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Trombose na perna: sintomas, o que causa e como tratar

A trombose na perna é caracterizada pela presença de um coágulo em um vaso sanguíneo. Se não for tratada corretamente, pode evoluir para embolia pulmonar

Por Tiemi OsatoPublicado em 23/06/2023, às 15:16 - Atualizado em 08/04/2024, às 11:48

trombose na perna

O coração bombeia cerca de 4 litros de sangue por minuto. Isso acontece com a ajuda dos vasos sanguíneos: as artérias levam o sangue com oxigênio aos tecidos, enquanto as veias fazem o retorno para o coração. Um problema comum que pode atrapalhar essa circulação é a trombose na perna. 

O que é trombose e como ela ocorre? 

A trombose ocorre quando o sangue se torna um pouquinho mais sólido e consegue formar coágulos que entopem um vaso sanguíneo, dificultando a volta do sangue para o coração. 

Essa condição pode acometer diferentes partes do corpo, mas é mais frequente nos membros inferiores. 

Além disso, o mais comum é que pacientes tenham trombose venosa profunda (TVP). Nesse quadro, o vaso atingido é uma veia profunda — um tipo de veia que está dentro do músculo e é bastante importante para a circulação sanguínea. 

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Sintomas e sinais de trombose na perna 

Como a presença do coágulo prejudica a passagem do sangue, a perna do indivíduo fica inchada, sendo este o principal sintoma de trombose venosa profunda. 

Junto do inchaço, o paciente pode sentir dor, uma vez que o coágulo pressiona a parede da veia. 

Como é feito o diagnóstico de trombose? 

A trombose venosa profunda costuma ser diagnosticada principalmente por exames de imagem. Com o ultrassom Doppler, é possível visualizar as veias, identificar onde está a trombose e determinar a extensão do quadro. 

Essa doença também pode ser detectada com a ajuda de exames de sangue, como o D-Dímero. 

O que pode causar trombose na perna? 

A trombose na perna é uma doença multifatorial, que não tem causa única. Entre os fatores que contribuem para o surgimento dessa condição estão: 

  • Estase – quando o sangue fica parado na perna por falta de movimento durante um período. Pode acontecer, por exemplo, em viagens longas de avião, em pessoas que trabalham sentadas e em pacientes acamados ou imobilizados, que ficam sentados e/ou deitados boa parte do tempo. 
  • Trauma – um acidente ou batida na perna pode machucar a parede de alguma veia e, assim, aumentar o risco de um coágulo aparecer. 
  • Hipercoagulabilidade – ter uma maior propensão para formar coágulos pode ser fruto da trombofilia (uma alteração genética) ou de doenças como o câncer. 

O que fazer em caso de trombose na perna? 

Em caso de suspeita de trombose na perna, recomenda-se que o indivíduo procure um serviço de saúde ou pronto atendimento, dando preferência a locais que possam realizar o ultrassom Doppler para descartar ou confirmar o quadro. 

É importante buscar um médico porque, se não tratada, a trombose venosa profunda pode acarretar complicações sérias. Existe o risco de um fragmento do coágulo na perna se desprender e acabar indo para o pulmão, configurando uma embolia pulmonar — que é potencialmente fatal. 

Tratamento para trombose na perna 

O tratamento para trombose na perna é feito com anticoagulantes. Essas medicações afinam o sangue, impedindo que a trombose se torne mais extensa ou que alguma parte do coágulo se desprenda. 

Muitas vezes, quando há uma suspeita consistente de trombose venosa profunda, os médicos iniciam o tratamento mesmo antes de terem o diagnóstico confirmado. Isso é feito para evitar complicações como a embolia pulmonar. 

Afora os anticoagulantes, geralmente o paciente com trombose adota medidas não medicamentosas como: 

  • Manter uma boa hidratação; 
  • Praticar atividades físicas regularmente (para trabalhar a musculatura da perna que auxilia no bombeamento venoso); 
  • Caminhar um pouco ou mexer o pé a cada meia hora (para evitar ficar parado por muito tempo); 
  • Utilizar meias de compressão de acordo com as orientações médicas. 

Vale dizer ainda que, além dessas medidas serem importantes durante o tratamento, elas também são úteis para a prevenção da trombose venosa profunda. 

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Fonte: Flávio Henrique Duarte, médico chefe da Equipe de Cirurgia Vascular e Endovascular do Hospital Santa Paula, em São Paulo. 

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