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    Coriza: o que pode deixar o nariz escorrendo?

    Alergias e infecções respiratórias são as causas mais comuns para o problema

    Por Danielle SanchesPublicado em 30/04/2025, às 10:23 - Atualizado em 30/04/2025, às 10:23

    coriza

    Os pais de crianças pequenas a conhecem bem, especialmente durante o ano letivo. A coriza é um incômodo que aparece algumas vezes ao longo da vida de todo mundo. Embora pareça só um incômodo passageiro, o famoso “nariz escorrendo” é um sinal de diferentes quadros clínicos, do simples resfriado a condições alérgicas e inflamatórias, e merece atenção principalmente quando persiste por muitos dias ou se torna crônico. Continue a leitura para saber mais.

    O que é a coriza? 

    Coriza é o termo médico para descrever a secreção excessiva de muco nasal, geralmente de consistência líquida e transparente em seus estágios iniciais – mas que pode variar de coloração e consistência a depender da causa.  

    A função principal do muco é umedecer e proteger as mucosas nasais, “prendendo” e impedindo que partículas estranhas como poeira, vírus e bactérias entrem no organismo. A produção aumentada de coriza, assim, é uma resposta natural do organismo a alguma irritação ou inflamação nas vias respiratórias. 

    Embora esteja frequentemente associada a infecções virais, como o resfriado e a gripe, a coriza pode ser desencadeada por uma série de fatores, incluindo alergias, mudanças de temperatura, poluição e até mesmo por emoções intensas. Ela também pode vir acompanhada de outros sintomas, como espirros, congestão nasal, coceira no nariz e/ou dor facial. 

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    Principais causas para a coriza? 

    Entre as causas mais comuns para a coriza, podemos citar: 

    • Infecções virais, como resfriados e a gripe, que provocam inflamação da mucosa nasal e levam à produção excessiva de muco. 
    • Rinite alérgica, causada por uma reação ao entrar em contato com alérgenos como pólen, ácaros, pelos de animais, entre outros. 
    • Mudanças climáticas, principalmente quedas de temperatura, favorecem a irritação das vias aéreas e estimulam o aumento da produção de muco. 
    • Exposição a agentes irritantes, como fumaça, perfumes fortes ou poluição, pode estimular o sistema respiratório a liberar mais muco. 

    Outras condições menos comuns, mas que também podem causar coriza, incluem: 

    • Ar seco: a baixa umidade do ar pode irritar as mucosas nasais, levando ao aumento da produção de muco. 
    • Desvio de septo nasal: uma alteração na estrutura do nariz pode dificultar a drenagem nasal e contribuir para o acúmulo de muco. 
    • Uso excessivo de descongestionantes nasais: o uso prolongado desses medicamentos pode levar a um efeito rebote, causando congestão nasal e coriza. 
    • Pólipos nasais: crescimentos anormais no revestimento nasal ou dos seios da face podem obstruir a passagem do ar e aumentar a produção de muco. 

    Formas de prevenir a gripe e seus sintomas 

    A coriza é o sintoma mais comum de infecções respiratórias, incluindo a gripe. E a melhor forma de evitar essas doenças é a prevenção.  

    Nesse sentido, a vacina da gripe é a principal forma de proteção contra o vírus Influenza, especialmente para grupos mais vulneráveis como idosos, gestantes, puérperas, crianças e pessoas com doenças crônicas.  

    Uma das versões do imunizante que está disponível no mercado brasileiro é a Efluelda, vacina que contém uma concentração maior de antígenos e é indicada para pessoas com 60 anos ou mais por oferecer uma resposta imunológica mais potente. 

    Além da vacinação, outras medidas ajudam a reduzir o risco de infecção: 

    • Higienizar as mãos com água e sabão ou solução alcoólica com frequência; 
    • Evitar contato próximo com pessoas com sintomas respiratórios (como nariz escorrendo e tosse); 
    • Manter os ambientes bem ventilados e evitar aglomerações; 
    • Utilizar máscara quando precisar estar em locais com alta circulação de pessoas. 

    Coriza constante: o que pode ser? 

    Quando a coriza persiste por semanas ou se torna frequente, é necessário investigar o que pode estar por trás do problema. A rinite é uma das principais suspeitas nesses casos, especialmente quando os episódios se intensificam em determinados períodos do ano ou em ambientes específicos. 

    A coriza contínua também pode estar relacionada distúrbios hormonais, uso prolongado de descongestionantes nasais ou até alterações anatômicas, como desvio de septo nasal.  

    Quando procurar por um médico? 

    Se a coriza vier acompanhada de febre, dor de cabeça intensa, secreção purulenta, sangramento nasal e/ou dificuldade para respirar, é hora de procurar orientação médica.  

    No entanto, a simplesmente presença da coriza por um período prolongado também é um indicativo de que é preciso consultar um otorrinolaringologista para avaliar o que pode estar provocando o problema.  

    Exames que auxiliam no diagnóstico das causas 

    O diagnóstico das causas da coriza pode exigir a realização de alguns exames, principalmente quando os sintomas são recorrentes ou não respondem bem aos tratamentos convencionais. Entre os exames que podem ser requisitados pelo médico, estão: 

    • Testes alérgicos, para verificar a sensibilidade a alérgenos específicos; 
    • Nasofibroscopia, que permite uma avaliação detalhada das vias aéreas superiores; 
    • Tomografia dos seios da face, usada em casos de suspeita de sinusite crônica e presença de pólipos nasais; 
    • Exames de sangue, que ajudam a identificar infecções e/ou processos inflamatórios; 
    • Cultura de secreção nasal, para identificar a presença de bactérias ou fungos em casos de suspeita de infecção. 

    Tratamentos para a coriza 

    O tratamento para a coriza é definido após o diagnóstico da causa do problema. Quadros de gripe e resfriados, por exemplo, devem ser tratados com medidas paliativas como repouso, hidratação e uso de medicamentos sintomáticos, como analgésicos e antitérmicos, para aliviar os sintomas.  

    Soluções salinas nasais também podem ajudar a fluidificar a secreção e diminuir o incômodo da congestão nasal.  

    No caso de alergias, é importante evitar o contato com os alérgenos identificados. Medicamentos anti-histamínicos, corticosteroides nasais e, em alguns casos, imunoterapia (vacinas antialérgicas) podem ser prescritos para controlar os sintomas. 

    Nos quadros de sinusite, o tratamento pode envolver o uso de antibióticos (em casos de infecção bacteriana), corticosteroides nasais, descongestionantes e lavagem nasal com solução salina. Nos casos de sinusite crônica, pode ser necessária intervenção cirúrgica para melhorar a drenagem dos seios da face. 

    Por fim, é importante reforçar que a automedicação, especialmente o uso de descongestionantes nasais, não é recomendada, pois o uso excessivo pode levar a um efeito rebote e piorar a congestão nasal.

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    Fonte: Dra. Ligia Pierrotti – Infectologista 

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