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    AIDS: infecção provocada pelo HIV compromete o sistema imunológico

    Com o tratamento adequado é possível controlar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

    Por Samantha CerquetaniPublicado em 26/12/2024, às 15:21 - Atualizado em 30/12/2024, às 16:14

    aids

     

    Com o tratamento adequado é possível controlar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes 

     

    A AIDS é o estágio mais grave da infecção causada pelo vírus HIV. Apesar de ainda não ter cura, atualmente o tratamento adequado pode controlar a progressão da doença, melhorar a qualidade de vida dos pacientes e prevenir o desenvolvimento da AIDS.

    De acordo com o Ministério da Saúde, em 2023, havia 39,9 milhões de pessoas vivendo com HIV no Brasil e cerca de 630 mil pessoas morreram por doenças relacionadas à AIDS no mundo. Continue a leitura para saber detalhes das causas, formas de prevenção e como é feito o diagnóstico.   

     

     

    AIDS: o que é?

    A AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é uma condição causada pelo HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana), que afeta o sistema imunológico, enfraquecendo a capacidade do corpo de se defender contra infecções e doenças. Trata-se de uma IST (infecção sexualmente transmissível).

    O HIV ataca e destrói as células CD4, que desempenham um papel fundamental na defesa do organismo. Sem o tratamento adequado, o HIV pode evoluir para a AIDS, que é o estágio mais grave da infecção.

    Nesse estágio, há uma drástica redução no número de células CD4, tornando a pessoa vulnerável a infecções oportunistas e alguns tipos de câncer.  

     

    Qual a diferença entre AIDS e HIV?

    Apesar de haver confusão entre os termos, AIDS e HIV não são a mesma coisa.

    O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é o vírus que causa a infecção. Ele ataca o sistema imunológico, mais especificamente as células CD4, que são responsáveis por defender o corpo contra doenças.

    Uma pessoa pode ser diagnosticada com HIV sem apresentar sintomas imediatos, e, com o tratamento adequado, pode viver por muitos anos sem que a infecção evolua para a AIDS.

    A AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) é o estágio mais avançado da infecção pelo HIV. Ela ocorre quando o HIV não é tratado adequadamente, levando a complicações graves de saúde.

    Portanto, a principal diferença entre HIV e AIDS é que o HIV é o vírus responsável pela infecção, enquanto a AIDS é a condição final e mais grave que se desenvolve quando o sistema imunológico está bastante enfraquecido. 

      

    Como a AIDS é transmitida?

    A AIDS não é transmitida diretamente, mas sim o HIV, que é o responsável pela infecção. Quando uma pessoa é contaminada pelo HIV, o sistema imunológico é progressivamente enfraquecido, o que pode levar ao desenvolvimento da AIDS caso não haja tratamento adequado.

    O HIV pode ser transmitido por meio do contato com fluidos corporais infectados, como sangue, sêmen, secreções vaginais e leite materno.

    As principais formas de transmissão do HIV ocorrem por meio de relações sexuais desprotegidas com uma pessoa infectada, compartilhamento de agulhas e seringas contaminadas, e pela transmissão de mãe para filho durante a gravidez, o parto ou a amamentação.  

    Vale destacar, no entanto, que o HIV não é transmitido por contato casual, como apertos de mão, beijos ou o compartilhamento de utensílios. 

     

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    Sintomas da AIDS

    A AIDS é o estágio final da infecção pelo HIV.  Seus sintomas surgem quando o sistema imunológico da pessoa está gravemente comprometido.

    Inicialmente, a infecção por HIV pode ser assintomática ou apresentar sintomas leves, mas, sem tratamento adequado, ela pode evoluir para a AIDS, resultando em complicações graves de saúde.

    Os principais sintomas da AIDS são:  

    • Febre persistente. 
    • Cansaço excessivo. 
    • Perda de peso inexplicada. 
    • Suores noturnos intensos. 
    • Diarreia crônica. 
    • Infecções frequentes (como pneumonia, tuberculose e infecções fúngicas). 
    • Gânglios linfáticos inchados. 
    • Erupções cutâneas. 
    • Infecções graves e cânceres (como sarcoma de Kaposi e linfoma). 

