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    Hérnia umbilical: condição projeta a região do umbigo e pode causar dor ou complicações

    Nas crianças, em boa parte dos casos, a condição tende a se resolver espontaneamente

    Por Samantha CerquetaniPublicado em 18/02/2025, às 10:40 - Atualizado em 18/02/2025, às 17:26

    hernia umbilical

     

    A hérnia umbilical é caracterizada por uma saliência ao redor do umbigo, ocorrendo quando uma parte do intestino ou gordura abdominal atravessa uma fraqueza na parede abdominal. Os sintomas mais comuns incluem uma protuberância visível, dor ou desconforto na região e, em casos mais graves, alteração na cor da protuberância, o que pode indicar complicações.

    Estima-se que a hérnia umbilical esteja presente em até 30% das crianças, sendo mais comum em bebês prematuros ou com baixo peso ao nascer. Já em adultos, estima-se que aproximadamente 2% a 3% da população possa desenvolver essa condição. Continue a leitura para conhecer mais sobre as causas, os exames utilizados no diagnóstico e as opções de tratamento.

    Hérnia umbilical: o que é?

    A hérnia umbilical ocorre quando uma parte do intestino ou gordura abdominal sai por uma abertura ou fraqueza na parede muscular do abdômen, que normalmente protege os órgãos internos. Quando os músculos abdominais se tornam enfraquecidos, pode ocorrer o escape de tecido, criando uma protuberância no abdômen, conhecida como hérnia.

    Quando essa protuberância se localiza ao redor ou no umbigo, é chamada de hérnia umbilical. Essa condição é mais comum em bebês e crianças, fazendo com que a região do umbigo se projete mais do que o restante da barriga.

    Hérnia umbilical em adultos: quais são os riscos?

    A hérnia umbilical em adultos pode acarretar riscos se não for tratada adequadamente. Um dos principais problemas é o estrangulamento, que ocorre quando uma parte do intestino ou gordura fica presa na abertura da hérnia e o fornecimento de sangue é interrompido.  

    Isso pode levar à morte do tecido afetado, gerando complicações graves, como infecções e danos aos órgãos. O estrangulamento é uma emergência médica que necessita intervenção imediata. 

    Outro risco é o encarceramento, que acontece quando o conteúdo da hérnia (como parte do intestino ou gordura) fica preso e não pode ser empurrado de volta para a cavidade abdominal. Isso pode causar dor intensa, distensão abdominal e, caso não seja tratado, aumentar a probabilidade de estrangulamento.

    Quando a hérnia cresce com o tempo, sua correção se torna mais difícil e os riscos durante a cirurgia aumentam, incluindo complicações pós-operatórias.

    Além disso, a hérnia umbilical pode causar dor crônica, especialmente em atividades que aumentam a pressão dentro do abdômen, como levantar peso ou realizar esforço físico intenso.

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    Hérnia umbilical em bebês: quais são os riscos?

    A hérnia umbilical em bebês é uma condição comum, geralmente inofensiva, que ocorre devido a um fechamento incompleto do anel umbilical, resultando em uma protuberância ao redor do umbigo. Na maioria dos casos, a hérnia se resolve sozinha até os 3 ou 4 anos de idade, sem causar dor ou complicações significativas.

    Embora raros, os riscos incluem o estrangulamento, quando uma parte do intestino fica presa e perde o fornecimento de sangue, e o encarceramento, quando o conteúdo da hérnia fica preso e não pode ser recolocado. Caso a hérnia apresente aumento, dor intensa ou alteração na cor da protuberância, é importante buscar orientação médica.

    O que causa a hérnia umbilical?

    A principal causa da hérnia umbilical é o fechamento inadequado do anel umbilical após o nascimento. Durante a gestação, o cordão umbilical atravessa uma pequena abertura na parede abdominal do bebê. Após o parto, essa abertura normalmente se fecha, mas, em alguns casos, ela não se fecha completamente, permitindo que uma parte do intestino ou gordura abdominal se projete para fora.

    Em adultos, a hérnia umbilical é geralmente causada pelo aumento da pressão intra-abdominal, que pode ser provocada por fatores como obesidade, gravidez, tosse constante, levantamento de peso excessivo ou esforço físico intenso.

    Essas condições podem enfraquecer os músculos abdominais e possibilitar a protrusão de tecido abdominal. Além disso, cirurgias abdominais anteriores ou traumatismos também podem aumentar o risco de desenvolvimento de uma hérnia umbilical.

    Sintomas

    Pessoas com hérnia umbilical podem apresentar: 

    • Protuberância na área do umbigo, que pode ser empurrada para dentro ou se mover. 
    • Inchaço ou movimentação na região abdominal, perceptível ao tossir, fazer esforço ou levantar objetos pesados. 
    • Dor ou desconforto na área afetada. 
    • Sensação de náusea ou enjoo. 

