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    Derrame pleural causa dor no peito e falta de ar

    Acúmulo de líquido na pleura pode indicar doenças graves; entenda os sinais e saiba quando procurar auxílio médico

    Por Danielle SanchesPublicado em 12/03/2025, às 11:24 - Atualizado em 12/03/2025, às 14:00

    derrame pleural

    O derrame pleural é uma condição caracterizada pelo acúmulo anormal de líquido na pleura, como é chamada a membrana que reveste os pulmões e a parede torácica. No Brasil, alguns estudos indicam que entre 20% e 30% dos pacientes internados com PAC (pneumonia adquirida na comunidade) sofrem com o problema – que também acomete com frequência os pacientes oncológicos. A condição nem sempre é percebida quando começa, já que não causa dor ou desconforto imediatamente. Veja a seguir quais os sinais do problema e como é feito o tratamento dele.

    Derrame pleural: o que é? 

    O derrame pleural é o acúmulo anormal de líquido na cavidade pleural, localizada entre as duas camadas da pleura, membrana que reveste os pulmões e a parede torácica: a visceral, que envolve os pulmões, e a parietal, que reveste a cavidade torácica.

    Esse espaço normalmente contém uma pequena quantidade de líquido que age como lubrificante para facilitar o movimento dos pulmões durante a respiração. No entanto, quando há um desequilíbrio na produção e/ou na absorção desse líquido, ele se acumula, causando a condição.

    O derrame pleural pode ser classificado em dois tipos: transudativo, geralmente associado a problemas sistêmicos como insuficiência cardíaca; e exsudativo, que está mais relacionado a inflamações ou infecções locais, como pneumonia ou câncer. 

    O que provoca o derrame pleural? 

    As causas do derrame pleural estão ligadas a condições médicas como:

    • Doenças cardíacas: a insuficiência cardíaca é uma das causas mais comuns de derrame pleural transudativo, pois o coração não consegue bombear o sangue de forma eficiente, levando ao acúmulo de líquido no peito. 
    • Infecções: pneumonia, tuberculose e outras infecções pulmonares podem causar inflamação na pleura, resultando em derrame exsudativo. 
    • Câncer: tumores na pleura (mesotelioma) ou metástases de outros cânceres na região peitoral podem levar ao acúmulo de líquido. 
    • Embolia pulmonar: a obstrução de artérias pulmonares por coágulos também pode desencadear o problema. 

    Além dessas, outras condições, como cirrose hepática e doenças autoimunes, também podem estar associadas ao derrame pleural.

    Sintomas do derrame pleural 

    Os sintomas do derrame pleural variam de acordo com a quantidade de líquido acumulado e a causa do problema. Geralmente, nos casos leves, a condição pode ser assintomática, sendo detectada apenas em exames de rotina.

    No entanto, quando o volume de líquido acumulado é significativo, os sinais mais comuns são: 

    • Falta de ar, especialmente durante esforços físicos; 
    • Dor no tórax, que pode piorar ao respirar profundamente ou tossir; 
    • Tosse seca ou com catarro; 
    • Febre, em casos de infecção; 
    • Sensação de peso ou pressão no tórax; 
    • Cansaço; 
    • Respiração rápida e superficial; 
    • Febre e calafrios (em caso de infecções). 

    É importante destacar que a falta de ar é um dos sintomas mais preocupantes, pois indica que o líquido está comprimindo os pulmões e dificultando a respiração. 

    Qual médico procurar? 

    O médico especialista mais indicado para diagnosticar e tratar o derrame pleural é o pneumologista, especializado em cuidados dos pulmões.  

    Exames indicados para o diagnóstico 

    O diagnóstico do derrame pleural começa com uma avaliação clínica, na qual o médico analisa os sintomas e o histórico do paciente. Em seguida, ele irá solicitar alguns exames para confirmar ou descartar a hipótese diagnóstica. Os principais exames dessa lista são: 

    • Ultrassonografia: ajuda a guiar a coleta de líquido para análise (ver abaixo); 
    • Toracocentese: procedimento no qual o líquido acumulado no tórax é retirado para análise laboratorial, ajudando a determinar se o derrame é transudativo ou exsudativo. 
    • Biópsia de pleura: feita com uma agulha externa ou por videotoracoscopia. 

    Esses exames são fundamentais não apenas para confirmar o diagnóstico como também para orientar o médico na escolha do tratamento mais adequado para cada caso. 
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    Formas de tratamento para o derrame pleural 

    O tratamento do derrame pleural depende da causa de origem do problema. As opções incluem:  

    • Drenagem pleural: procedimento no qual um tubo fino é inserido na pleura para remover o excesso de líquido acumulado na cavidade; 
    • Uso de antibióticos: indicado quando o derrame pleural é causado por infecções bacterianas, como pneumonia e tuberculose; 
    • Medicamentos diuréticos: podem ser usados para reduzir o acúmulo de líquido no corpo (incluindo na cavidade torácica); 
    • Pleurodese: técnica que une as camadas da pleura para evitar novo acúmulo de líquido; é indicada em casos em que o problema persiste, em especial, em pacientes oncológicos.

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    Fonte: Dr. Elie Fiss – pneumologista na Dasa

     

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