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Chocolate faz bem para a saúde?

Veja algumas desculpas – ou melhor, razões – para incluir pequenas porções de chocolate na rotina

Por Tiemi OsatoPublicado em 07/07/2022, às 18:00 - Atualizado em 25/05/2023, às 14:29
Foto: Shutterstock

Você já ouviu falar que chocolate faz bem para a saúde? Pode parecer uma desculpa para comer esse doce sem peso na consciência, mas é verdade.

No Dia Mundial do Chocolate, comemorado em 7 de julho, saiba mais sobre os benefícios desse alimento e conheça os tipos mais recomendados para consumo. 

1. Traz aquela paz…. 

Um dos efeitos mais bem-vindos é a modulação do humor. O chocolate realmente nos traz uma sensação de bem-estar. E isso é resultado do triptofano presente no cacau. Trata-se de um aminoácido que auxilia na produção de serotonina, o “hormônio do prazer”. 

2. Ajuda a prevenir doenças 

O chocolate também é benéfico à saúde por causa das propriedades antioxidantes dos polifenóis e das procianidinas. Na prática, essas substâncias ajudam a proteger as células contra radicais livres — cujo excesso está ligado a uma série de doenças.

3. Faz bem para o coração 

E há estudos que destacam a relevância de compostos chamados flavonoides. Pesquisas indicam que eles conseguem melhorar a elasticidade dos vasos sanguíneos, assim contribuindo para melhorar o fluxo e a pressão arteriais. 

Acredita-se que isso aconteça em função da concentração de óxido nítrico (uma molécula anti-inflamatória), que aumenta graças aos flavonoides.

Esses compostos ainda têm potencial para proteger o coração, na medida em que reduzem a coagulação sanguínea, e melhorar a atividade cerebral, por aumentarem o fluxo sanguíneo.

Os benefícios dependem da moderação

A princípio, todos os chocolates podem trazer algum benefício à saúde. Mas isso depende muito do nosso consumo. Ingerir muito chocolate de uma só vez significa que estamos ingerindo também muita gordura, açúcar e leite.

Um teor elevado de gordura saturada pode ser prejudicial à circulação do sangue e agravar problemas cardiovasculares. O açúcar em excesso, por sua vez, pode aumentar a glicemia e contribuir para o ganho de peso.

Além disso, o consumo exagerado é capaz de atrapalhar o bom funcionamento do fígado e causar distúrbios digestivos. Os sintomas incluem náusea, refluxo, diarreia, mal-estar, dor no estômago e até dor de cabeça. 

Ok, então benefícios e moderação andam de mãos dadas. Mas qual a quantidade e a frequência adequadas? Isso varia conforme os hábitos de cada um. O mais importante é ter uma alimentação saudável como um todo e não julgar os alimentos como puramente bons ou ruins. 

+LEIA MAIS: Como ter uma relação mais saudável com a comida?

Sabia que é possível comer chocolate diariamente sem que isso seja um risco à saúde? Nesse caso, indica-se uma porção pequena, de 30 a 40 gramas, de chocolate com alto teor de cacau (a partir de 70%).

E vale lembrar que a privação absoluta não é um bom caminho. Esse comportamento pode desencadear sentimentos como ansiedade e culpa e acabar gerando o transtorno de compulsão alimentar.

Como escolher o melhor chocolate

Na hora da compra, fique de olho no rótulo. O melhor é optar por produtos com mais cacau e menos açúcar, gordura e carboidratos — inclusive nas versões diet e light. 

E uma dica: na lista de ingredientes, o que vem em primeiro lugar é sempre o que está em maior quantidade. Tente evitar produtos que colocam o açúcar nas primeiras posições. 

+LEIA MAIS: Como decifrar os rótulos dos alimentos?

Quando falamos de maior teor de cacau, o destaque vai para os chocolates amargos (especialmente aqueles que têm, no mínimo, 70% de cacau). Além de serem fonte de antioxidantes e fibras, contêm magnésio, ferro e selênio e costumam ter menos leite, açúcar, gordura e sódio. 

Se você prefere algo um pouco mais doce, sua tendência será escolher chocolates ao leite. A principal diferença é o menor teor de cacau — cerca de 25%. Isso implica menos antioxidantes e menos benefícios à saúde.

Já quanto ao chocolate branco, é importante ressaltar que ele não é feito a partir da massa do cacau, mas da manteiga do cacau. Isso faz com que esse tipo seja mais calórico e menos vantajoso para o organismo.

Fontes: Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e endocrinologista presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN); Lara Natacci, nutricionista integrante da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (SBAN).

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