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    Febre reumática: entenda os sintomas e causas

    Complicação rara pode surgir após uma infecção na garganta mal curada

    Por Danielle SanchesPublicado em 03/04/2024, às 16:58 - Atualizado em 04/04/2024, às 08:43

    febre reumatica

    A febre reumática é uma complicação rara que ocorre após uma infecção na garganta – que pode ser uma amidalite ou faringite, por exemplo — causada pela bactéria Streptococcus e que tenha sido tratada na maioria das vezes de forma inadequada.

    A condição provoca uma resposta inflamatória exacerbada do corpo, afetando o coração, as articulações, o sistema nervoso e a pele. Continue a leitura para entender melhor como esse quadro evolui e como é feito o tratamento.  

    O que é febre reumática? 

    A febre reumática é uma condição inflamatória após uma infecção (geralmente na garganta) provocada pela bactéria Streptococcus e que não tenha sido tratada adequadamente na maioria dos casos.  

    É uma condição considerada rara atualmente e que já foi muito associada à infância e adolescência, já que era mais comum em indivíduos entre 5 e 15 anos (embora possa também afetar adultos).  

    Vale lembrar que a infecção pela bactéria Streptococcus também é conhecida por poder provocar, em alguns casos, outro tipo de complicação, a escarlatina. 

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    O que causa febre reumática? 

    A febre reumática é desencadeada por uma resposta imunológica exacerbada do corpo à infecção bacteriana. Com isso, as células de defesa do organismo passam a atacar os próprios tecidos do corpo, provocando inflamação no coração e nas articulações, entre outros.  

    Quais são os sintomas de febre reumática? 

    Os sintomas da febre reumática podem variar de acordo com a gravidade da doença e surgem cerca de duas semanas após a ocorrência da infecção. Os sintomas mais comuns na fase aguda da doença incluem: 

    • Cardite (inflamação do coração); 
    • Dores e inchaços nas articulações; 
    • Eritema marginado (lesões avermelhadas na pele); 
    • Nódulos subcutâneos. 

    As dores articulares podem ser bastante intensas e impedir o paciente de andar. Quando atinge o coração, também podem ocorrer sintomas como cansaço constante, falta de ar e taquicardia.  

    Febre reumática é grave? Quais são os riscos? 

    Sim, a febre reumática é uma condição séria, mas que pode ser tratada e controlada com acompanhamento médico adequado. O maior risco da condição é se transformar em uma condição crônica e causar danos permanentes aos órgãos nobres, como o coração, provocando insuficiência e mal funcionamento dele.  

    Como é feito o diagnóstico? 

    O diagnóstico da febre reumática é feito com base nos sintomas do paciente, no histórico de infecção pela bactéria Streptococcus, exames de sangue (para buscar anticorpos para a bactéria) e também cultura a partir de amostra coletada na garganta do paciente.  

    Também podem ser requisitados exames de imagem e eletrocardiograma para avaliar os possíveis danos ao coração, caso o médico julgue necessário.  

    Quanto tempo a febre reumática pode durar? 

    A duração da febre reumática pode variar de acordo com a gravidade dos sintomas e com a resposta ao tratamento – que, quanto mais precoce, mais chances têm de evoluir de forma positiva.  

    Em casos leves, por exemplo, os sintomas podem durar apenas algumas semanas. No entanto, quando o quadro é considerado grave, a condição pode persistir por meses. 

    Como é feito o tratamento? 

    A recomendação do Ministério da Saúde é de que, a partir do diagnóstico da febre reumática, o paciente receba anti-inflamatórios para controlar a evolução do quadro; e ainda, como forma de prevenir novos episódios, tome injeções intramusculares de penicilina benzatina (um tipo de antibiótico) para evitar que a infecção retorne — o número de doses pode variar de acordo com a orientação médica.  

    É possível prevenir a febre reumática?  

    Sim, febre reumática pode ser prevenida ao realizar o diagnóstico precoce e o tratamento adequado de infecções provocadas pela bactéria Streptococcus. 

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    Fonte: Dra. Sumire Sakabe, infectologista do Hospital Nove de Julho (SP). 

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