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    Dieta vegetariana: tipos e principais benefícios

    É possível ter uma alimentação balanceada restringindo o consumo de produtos de origem animal

    Por Samantha CerquetaniPublicado em 26/12/2022, às 10:00 - Atualizado em 02/05/2023, às 14:01
    dieta vegetarianaImagem: Shutterstock

    A carne sempre foi um alimento presente nas principais refeições da maioria dos brasileiros. No entanto, atualmente, é crescente o número de pessoas que optam por restringir o seu consumo ou eliminar a carne completamente da dieta.

    De acordo com dados da SVB (Sociedade Vegetariana Brasileira), 46% dos brasileiros já deixam de comer carne, por vontade própria, pelo menos uma vez na semana.

    Mas, você sabia que existem vários formatos dentro da proposta do vegetarianismo? A seguir, veja as principais.

    dieta vegetarianaArte: Andrea Petkevicius

    Decidi parar de comer carne. O que devo fazer?

    Independentemente do modelo escolhido, sempre é importante se preocupar em ter uma alimentação equilibrada, que forneça quantidades adequadas de carboidratos, proteínas, gorduras, fibras e micronutrientes.

    “Toda vez que fazemos uma mudança na alimentação é importante seguir a orientação de um especialista capacitado. Quem decide parar de comer carne precisa fazer substituições adequadas e saber quais são as fontes de proteínas indicadas, por exemplo”, explica Fernanda de Luca, nutróloga e presidente da ABMV (Associação Brasileira de Médicos Vegetarianos).

    Quais são os benefícios?

    É possível ter uma alimentação balanceada e prazerosa restringindo o consumo de carne e outros produtos de origem animal. Atualmente, existem diversas opções de produtos, receitas e combinações interessantes.

    “O reino vegetal tem uma infinidade de possibilidades de nutrientes e sabores. Uma alimentação vegetariana equilibrada e saudável pode trazer muitos benefícios à saúde, auxiliando na redução do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, além de diminuir o risco de obesidade, hipertensão e até alguns tipos de câncer”, destaca Marcela Worcemann, nutricionista especialista em nutrição plant based e esportiva.

    Alguns benefícios:

    • Auxilia na saúde intestinal;
    • Ajuda no controle da glicemia, ou seja, diminui o risco de diabetes;
    • Ajuda a controlar o colesterol “ruim”;
    • Aumenta a saciedade e ajuda no processo de perda e manutenção de peso corporal;
    • Ajuda no fortalecimento da imunidade;
    • Auxilia na prevenção de doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.

    Além disso, a redução da carne da dieta pode diminuir o impacto ambiental relacionado à pecuária. Isso porque a prática é uma das maiores responsáveis pelas emissões de gases de efeito estufa e desmatamento.

    Para quem decide seguir uma alimentação sem carne, é importante  priorizar os alimentos mais íntegros e naturais, como frutas, verduras, legumes, cereais, leguminosas, tubérculos, sementes e oleaginosas. Esta é a melhor forma de usufruir os benefícios da dieta vegetariana.

    +LEIA MAIS: Como decifrar os rótulos dos alimentos?

    Possíveis riscos para a saúde

    De acordo com as especialistas consultadas, os riscos estão relacionados à falta de planejamento alimentar.

    A deficiência de nutrientes essenciais ao bem-estar físico e psicológico podem impactar a vida da pessoa, levando a déficits nutricionais. Em alguns casos, pode causar cansaço, irritação, perda muscular, entre outras condições.

    Para ser vegano ou vegetariano é preciso gastar mais?

    Na maioria das vezes, não.  Geralmente, priorizam-se alimentos naturais, encontrados na feira e bastante acessíveis — atualmente mais do que a carne.

    Muitas vezes, a imagem do veganismo ser cara ocorre devido ao preço dos produtos industrializados. No entanto, esses itens não deveriam ser a base da alimentação vegana. O ideal seria que fossem usados como complementos ou como uma exceção.

    “É totalmente possível ter uma alimentação saudável, balanceada, sem consumir alimentos de origem animal. Pode ser interessante começar devagar, diminuindo a carne aos poucos. E ao mesmo tempo, vale a pena aumentar a quantidade de leguminosas (como feijão e lentilha) e também incluir mais frutas, legumes e verduras nas refeições”, explica Fernanda de Luca.

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