     

    Exames indicados para o diagnóstico de AIDS?

    Para diagnosticar a infecção, são realizados testes de HIV, que identificam a presença do vírus ou os anticorpos produzidos pelo corpo contra ele. A detecção precoce é fundamental para iniciar o tratamento adequado antes que a infecção se desenvolva para a AIDS. 

    Os exames mais utilizados são: 

    • Teste de anticorpos anti-HIV: realizado através de uma amostra de sangue ou fluido oral, este exame verifica se o organismo produziu anticorpos contra o HIV, indicando a infecção. 
    • Teste de carga viral: esse exame mede a quantidade de HIV no sangue, sendo utilizado tanto para o diagnóstico quanto para monitorar a resposta ao tratamento antirretroviral. 
    • Teste rápido: um exame simples e rápido, que pode ser realizado em minutos e detecta anticorpos contra o HIV. É frequentemente realizado em clínicas de saúde pública. 

    Durante o seguimento, os exames podem ser mais detalhados para avaliar o estado do sistema imunológico e possíveis complicações. Entre os exames realizados para monitorar a AIDS estão: 

    • Contagem de células CD4: esse exame verifica o número de células de defesa do corpo. Quando o valor de CD4 cai drasticamente, indica que o HIV evoluiu para a AIDS. 
    • Exames microbiológicos e de sangue: são usados para detectar infecções oportunistas, como pneumonia, tuberculose e candidíase, que afetam mais frequentemente pessoas com AIDS. 
    • Exames de imagem: radiografias e tomografias podem ser indicadas para verificar problemas respiratórios ou linfomas, que são comuns nesta fase da infecção. 

     

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    Formas de tratamento para a AIDS

    O tratamento do HIV e da AIDS é realizado principalmente por meio da terapia antirretroviral, que visa controlar a multiplicação do vírus no corpo, melhorar a saúde geral do paciente e evitar que o HIV evolua para a AIDS.

    Consiste no uso de uma combinação de medicamentos que atuam em diferentes fases da replicação viral, ajudando a reduzir a quantidade de HIV no organismo e a restaurar o número de células CD4, essenciais para a defesa imunológica.

    Para o tratamento do HIV, a adesão contínua ao regime de medicamentos antirretrovirais é fundamental para controlar a infecção e permitir que o paciente tenha uma vida longa e saudável.

    Quando o HIV evolui para a AIDS, o tratamento medicamentoso continua sendo necessário. No entanto, o foco passa a ser também o tratamento de infecções oportunistas e complicações associadas ao sistema imunológico enfraquecido.

    Portanto, pacientes com AIDS podem precisar de medicamentos adicionais, como antibióticos, antifúngicos ou antivirais, para combater essas infecções. 

     

    AIDS: Prevenção

    A prevenção do HIV e da AIDS envolve diversas práticas que visam reduzir o risco de infecção pelo vírus. Algumas das principais formas de prevenção são: 

    • Uso de preservativos: o uso correto e consistente de preservativos masculinos e femininos durante a relação sexual é uma das maneiras mais eficazes de prevenir a transmissão do HIV.
    • Prevenção com medicamentos: O PrEP (profilaxia pré-exposição) é uma estratégia em que um medicamento é tomado por pessoas que não têm HIV, mas estão em risco de contrair o vírus. Ele reduz significativamente a chance de infecção. Já a PEP (profilaxia pós-exposição) é indicada para pessoas que podem ter sido expostas ao HIV, devendo o medicamento ser iniciado o mais rápido possível após a exposição.
    • Evitar compartilhamento de agulhas: pessoas que utilizam drogas injetáveis devem evitar compartilhar agulhas, pois o HIV pode ser transmitido por meio do sangue. 

    Vale lembrar que realizar testes periódicos de HIV é uma forma importante de identificar a infecção de forma precoce, principalmente em populações mais vulneráveis.

    Qual médico procurar?

    Na suspeita de HIV ou AIDS, o médico mais indicado para procurar é o infectologista. Esse especialista realiza o diagnóstico e trata doenças infecciosas, como o HIV, que pode evoluir para a AIDS se não for tratado adequadamente.

     

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    Fonte: Dr. Gabriel Trova Cuba – médico infectologista

     

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