Fosfatase alcalina: substância tem relação com o fígado e os ossos
Dosagem dessa enzima é feita a partir de uma coleta de sangue simples
O exame de fosfatase alcalina costuma ser solicitado para investigar a saúde do fígado ou dos ossos. Ele pode ser útil tanto para o diagnóstico quanto para o acompanhamento de condições hepáticas ou ósseas.
Neste artigo, você vai ler:
O que é fosfatase alcalina?
A fosfatase alcalina é uma enzima (um tipo de proteína) presente em diversas partes do organismo humano, principalmente no fígado e nos ossos.
Essa substância tem funções importantes, como por exemplo:
- Ajudar a manter a dureza e a resistência dos ossos;
- Contribuir para a liberação de bile (líquido produzido pelo fígado e necessário para a digestão de gorduras).
Como é feito o exame de fosfatase alcalina?
O exame de fosfatase alcalina é feito a partir de uma coleta de sangue comum.
Na maioria das vezes, esse exame é utilizado como uma ferramenta para avaliar a saúde dos ossos ou do fígado – seja para chegar a um diagnóstico ou para acompanhar condições já diagnosticadas.
Quais são os valores de referência?
Em geral, o intervalo de referência para adultos no exame de fosfatase alcalina é de 30 a 120 U/L (unidades por litro).
No entanto, os valores de referência podem variar conforme o laboratório e o método de análise. Além disso, o intervalo considerado normal depende da idade e do sexo da pessoa.
No caso de crianças e adolescentes, por exemplo, pode haver concentrações mais altas de fosfatase alcalina em função da maior atividade óssea em períodos de crescimento.
Mulheres grávidas também podem apresentar maior quantidade de fosfatase alcalina devido à produção dessa enzima pela placenta.
Por isso, é sempre importante se atentar às informações fornecidas pelo laboratório no laudo do exame e consultar um médico para que haja uma interpretação adequada do resultado.
Fosfatase alcalina alta: o que pode ser?
A fosfatase alcalina alta no sangue pode ser um indício de várias condições diferentes. As principais são aquelas associadas ao fígado ou aos ossos, como:
- Obstrução biliar;
- Hepatite;
- Cirrose;
- Tumores hepáticos;
- Doença de Paget Óssea;
- Osteomalácia;
- Raquitismo;
- Fraturas em processo de cicatrização;
- Tumores ósseos.
Também é possível que os níveis de fosfatase alcalina estejam elevados por causa do uso de medicamentos (alguns antibióticos, antifúngicos, anticonvulsivantes, entre outros).
Se uma pessoa apresentar fosfatase alcalina alta, investigações complementares devem ser realizadas para determinar a causa desse aumento. Apenas o exame de fosfatase alcalina não é suficiente para chegar a um diagnóstico.
Sintomas de fosfatase alcalina alta
A fosfatase alcalina alta por si só não causa sintomas. O que pode gerar manifestações é a condição responsável pelo aumento dessa enzima. No caso de condições hepáticas, pode haver sintomas como:
- Icterícia (amarelamento da pele e dos olhos);
- Dor abdominal;
- Fadiga;
- Perda de apetite;
- Urina escura;
- Fezes pálidas;
- Náuseas;
- Vômitos.
Já no caso de condições ósseas, o paciente pode apresentar:
- Dor nos ossos;
- Deformidade óssea;
- Fraturas frequentes ou fáceis;
- Crescimento ósseo anormal;
- Problemas dentários.
Fosfatase alcalina baixa: o que pode ser?
A fosfatase alcalina baixa é menos comum. Inclusive, muitas vezes um valor isoladamente baixo – ou seja, com outros exames normais – pode não ser significativo do ponto de vista clínico.
Mas quando a fosfatase alcalina baixa é acompanhada de mais alterações, ela pode estar relacionada a:
- Hipofosfatasia;
- Desnutrição;
- Deficiência de zinco;
- Hipotireoidismo;
- Doença celíaca;
- Anemia perniciosa.
Sintomas de fosfatase alcalina baixa
A fosfatase alcalina baixa por si só não causa sintomas. O que pode gerar manifestações é a condição responsável pela diminuição dessa enzima.
Qual médico procurar?
Casos de alteração no nível de fosfatase alcalina podem ser investigados e, se necessário, tratados por diferentes médicos.
Como o exame de fosfatase alcalina é mais utilizado para avaliar a saúde dos ossos e do fígado, é mais comum que haja o envolvimento de:
- Gastroenterologistas;
- Hepatologistas;
- Reumatologistas;
- Ortopedistas.
Também é possível que um clínico geral ou um médico de família inicie a avaliação e, depois, encaminhe o paciente para um especialista específico.