pode haver falta de ar e baixa oxigenação. 

Sintomas de pneumonia bacteriana 

Os sintomas de pneumonia bacteriana incluem: 

• Febre; 
• Dor de cabeça; 
• Dor no peito; 
• Dor no corpo; 
• Tosse; 
• Em casos mais graves, pode haver falta de ar e baixa oxigenação. 

Na comparação com a pneumonia viral, a pneumonia bacteriana pode causar febre mais elevada e deixar os pacientes mais abatidos. 

Sintomas de pneumonia fúngica 

A pneumonia fúngica é menos comum. E, diferentemente das pneumonias bacteriana e viral, os quadros causados por fungos têm evolução mais lenta. 

Os pacientes acometidos por pneumonia fúngica adoecem progressivamente, ficando abatidos e sem apetite aos poucos. 

Geralmente, esse tipo de pneumonia atinge pacientes imunossuprimidos, como indivíduos transplantados e pessoas que utilizam corticoide por tempo prolongado ou medicação imunossupressora. 

Como identificar sintomas de pneumonia em bebês e crianças? 

Em bebês e crianças, a pneumonia pode se manifestar de maneira um pouco distinta. Nessas situações, a doença costuma ser caracterizada por: 

• Febre; 
• Tosse frequente; 
• Bastante catarro; 
• Falta de ar; 
• Abatimento. 

Especialmente em crianças mais novas, é comum haver também sintomas mais inespecíficos, como diarreia e dor abdominal. 

Como é feito o diagnóstico 

O diagnóstico de pneumonia pode ser feito clinicamente, com base nos sintomas e na avaliação que o médico faz do paciente. Durante a ausculta pulmonar, por exemplo, é possível identificar sinais que sugerem pneumonia. 

Além disso, há exames de imagens que podem auxiliar no diagnóstico, como raio-X e tomografia de tórax. 

Como prevenir a doença 

Grande parte dos casos de pneumonia costumam ser causados por vírus respiratórios. Por isso, é importante adotar medidas que ajudem a evitar esses patógenos, como: 

• Manter as mãos higienizadas com álcool em gel ou sabonete; 
• Evitar proximidade com pessoas que apresentem sintomas respiratórios; 
• No caso de pacientes com doenças crônicas (como DPOC, asma, cardiopatias e imunossupressão), usar máscaras em locais com aglomeração de pessoas. 
• Se o indivíduo estiver com sintomas respiratórios, usar máscaras para não contaminar os demais; 
• Tomar a vacina da gripe (contra o vírus influenza) anualmente; 
• Estar com o esquema de vacinação contra Covid-19 em dia. 

Há também imunizantes contra o pneumococo, que é a bactéria responsável pelo maior número de pneumonias bacterianas fora de ambientes hospitalares. 

A Pneumo 13 (vacina pneumocócica conjugada 13-valente ou VPC13) pode ser aplicada em todas as pessoas — porém é necessário ficar atento aos esquemas vacinais, que variam conforme a idade. 

Já a Pneumo 23 (vacina pneumocócica polissacarídica 23-valente ou VPP23) é indicada especificamente para indivíduos com risco aumentado para doença pneumocócica (como cardiopatas, pneumopatas ou imunossuprimidos) e para pessoas acima de 60 anos.  

Nesses casos, recomenda-se tomar a Pneumo 13 e, depois, fazer o reforço com a Pneumo 23. 

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