    Em alguns casos, a hérnia umbilical pode não causar sintomas visíveis, sendo identificada apenas durante o exame físico.

    Exames indicados para o diagnóstico

    Para diagnosticar a hérnia umbilical, geralmente o médico realiza um exame físico, com a palpação do abdômen, verificando a presença de uma protuberância ao redor do umbigo. 

    Podem ser solicitados os seguintes exames complementares: 

    • Ultrassonografia abdominal: permite visualizar a protrusão de tecidos ou órgãos pela parede abdominal e avaliar a extensão da hérnia. 
    • Tomografia computadorizada: pode ser indicada para fornecer imagens mais precisas da região abdominal e verificar complicações, como estrangulamento ou encarceramento da hérnia. 
    • Ressonância magnética: em situações específicas, a ressonância magnética pode ser usada para fornecer imagens detalhadas das estruturas abdominais e identificar a hérnia e possíveis complicações, especialmente quando outros exames não oferecem informações suficientes.

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    Formas de tratamento para a hérnia umbilical

    Em muitos casos de hérnia umbilical em crianças, a condição tende a se resolver espontaneamente, sem a necessidade de tratamento, já que a protuberância costuma desaparecer por conta própria com o tempo, geralmente até os 3 ou 4 anos de idade.  

     No entanto, para algumas pessoas, sejam crianças ou adultos, pode ser recomendado o uso de uma faixa ou cinta abdominal, que ajuda a pressionar a protuberância para dentro, aliviando sintomas e impedindo que a hérnia se agrave. Embora sejam úteis para aliviar sintomas leves ou proteger a área durante esforços físicos, as cintas podem ser desconfortáveis com o uso contínuo e não são uma solução de longo prazo.  

    Nos casos mais graves, onde a hérnia provoca dor ou outras complicações, o tratamento geralmente envolve cirurgia.

    Quando a cirurgia para hérnia umbilical é indicada?

    A cirurgia para hérnia umbilical é geralmente indicada quando a condição causa dor persistente, desconforto ou quando a protuberância aumenta de tamanho, dificultando a correção manual.

    Se a hérnia se tornar encarcerada (quando o conteúdo da hérnia fica preso e não pode ser reposicionado) ou estrangulada (quando o fornecimento de sangue é interrompido, podendo causar danos ao tecido), a intervenção cirúrgica é essencial para evitar complicações graves, como necrose do tecido.

    Além disso, a cirurgia é recomendada em casos de hérnia persistente em bebês que não se resolve até os 3-4 anos de idade ou se houver complicações associadas, como alteração na cor da protuberância ou sintomas como náuseas e vômitos.

    O procedimento, chamado herniorrafia, é eficaz na correção da hérnia, reposicionando os músculos e prevenindo o retorno da protuberância. A decisão pela cirurgia é baseada nos sintomas e na avaliação médica.

    Quando procurar por um médico?

    É fundamental procurar um médico caso ocorra dor forte ou desconforto na região da hérnia, principalmente ao fazer esforços físicos ou levantar pesos. Esses sinais podem indicar que a hérnia está causando complicações que precisam de atenção.

    Se a protuberância mudar de cor, ficando vermelha, roxa ou escura, isso pode ser um sinal de estrangulamento, uma condição séria que ocorre quando o fluxo sanguíneo para o tecido da hérnia é interrompido, exigindo atenção médica urgente.

    Também é importante consultar um médico se a hérnia não puder ser empurrada de volta ou se houver sintomas de encarceramento, como náuseas, vômitos ou distensão abdominal.

    Para bebês, se a hérnia não desaparecer até os 3 ou 4 anos de idade, é aconselhável procurar um médico para avaliar se é necessário algum tratamento.

    É possível prevenir a hérnia umbilical?

    Em adultos, prevenir a hérnia umbilical envolve adotar hábitos saudáveis que fortaleçam a parede abdominal e minimizem os fatores de risco.

    Manter um peso saudável é fundamental, pois o excesso de peso aumenta a pressão dentro do abdômen, enfraquecendo os músculos e favorecendo o surgimento da hérnia.

    Além disso, é importante realizar exercícios que fortaleçam os músculos abdominais, como abdominais e outros exercícios de resistência.

    Outra recomendação é evitar levantar objetos pesados de maneira inadequada também é essencial, pois a sobrecarga na região abdominal pode causar o enfraquecimento dos músculos e o surgimento de uma hérnia.

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    Fonte: Dr. Wagner Iared – Radiologista do Alta Diagnósticos.  

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