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Cisto de Baker: o tratamento deve ir além das medicações para dor e inflamação

Médicos focam em tratar a causa do problema que, em geral, é um desgaste da articulação ou uma lesão interna

Fonte: Dr. Leonardo SugawaraRadiologistaPublicado em 10/07/2025, às 17:51 - Atualizado em 10/07/2025, às 17:51

cisto de baker

Médicos focam em tratar a causa do problema que, em geral, é um desgaste da articulação ou uma lesão interna

Um caroço macio atrás do joelho pode causar preocupação. Mas, frequentemente, trata-se do cisto de Baker, também conhecido pelo nome técnico de cisto ou recesso poplíteo.  

Ele se forma quando o líquido da articulação se acumula na região, normalmente devido a algum problema pré-existente no joelho.  

Isso mesmo: o cisto não é a doença principal, ele mostra que algo, como uma lesão no menisco ou um quadro de artrite, requer cuidado. E identificar esse problema é o passo mais importante para um tratamento eficaz.

 

Cisto de Baker: o que é? 

O cisto de Baker é uma bolsa com líquido sinovial que se comunica com a articulação do joelho e se localiza na parte de trás do joelho. Quando aumenta o líquido no seu interior, pode causar inchaço e que as vezes se assemelha a um nódulo. Mas vamos entender melhor como isso acontece? 

O líquido sinovial é uma substância gelatinosa que já existe nas nossas articulações e tem a função de lubrificar a junta (articulação) e facilitar os movimentos. Quando há um problema no joelho, o corpo pode produzir esse líquido em excesso. E este excesso pode se acumular na parte de trás da articulação, aumentando o cisto. Por isso, ele é considerado um tipo de cisto sinovial. 

Possíveis causas 

O cisto de Baker quase sempre acontece por um problema já existente na articulação, como um desgaste ou lesão. A artrite é uma das causas mais frequentes. Tanto a osteoartrite, ligada ao desgaste pela idade ou uso excessivo, quanto a artrite reumatoide, uma doença autoimune. 

Outros fatores que podem contribuir para o surgimento do cisto de Baker são: 

  • Lesões nos ligamentos do joelho, como o ligamento cruzado anterior (LCA). 
  • Lesões dos meniscos. 
  • Traumas ou ferimentos diretos na articulação. 
  • Uso excessivo da articulação, comum em atletas de alto rendimento. 
  • Outras doenças inflamatórias que afetam as articulações. 

Sintomas do cisto de baker

O sintoma mais comum é um inchaço ou nódulo visível atrás do joelho. Ele pode ser macio ao toque e, muitas vezes, o único sinal presente. Mas a pessoa também pode sentir dor na região do joelho e na panturrilha, além de uma sensação de aperto ou rigidez, especialmente ao esticar ou dobrar completamente a perna.

Outros sintomas possíveis são uma certa dificuldade para movimentar a articulação e sensação de pressão na parte de trás do joelho.

Em casos raros, o cisto pode se romper. Se isso acontecer, o líquido extravaza para a panturrilha e isso pode provocar uma dor aguda e repentina, vermelhidão e inchaço na perna. Os sintomas podem ser bem parecidos com os de uma trombose venosa.

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Quando procurar por um médico?

É sempre bom procurar um médico se aparecer um caroço ou inchaço atrás do joelho. Mesmo que você não sinta dor, investigue. Só o especialista – como o ortopedista ou o reumatologista – poderá confirmar se é realmente um cisto de Baker e descartar outras condições mais graves.

Mas você deve procurar atendimento com urgência se o inchaço for acompanhado de dor forte e repentina na panturrilha. Esses podem ser sinais tanto de um rompimento do cisto como de lesões musculares ou mesmo de uma trombose, que é uma condição que requer cuidados imediatos.

Exames utilizados no diagnóstico do cisto de baker

O primeiro exame é o físico, feito na consulta inicial. Nele, o médico palpa o inchaço para sentir sua consistência e verificar a mobilidade do joelho. Então, geralmente, se houver dúvida do diagnóstico, pode ser necessário solicitar uma ultrassonografia e/ ou ressonância magnética, para confirmar se o nódulo contém líquido (o que o diferencia de um tumor, que é sólido), além de avaliar o tamanho do cisto e se há sinais de rompimento.

Se uma análise mais profunda for necessária, o exame indicado é a ressonância magnética do joelho. Ela mostra o cisto com clareza e revela a condição interna da articulação. Assim, o médico pode identificar a causa primária do cisto, como uma lesão de menisco ou o desgaste da cartilagem.

Em alguns casos, o raio-x pode ser usado para verificar a presença de artrite na articulação.

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Formas de tratamento

O tratamento do cisto de Baker visa resolver a causa do problema. Tratar apenas o cisto, sem cuidar da lesão ou da doença que o originou, geralmente não irá resolver o problema. O cisto pode diminuir, mas provavelmente voltará.

As primeiras medidas costumam ser conservadoras. O médico pode indicar repouso, aplicação de compressas de gelo e analgésicos e anti-inflamatórios para controlar a dor e o inchaço. Além disso, fisioterapia para fortalecer os músculos e melhorar a flexibilidade.

Se as medidas iniciais não resolverem, o médico pode usar as seguintes abordagens:

  • Aspiração: neste procedimento, o médico usa uma agulha para drenar o líquido de dentro do cisto. Isso proporciona um alívio rápido dos sintomas, mas o cisto pode voltar a encher se a causa não for tratada. 
  • Injeção de corticosteroides: após a aspiração, o médico pode aplicar uma injeção com este tipo de anti-inflamatório. O medicamento ajuda a reduzir a inflamação local e diminui a chance de o cisto retornar. 
  • Cirurgia: ela é recomendada para corrigir o problema de base, como reparar um menisco rompido ou tratar a artrite. E, neste caso, geralmente, o cisto é removido na mesma operação.

 

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