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Criptorquidia: problema é mais comum em bebês prematuros

Se não for solucionada, condição pode trazer complicações de saúde

Por Tiemi OsatoPublicado em 03/01/2025, às 16:46 - Atualizado em 10/01/2025, às 16:12

criptorquidia

Os testículos são glândulas que ficam localizadas dentro da bolsa escrotal, sendo responsáveis pela produção de testosterona e espermatozoides – por isso, têm grande importância para a fertilidade e para o desenvolvimento de características masculinas. Um dos problemas que podem acometer tais estruturas é a criptorquidia. 

 

 

Criptorquidia: o que é? 

A criptorquidia é uma condição em que um ou ambos os testículos não descem para a bolsa escrotal como deveriam. Normalmente, os testículos se desenvolvem na região abdominal do feto e, ao final da gestação, migram para a bolsa escrotal. Quando esse processo não ocorre conforme o esperado, configura-se a criptorquidia. 

Criptorquidia unilateral 

Se apenas um testículo não estiver na bolsa escrotal, o quadro é chamado de criptorquidia unilateral. Na maioria das vezes, os pacientes apresentam esse tipo de alteração. 

Criptorquidia bilateral 

Se os dois testículos estiverem fora da bolsa escrotal, utiliza-se o termo criptorquidia bilateral, sendo essa uma forma mais rara da condição. 

 

Possíveis causas para a criptorquidia 

Não se sabe exatamente o que causa criptorquidia. Considera-se que essa condição pode estar associada a características anatômicas (relacionadas à musculatura abdominal, por exemplo), deficiências hormonais (como falta de Beta hCG e/ou testosterona) e fatores genéticos (síndromes genéticas e/ou histórico de criptorquidia na família podem aumentar o risco de o bebê nascer com essa condição). 

Também se sabe que a criptorquidia é mais frequente em casos de prematuridade, afetando aproximadamente 30% dos recém-nascidos prematuros e 3,4% dos recém-nascidos a termo, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). 

 

Sinais da criptorquidia

Geralmente, a criptorquidia é detectada logo após o nascimento, durante o exame físico do bebê. O principal sinal dessa condição é a ausência de um ou ambos os testículos na bolsa escrotal. Em alguns casos, é possível identificar a posição anormal do testículo, palpando-o no abdômen ou na virilha. 

 

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Qual médico procurar? 

Casos de criptorquidia costumam ser avaliados pelo pediatra ou pelo urologista. O diagnóstico é clínico, podendo ser complementado com exames de sangue (para dosar hormônios, por exemplo) e de imagem (como ultrassonografia) se houver necessidade. 

É importante que pacientes com criptorquidia sejam acompanhados por um médico, pois essa condição pode trazer complicações se não for solucionada, aumentando o risco para infertilidade e câncer testicular no futuro. 

 

Tratamento para a criptorquidia 

Muitas vezes, o testículo desce espontaneamente para a bolsa escrotal nos primeiros três meses de vida. Portanto, nesse período inicial pode ser feito um acompanhamento vigilante, apenas com consultas regulares e sem uma intervenção específica. 

Os tratamentos são recomendados quando o testículo ainda está fora da bolsa escrotal e o bebê já completou seis meses de vida. A principal abordagem é a cirúrgica e ela deve ser feita, preferencialmente, até os doze meses de vida da criança. Denominada orquidopexia, essa operação é capaz de reposicionar o testículo, colocando-o na bolsa escrotal. 

Embora a conduta cirúrgica seja a mais comum, em alguns casos pode haver indicação de tratamento medicamentoso. Nessas situações, a descida do testículo é estimulada por meio de hormônios como testosterona (fundamental para o sistema reprodutor masculino) e hCG (que contribui para a produção de testosterona).

 

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Fonte: Dra. Camila Luizetto, médica pediatra

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