Teste de HIV: tipos de exame, como são feitos e quem deve fazer 

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Mais de um milhão de pessoas vivem com HIV (vírus da imunodeficiência humana) no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Nesse contexto, o teste de HIV é fundamental para diagnosticar a infecção e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, além de reduzir o risco de transmissão para outras pessoas. 

O teste de HIV é um procedimento simples e um ato de responsabilidade social. Continue a leitura e saiba mais sobre os tipos de exame, como são feitos e quem deve fazer. 

Quais são os tipos de teste de HIV? 

Geralmente, os exames utilizados para detectar o HIV são os de sangue, como sorologias, exames iniciais e confirmatórios. Esses exames têm a finalidade de identificar a presença do vírus e dos anticorpos produzidos em resposta à infecção. A seguir, saiba mais detalhes sobre cada um deles. 

Exame de sangue 

A coleta é realizada por meio de uma picada no dedo ou retirada de sangue de uma veia no braço. Depois, a amostra é enviada para um laboratório, onde passa por processamento e análise. O resultado é emitido com base na presença ou ausência de anticorpos. 

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Teste rápido de HIV 

O teste rápido de HIV também envolve a coleta de sangue, porém, uma pequena amostra, geralmente obtida por meio de uma picada no dedo. Em seguida, a amostra é aplicada em um dispositivo contendo reagentes ou anticorpos que reagem à presença ou não do HIV. 

Contudo, é fundamental destacar que, caso o resultado de um teste rápido de HIV seja positivo, é necessário confirmá-lo por meio de testes adicionais, normalmente realizados em laboratórios. 

Quem deve fazer o teste de HIV? 

Seguindo as diretrizes do CDC (Centers for Disease Control and Prevention), é recomendado que todas as pessoas entre 13 e 64 anos realizem testes periódicos de HIV como parte dos cuidados de saúde de rotina.  

O CDC ainda sugere a realização do teste pelo menos uma vez ao ano para pessoas que: 

• Façam relações sexuais desprotegidas: sem o uso de preservativo, especialmente com pessoas de sorologia desconhecida, ou seja, que não realizam o teste regularmente. 
• Compartilham agulhas e seringas: geralmente no uso de drogas injetáveis, pois resíduos do sangue podem ficar nesses materiais. 
• Tenham outras ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis): ter outras ISTs, como sífilis ou gonorréia, pode aumentar o risco de transmissão, pois essas infecções podem causar feridas ou inflamações que facilitam a entrada do vírus. 

Sintomas de HIV 

Quando ocorre a infecção pelo vírus, a doença tem duas fases clínicas.

Infecção aguda

Nessa etapa, o vírus entra no organismo e este reage tentando combatê-lo. Nem todas as pessoas percebem essa fase, porém, quando notada, os sintomas relatados incluem:

• Mal-estar; 
• Febre e cansaço; 
• Dor de cabeça; 
• Surgimento de gânglios, também conhecidos como linfonodos, são pequenas estruturas ovais ou em forma de caroços encontradas no corpo humano. 

Após essa fase, os sintomas desaparecem e inicia-se a próxima etapa.

Fase assintomática

Nesse período, não são observados sintomas e o paciente somente descobre que está com o vírus HIV quando realiza um teste de diagnóstico.

As infecções causadas pelo HIV normalmente não apresentam sintomas evidentes. No entanto, quando o vírus progride para a doença conhecida como Aids, surgem infecções oportunistas.

Fase sintomática inicial

Durante a fase inicial dos sintomas, as células de defesa do corpo são danificadas e destruídas devido a ataques frequentes. Isso torna o corpo mais suscetível a doenças comuns, como gripe e infecções. Nesta fase, os sintomas incluem: 

• Perda de peso; 
• Fraqueza; 
• Anemia; 
• Manchas na pele; 
• Diarreia; 
• Erupções cutâneas e feridas. 

Geralmente, é durante essa fase que o diagnóstico da doença é feito, pois a pessoa começa a buscar a causa dos sintomas apresentados.

Fase avançada

Se o HIV não for tratado, o sistema imunológico fica tão enfraquecido que surgem doenças oportunistas.

No caso de uma pessoa saudável, essas infecções podem ser combatidas, mas em pacientes com HIV, elas se tornam recorrentes e mais graves. Essa fase avançada da infecção é conhecida como Aids. Doenças comuns nesse estágio são:  

• Hepatites virais; 
• Pneumonia; 
• Toxoplasmose; 
• Tuberculose. 

Quanto tempo leva para o exame detectar o vírus HIV? 

O tempo pode variar dependendo do tipo de teste realizado.  Com o exame de sangue, por exemplo, há uma janela de detecção de aproximadamente três a quatro semanas após a exposição ao vírus.  

Isso significa que pode levar algumas semanas até que os anticorpos específicos para o HIV sejam produzidos em quantidade suficiente para serem detectados pelo teste de sangue. 

Já o teste rápido pode fornecer resultados em questão de minutos e alguns deles apresentam uma janela de detecção menor: em torno de duas a três semanas após a exposição. 

Teste de HIV: preço e onde fazer? 

Para consultar preços, obter mais informações sobre o teste de HIV e localizar o laboratório mais próximo da sua região, basta acessar o Nav Dasa.  

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Fonte: Dr. Jaime Kulak, médico ginecologista e obstetra da Dasa