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    Como não cair em fake news sobre saúde

    Cuidado. É nas redes sociais que circulam a maioria das notícias falsas

    Por Gislene PereiraPublicado em 22/04/2022, às 13:57 - Atualizado em 25/05/2023, às 16:10
    Celular com uma fake newsFoto: Shutterstock

    Aprendemos com a pandemia de Covid-19 que o vírus Sars-CoV-2 tem uma capacidade impressionante de se espalhar – tanto que o número de contaminados pela doença chega hoje a mais de 448 milhões de pessoas em todo o mundo.  Nesse mesmo período, tão rápido quanto a disseminação da doença foi a propagação das fake news pelas redes sociais.

    Com um potencial muito alto de se alastrar devido à facilidade no compartilhamento, as notícias falsas foram visualizadas mais de 117 milhões de vezes, apenas no Facebook, de acordo com um levantamento realizado pela Avaaz em abril de 2020.

    Num estudo realizado na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), foi verificado que a maioria dos usuários das redes se identifica muito mais com a linguagem pessoal dos vídeos testemunhais (como os que circulam no Youtube) do que com o conteúdo publicado em sites de órgãos de saúde.

    Para que a desinformação não coloque sua saúde física e mental em risco, levantamos três dicas que ajudam a identificar a veracidade das notícias que chegam até você pelo celular.

    1. Acompanhe um veículo de comunicação tradicional

    Você pode até achar mais prático se informar pelo WhatsApp, mas essa não é a forma mais segura. Tente acompanhar as notícias transmitidas em emissoras de TV, de rádio ou nos sites de empresas de comunicação que já vêm fazendo um trabalho jornalístico confiável no mundo digital.

    Ainda que as marcas tradicionais apresentem seu conteúdo em plataformas modernas como o Youtube, os streamings de áudio e as redes sociais, elas têm necessariamente um trabalho de checagem por trás de cada postagem.

    2. Procure um médico antes de dar início a qualquer tratamento

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu as fakes news sobre o coronavírus como “mais mortais que qualquer outra desinformação”. Isso porque, quando se fala em saúde, qualquer medida relacionada ao uso ou à suspensão de medicamentos deve ser obrigatoriamente discutida com um médico de confiança.

    Caso tenha alguma dificuldade para visitar um profissional, agende uma teleconsulta, prática regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina durante a pandemia.

    3. Acompanhe iniciativas de combate as fake news de saúde

    Diversas entidades e veículos de comunicação fazem um trabalho árduo de combate a notícias falsas que circulam na internet – como a Fato ou Fake, a Agência Lupa e a Questão de Ciência, revista digital produzida pelo instituto de mesmo nome que tem, entre seus objetivos, apontar e corrigir a falsificação e a distorção do conhecimento científico na arena pública.

    Fontes: Natália Pasternak, microbiologista e pesquisadora do Instituto de Ciência Biomédicas da USP (ICB); Isabela Pimentel, professora de conteúdo digital da pós-graduação da ESPM Rio.

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